Edificações recicladas
Enviado: sábado fev 28, 2009 9:13 pm
por thiago romero
agência fapesp – um projeto multidisciplinar desenvolvido na escola politécnica (poli) da universidade de são paulo (usp) deu origem a um método inovador para a produção de areia e rochas britadas de alto desempenho mecânico.
os produtos foram extraídos do entulho produzido na construção civil que, normalmente, ou é reciclado por usinas para gerar produtos de baixo valor agregado ou vai parar em aterros sem qualquer tipo de reúso.
segundo os coordenadores do estudo que gerou a inovação, vanderley john, professor do departamento de engenharia de construção civil, e carina ulsen, pesquisadora do laboratório de caracterização tecnológica, a melhor destinação da areia e da brita geradas pelo processo é o uso em concreto estrutural para construção de casas e edifícios, com exceção da aplicação em pontes.
"a areia e a brita desenvolvidas pelo estudo, cujos resultados foram obtidos pela união de conhecimentos de duas grandes áreas da poli, as engenharias civil e de minas, podem ser utilizadas em construções que necessitam de um desempenho mecânico maior que 25 megapascal – o índice mínimo de resistência do concreto estrutural exigido pelas normas técnicas", disse carina ulsen à agência fapesp.
para o beneficiamento do entulho, os resíduos foram separados de acordo com características físicas e químicas. a validação do método foi realizada com diferentes tipos de resíduos, cujas amostras foram coletadas em aterros de são paulo, rio de janeiro, macaé (rj) e maceió (al).
"infelizmente, ainda não podemos entrar em detalhes sobre as técnicas de beneficiamento mineral utilizadas. os resultados, sobretudo os obtidos com a areia, que também poderá ser usada em argamassas para acabamentos finos, ainda são muito recentes e o processo ainda não foi patenteado", explica carina.
a pesquisadora garante, no entanto, que a areia e a brita geradas pelo estudo têm características superiores ao agregado reciclado, atualmente empregado na pavimentação de ruas e estradas, que é produzido por usinas de reciclagem no país. "essas indústrias normalmente trituram grandes blocos de concreto, gerados quando uma edificação é demolida, para chegar a uma granulometria adequada para a pavimentação."
"com o novo processo, temos condições de beneficiar tanto as sobras da construção civil como os blocos de demolição, apontando, em porcentagens, a quantidade do produto final, que é de baixa porosidade e poderá ser utilizado para a produção de concreto estrutural", disse.
segundo dados do departamento nacional de produção mineral (dnpm), são gerados cerca de 70 milhões de toneladas por ano de resíduos da construção civil e da demolição. "estima-se que menos de 20% desse volume seja hoje reciclado", disse carina.
o trabalho, realizado em parceria com pesquisadores do centro de tecnologia mineral (cetem) e da universidade federal de alagoas (ufal), foi desenvolvido com recursos da financiadora de estudos e projetos (finep) e do centro de pesquisas da petrobras (cenpes).
http://www.agencia.fapesp.br/materia/84 ... cladas.htm
agência fapesp – um projeto multidisciplinar desenvolvido na escola politécnica (poli) da universidade de são paulo (usp) deu origem a um método inovador para a produção de areia e rochas britadas de alto desempenho mecânico.
os produtos foram extraídos do entulho produzido na construção civil que, normalmente, ou é reciclado por usinas para gerar produtos de baixo valor agregado ou vai parar em aterros sem qualquer tipo de reúso.
segundo os coordenadores do estudo que gerou a inovação, vanderley john, professor do departamento de engenharia de construção civil, e carina ulsen, pesquisadora do laboratório de caracterização tecnológica, a melhor destinação da areia e da brita geradas pelo processo é o uso em concreto estrutural para construção de casas e edifícios, com exceção da aplicação em pontes.
"a areia e a brita desenvolvidas pelo estudo, cujos resultados foram obtidos pela união de conhecimentos de duas grandes áreas da poli, as engenharias civil e de minas, podem ser utilizadas em construções que necessitam de um desempenho mecânico maior que 25 megapascal – o índice mínimo de resistência do concreto estrutural exigido pelas normas técnicas", disse carina ulsen à agência fapesp.
para o beneficiamento do entulho, os resíduos foram separados de acordo com características físicas e químicas. a validação do método foi realizada com diferentes tipos de resíduos, cujas amostras foram coletadas em aterros de são paulo, rio de janeiro, macaé (rj) e maceió (al).
"infelizmente, ainda não podemos entrar em detalhes sobre as técnicas de beneficiamento mineral utilizadas. os resultados, sobretudo os obtidos com a areia, que também poderá ser usada em argamassas para acabamentos finos, ainda são muito recentes e o processo ainda não foi patenteado", explica carina.
a pesquisadora garante, no entanto, que a areia e a brita geradas pelo estudo têm características superiores ao agregado reciclado, atualmente empregado na pavimentação de ruas e estradas, que é produzido por usinas de reciclagem no país. "essas indústrias normalmente trituram grandes blocos de concreto, gerados quando uma edificação é demolida, para chegar a uma granulometria adequada para a pavimentação."
"com o novo processo, temos condições de beneficiar tanto as sobras da construção civil como os blocos de demolição, apontando, em porcentagens, a quantidade do produto final, que é de baixa porosidade e poderá ser utilizado para a produção de concreto estrutural", disse.
segundo dados do departamento nacional de produção mineral (dnpm), são gerados cerca de 70 milhões de toneladas por ano de resíduos da construção civil e da demolição. "estima-se que menos de 20% desse volume seja hoje reciclado", disse carina.
o trabalho, realizado em parceria com pesquisadores do centro de tecnologia mineral (cetem) e da universidade federal de alagoas (ufal), foi desenvolvido com recursos da financiadora de estudos e projetos (finep) e do centro de pesquisas da petrobras (cenpes).
http://www.agencia.fapesp.br/materia/84 ... cladas.htm