Jorge Rocha Escreveu:Isso não é normal nos veículos eléctricos. Mas tal como nos de combustão, não há forma de evitar avarias, principalmente nos tratos de tais percursos que fazes, com esses paralelos que parece que vão partir a scooter a meio.
Mas durante o tempo que esteve por cá em revisão, nos deslocamentos que lhe fiz, e durante toda a viagem até tua casa, nos mais de 140Km percorridos, não me apercebi de nada do que relatas. Sempre se portou muito fiel!
Agora em relação ás verificações que estavam na lista de tarefas, essas foram corrigidas e não mais problemas, correcto?
É certo que não estive a desmontar cada parafuso da mota e cada componente, só para verificar se estava a funcionar bem, guiei-me por o que me tinhas falado e por algumas coisas que verifiquei nos testes que lhe fiz.
As falhas intermitentes são uma agonia, tanto para quem anda com a viatura como para quem tenta descobrir de onde é o problema quando ele não se manifesta continuadamente.
Não sei quantos quilómetros farias a mais se fosses por a estrada com menores inclinações, e com melhores pisos, mas eu opto sempre pelo percurso de menor desgaste, que quase sempre é o mais longe. Acabo por chegar ao mesmo tempo que os outros que se metem por atalhos, e com muito menor esforço para o veiculo e condutor.
Como não há forma de evitar as avarias, resta prevenir, evitando os momentos de maior stress para os materiais.
Infelizmente, Jorge Rocha, não há muito a fazer quanto ao tipo de piso que apanho nas deslocações para o trabalho. Isto porque:
1) A zona pior, com os tais "paralelos que parece que vão partir a scooter ao meio" (concordo), são os da rampa de acesso à zona industrial, onde se situa a fábrica. Ṕara ir pela entrada de trás dessa zona industrial, teria de fazer cerca de mais 1,5 km por cada acesso (6 kms/dia +-), e muito poucos a utilizam, pelo que não deve estar muito melhor, se é que está.
2) Toda a estrada alternativa, até chegar à rampa referida acima, não é muito melhor que a que utilizo habitualmente. Em 50% é de boa qualidade (ambos os percursos), mas a outra metade diverge. O percurso que sugeres é menos íngreme, mas é a sua única vantagem. O piso está também degradado (a partir do Lidl, em Fermentões), devido aos muitos camiões que nela passam, e à pouca intervenção das Juntas de Freguesia. De Inverno há até acidentes frequentes, com mortes no histórico, devido a piso com inclinação errada nas curvas, terra e pedras que são arrastadas pela chuva e pelos próprios camiões que andam nos terrenos que estão a sofrer construção de novos empreendimentos, e alcatrão que está longe dos seus melhores dias (muito irregular). Tudo isto leva a derrapagens frequentes, já para não falar de curvas fechadas com carros sempre cheios de pressa a cortarem-nas a meio, onde ainda recentemente um deles matou um senhor já de idade que ia na sua moto de 50cc, devido ao excesso de velocidade e de não ter mantido o carro na sua faixa...
Jorge, se fiz as perguntas que fiz, não foi para colocar em causa se o trabalho da revisão ficou bem feito ou não, pois se o duvidasse teria colocado a questão a ti directamente e não ao fórum. Mas foi falta de lembrança, talvez da minha parte, pois poderia ter-te solicitado para efectuares uns testes em percursos que conhecesses por aí, que fossem idênticos em termos de piso. É natural que fazendo um percurso de 140 kms de uma vez, em boas estradas, ou em meia dúzia de viagens curtíssimas dentro da cidade, não tenhas notado nada.
O que está aqui em causa, é que não devo ser o único membro do fórum a andar diariamente com o seu VE por estradas fracas, pois estas abundam pelo país, principalmente fora das zonas urbanas. Perguntei se algum membro tinha passado por experiências semelhantes, com idênticos sintomas nas suas motos. Por exemplo, quando passam por zonas de muita trepidação, notam interferência na aceleração? Quando pegam na sua moto, depois de estacionada umas horas ao Sol, já notaram alguma vez que esta não dava sinais de vida, ainda que por momentos? Em alguma situação deixaram de ter luz de farol e de piscas?
Preciso de saber se há um padrão nestes acontecimentos, para os poder evitar, ou se é um defeito da Bereco que vou ter de suportar até à hora de uma despedida desta (por troca por outro VE, claro!)...