Viva! à nova geração Auto Sustentável

[HighTech]

tenho interesse sobre a auto sustentabilidade para uma vida mais saudável e independente e o que vejo e o que me dizem é que muitos consideram em seguir o seguinte caminho.

as ideias dos jovens mudam quando pensam no que poderá acontecer se a vida no pais onde vivem se tornam mais complicada monetariamente em relação ao emprego e da vida em geral.

este é um dos exemplos que foi posto em pratica por um casal de jovens da nova geração que deram inicio à 14 anos atrás:

a ambição destes dois jovens a partir dos 18 anos de idade foi de deixarem os estudos e imigram para um pais mais desenvolvido onde o ordenado mínimo é superior ao português. encontrarão-se là e decidem em partilhar tudo, renda, comida, amor e dinheiro, tudo...
fizeram là a vida de emigrante, casa trabalho, trabalho casa e aos fins de semana era churrascada na casa de amigos um e do outro e vice versa. passaram là 10 anos da vida deles e voltaram para a pátria deles e mais €200.000 com eles. compram um terreno fora da cidade e construirão uma casa de madeira e cultivam o terreno com alimentos biológicos e tem animais criados à base de alimentos biológicos...
o homem trabalhou na construção e tirou um curso de montagem de sistemas de painéis solares, a mulher trabalhou nas limpezas e tirou um curso de agricultura biológica 100% natural e de criação animal biológica, todos os dois se complementam um ao outro nas tarefas de casa e não só. o homem criou a sua empresa de instalação de sistemas de painéis solares, a mulher abriu uma micro loja de alimentos 100% biológicos e de distribuição dos mesmos...
todos os dois concordam que após dos 14 anos terem regressado a portugal vivem razoavelmente bem cá e que se sentem contentes pois o dinheiro que economizam na alimentação e electricidade chega e sobra para pagar a agua da rede, seguros, comprar roupa, sair aos fins de semana, para ferias prolongadas e também para pagar mais ordenados. tem um carro híbrido recente e dois veículos comerciais um terreno e casa pagos, e os negócios estão rentabilizar cada vez mais. neste momento cada um tem 32 anos de idade e estão a pensar ter filhos... todos os dois dão graças à iniciativa e coragem que na altura tiveram, e que mesmo jovens arriscaram e conseguiram na vida, mas nunca se esqueceram dos 10 que tiveram imigrados.

este pequeno resumo da vida deste casal não me parece muito diferente ao outros casais que não emigraram e que cá fazem vida de casa trabalho, os ordenados é que parece ter ajudado a concretizar uma vida mais estável dentro dos 14 anos de trabalho.

a minha duvida é a seguinte: aqueles que já não são assim tão jovens de 18 anos de idade será que compensa ainda emigrar e por em pratica o exemplo deste casal?

é que cá em portugal não estou a ver a maioria dos jovens de 18 anos de idade ou mais velhos inicialmente conseguir economizar €7.800 quanto mais €10.000+ por ano se não tiverem um grau de estudos elevadíssimos.

será que vale a pena investir em cursos e formação ligada à ecologia e energias renováveis ou esta tudo muito parado por causa da crise?

o exemplo é encorajante mas essa vida de emigrante não é para todos ou é?

qual seria o caminho, o exemplo mais seguro a percorrer? gostava de saber a vossa opinião...

[mauri]

a história narrada é um conto de fadas, não duvido que seja real, mas é com certeza uma percentagem mínima do sucesso de emigrantes.
já no tempo da outra senhora era proibido emigrar, dava-se o salto para frança e lá viviam em barracas, pior que cá, faziam dinheiro e muitos voltavam. a maioria que emigrava para o brasil, vinham e nós lhe chamávamos de "brasileiros", termo que equivalia a ser rico, mas muitos, não todos, passavam fome e miséria.
o tempo passou: de emigrantes, passaram a haver imigrantes. eles vêm de todos os lados: brasil, países pobres da antiga rússia, de áfrica e todos nós sabemos como eles são escravizados.
andam aí engenheiros, doutores, médicos nas obras a ver se arranjam algum dinheiro para mandar para as suas famílias.
eu, quando