nova ortografia língua portuguesa 2009
passados 18 anos de sua elaboração, o acordo ortográfico da língua portuguesa promete finalmente sair do papel. ou melhor: entrar de vez no papel. o brasil será o primeiro país entre os que integram a cplp (comunidade de países de língua portuguesa) a adotar oficialmente a nova grafia, já a partir do ano que vem.
as regras ortográficas que constam no acordo serão obrigatórias inicialmente em documentos dos governos. nas escolas, o prazo será maior, devido ao cronograma de compras de livros didáticos pelo ministério da educação.
desde julho de 2008 que entrámos nos 6 anos de período de transição do aborto ortográfico de 1990.
a não ser que a falta de publicidade resulte em ineficácia jurídica (o que duvido que venha a acontecer), não haverá qualquer erro em textos como este:
"vou acionar a direcionalidade excecional do recetor diretor ativo.
hei de dar uma pera, enquanto não me veem, pelos pelos do nariz.
o meu micro-ondas não para no fim de semana em contrarregra na autoestrada.
não tenho tato para tal manufatura.
não sou condutor que para para ver para quedas.
peço a abrogação destas leis com mau aspeto."
a minha intenção de trazer à luz do dia este assunto, é o de fazer comparações e de trazer à discussão, o como se fala e se escreve as palavras. como exemplo disso, vou dar alguns exemplos:
e vamos começar pela palavra “exemplo”, todos prenunciamos “ezemplo”. comparo esta palavra a “farmácia” que antigamente era “pharmácia”.
para uma língua, que queremos ouvir e ler da mesma forma entre as gerações e os diversos países da cplp, temos que modernizar a nossa língua.
nas mensagens de telemóvel, em especial vindas da classe mais jovem, temos “ke” em vez de “que” entre outras.
"ECOnomia também pode ser ECOlogia" Sócio ANE Nº 16
está lá escrito: "[o] projecto de coisa a que chamaram acordo [ortográfico]".
visto que quiseste trazer à luz do dia este assunto, eu expus a minha posição "claramente"... .
ps: claro que a tua intenção, ou tu, não seriam encarados por mim como "ofensivo[s], confuso[s], incompleto[s] e regressivo[s]".
333.333,3 KM a bombar faísca! Arranjei uma fêmea que não dá à luz mas consome-a
volt Escreveu:está lá escrito: "[o] projecto de coisa a que chamaram acordo [ortográfico]".
visto que quiseste trazer à luz do dia este assunto, eu expus a minha posição "claramente"... .
ps: claro que a tua intenção, ou tu, não seriam encarados por mim como "ofensivo[s], confuso[s], incompleto[s] e regressivo[s]".
então na tua opinião o que achas que se deve fazer? cada país falar e escrever o português, que bem entende?
"ECOnomia também pode ser ECOlogia" Sócio ANE Nº 16
tó miguel Escreveu:
então na tua opinião o que achas que se deve fazer? cada país falar e escrever o português, que bem entende?
o que se deve fazer, não sei. nem sei porque é que há-de haver necessidade de fazer alguma coisa. mas sei o que não se deve fazer: estragar, confundir, regredir, ofender, etc.
333.333,3 KM a bombar faísca! Arranjei uma fêmea que não dá à luz mas consome-a
boa noite a todos . se bem nao seja o mais indicado para mandar umas colheradas ,mas como o assunto merecesse interesse ai vai.
por vazes pode parecer estranho porque certas palavras se escrevem desta ou daquela forma .mas a origem como é do latim (julgo) dao para compreender quem é entendido, faz todo o sentido a forma de escrever e de interpretar as pâlavras.
agora que uma coisa é certa, tudo evolui na vida porque nao a ortugrafia e afins? por que razao se ade falar duma maneira e escrever doutra e vice versa? depois a lingua portuguesa dada a diversidade de palavras que querem dizer exactamente a mesma coisa ,tornasse complicada .depois ainda tem outro problema é que vao-se adoptando palavras e termos ingleses e mesmo franceses (se ha outros nao sei) para designar termos que se podiam tambem certamente traduzir para o portugues . mas essa é a forma de manter os ignorantes na escuridao e os mais macacoes no alto pedestal .
analisem os manuais de utilizaçao de um electrodomestico novo, comparem o numero de linhas para designar uma operaçao, nas diferentes linguas . vejam quantos termos estao em ingles .analisem nas outras linguas se la estao palavras noutras linguas diferentes.
viva portugal pais de diferença e de escepçao .
ingles frances portugues alternativas
sofwere logiciel softwere logiciario
link lien link conrrespondencia
country pais country naçao
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• A prece é um ato de adoração a Deus. Está na lei natural, e é o resultado de um sentimento inato do homem, assim como é inata a idéia da existência do Criador.
por que razao se ade falar duma maneira e escrever doutra e vice versa?
isso é o ponto principal da questão.
já não falamos latim, apenas falamos uma lingua, que derivou do latim, mas se já falamos diferente e, se a base da escrita é a lingua, porque não escrever como falamos.
"ECOnomia também pode ser ECOlogia" Sócio ANE Nº 16
nesta luta pela "nova ortografia língua portuguesa 2009" penso que nunca será totalmente cumprido por todas as partes.
houve e haverá sempre divergências de local para local, de país para país. vejam só "mirandês passa a língua oficial", datado de 17/9/1998, ver http://www.bragancanet.pt/picote/portug ... ficial.htm
se 15000 pessoas querem uma nova língua, quantos dialectos se poderão criar em todo o mundo que fale português? ao escrever "k mal á?". vejam quantas letras estão nesta frase, que doutro modo seria "que mal há?" escrito de maneira diferente mas lido e compreendido da mesma maneira.
a língua está sempre em constante mudança! e é natural, que cada região tenha a sua pronúncia, fala e escrita um pouco diferente.
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mauri Escreveu:... ao escrever "k mal á?". vejam quantas letras estão nesta frase, que doutro modo seria "que mal há?" escrito de maneira diferente mas lido e compreendido da mesma maneira.
por este ponto de vista os prof's de português já não podem descontar valores nos testes por cada erro ortográfico que se dá..."sortudos" dos putos que vão ter melhores notas...
quando andava a estudar por cada erro ortográfico que se dava eram descontados alguns valores, que no final faziam a diferença entre a positiva e a negativa.
tem que haver regras, caso contrário nunca se dá erros ortográficos e tudo o que se escreve está correcto.
mauri Escreveu:... ao escrever "k mal á?". vejam quantas letras estão nesta frase, que doutro modo seria "que mal há?" escrito de maneira diferente mas lido e compreendido da mesma maneira.
por este ponto de vista os prof's de português já não podem descontar valores nos testes por cada erro ortográfico que se dá..."sortudos" dos putos que vão ter melhores notas...
quando andava a estudar por cada erro ortográfico que se dava eram descontados alguns valores, que no final faziam a diferença entre a positiva e a negativa.
tem que haver regras, caso contrário nunca se dá erros ortográficos e tudo o que se escreve está correcto.
julgo que não entendeste bem o sentido do que pretendi dizer. eu dei um exemplo do que pretende o acordo, o que acho ser muito difícil cumpri-lo. não podes tirar conclusões duma frase sem veres a parte global! eu falei que 15000 querem uma língua diferente! foi proposta na assembleia! e essa língua é falada e escrita. o acordo quer que se escreva "ke" por "que" e muito mais nesse sentido!
e os professores de português regem-se pelas regras do país onde estão... mas o português (como outras) é uma língua viva: estão a nascer e a transformar-se novas palavras.
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ferra Escreveu:então e o inglês da inglaterra e o inglês da américa? parecidos mas um pouco diferentes... ou estou a dizer baboseiras devido ao avançado da hora...
são mesmo diferentes: diferenças de pronúncia, de vocabulário, de ortografia e de gramática.
vejam muitos exemplos em http://www.sk.com.br/sk-usxuk.html e em http://pt.wikipedia.org/wiki/ingl%c3%aas_brit%c3%a2nico
exemplo: a nossa farmácia é chemist´s em inglês britânico e drugstore em inglês americano.
no entanto é uma língua universal, é a língua de todos os povos!
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e-olica Escreveu:o português é uma língua viva e em constante mudança.
o latim é uma língua morta ninguém a fala por isso não muda.
apesar de ser considerada uma língua morta, a língua latina está presente na grande maioria das nossas relações comunicativas. várias expressões da área jurídica são latinas. na publicidade e propaganda são usadas muitas palavras. instituições educacionais e religiosas usam também expressões latinas em suas capelas e emblemas. salientamos também que toda nomenclatura científica é feita em latim.
e em relação ao acordo ortográfico 2009, sabe-se que o latim clássico era a linguagem utilizada na literatura, que era diferente do latim falado, que era chamado de latim vulgar. no decorrer do tempo, o latim vulgar passou a se distanciar do padrão literário e foi evoluindo para as línguas itálicas, românicas modernas tais como o italiano, o francês, o português, o espanhol e outros.
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[e em relação ao acordo ortográfico 2009, sabe-se que o latim clássico era a linguagem utilizada na literatura, que era diferente do latim falado, que era chamado de latim vulgar. no decorrer do tempo, o latim vulgar passou a se distanciar do padrão literário e foi evoluindo para as línguas itálicas, românicas modernas tais como o italiano, o francês, o português, o espanhol e outros.[/quote]
gostei de saber esta parte , muito interessante saber que existiram dois tipos de latim
a primeira parte sabia mas nunca é demais relembrar e desta vez detalhadamente e bem explicado.
Última edição por E-olica em quarta dez 16, 2009 10:08 pm, editado 2 vezes no total.
e para os que continuam a escrever pharmácia aqui estão as alterações
para decorar a lição
e viva a revolução
já é tempo de escrever farmácia!
leem veem sem acento ,que bom !!!!
veja o resumo das novas regras
trema
deixou de ser usado, mas nada muda na pronúncia. exemplos: bilíngue; pinguim; cinquenta; linguistico; delinquente; antiguidade; quinquênio; tranquilo; sequestro; consequência; aguentar; sagui; arguir.
atenção:
exceção para nomes próprios estrangeiros (como müller e bündchen).
ditongos abertos
os ditongos éi, ói e éu só continuam acentuados no final da palavra. exemplos: boia; paranoico; heroico; plateia; ideia; tipoia
mas oxítonas e os monossílabos tônicos não mudam, como céu, dói, chapéu, anéis, lençóis, papéis.
atenção:
o acento será mantido em destróier e méier, conforme a regra que manda acentuar os paroxítonos terminados em r.
acento diferencial de tonicidade
não se acentuam mais certos substantivos e formas verbais para distingui-los graficamente de outras palavras. exemplos: vou para casa (preposição) / ela não para de chorar (verbo) / vou pelo morro/pela estrada (contração de preposição + artigo) / o pelo do gato (substantivo) / eu pelo e ele pela a cabeça (verbo).
atenção:
esta regra aplica-se também às palavras compostas: para-brisa, para-raios. para evitar confusões, foram mantidos os acentos do verbo pôr e da forma do pretérito perfeito pôde. o acento de fôrma (distinto de forma) é facultativo.
acento circunflexo
os hiatos oo e ee não recebem mais acento. exemplos: abençoo; perdoo; magoo; enjoo; leem; veem; deem; creem.
atenção:
continuam acentuados (ele) vê, (eles) vêm [verbo vir], (eles) têm etc.
acento agudo sobre o u
1. não se acentua mais o u tônico das formas verbais argui, apazigue, averigúe.
2. não se acentuam mais o u e o i tônicos precedidos de ditongo em palavras paroxítonas. exemplo: feiura; bocaiuva; baiuca; sauipe.
atenção:
feiíssimo e cheiíssimo continuam acentuados porque são proparoxítonos; bem como piauí e teiú, que são oxítonos.
hífen
o hífen é empregado:
1. se o segundo elemento começa por h. exemplos: geo-história; giga-hertz; bio-histórico; super-herói; anti-herói; macro-história; mini-hotel; super-homem.
2. para separar vogais ou consoantes iguais. exemplos: inter-racial; micro-ondas; micro-ônibus; mega-apagão; sub-bibliotecário; sub-base; anti-imperialista; anti-inflamatório; contra-atacar; entre-eixos; hiper-real; infra-axilar.
3. prefixos pan ou circun, seguidos de palavras que começam por vogal, h, m ou n. exemplos: pan-negritude; pan-hispânico; circum-murados; pan-americano; pan-helenismo; circum-navegação.
atenção:
esta regra não se aplica às palavras em que se unem um prefixo terminado em vogal e uma palavra começada por r ou s. quando isso acontece, dobra-se o r ou s: microssonda (micro + sonda), contrarregra, motosserra, ultrassom, infrassom, suprarregional, minissaia.
josé carlos de azeredo, professor adjunto de língua portuguesa da uerj (universidade do estado do rio de janeiro), autor de gramática houaiss da língua portuguesa e coordenador e consultor do livro escrevendo pela nova ortografia (instituto antônio houaiss/publifolha).
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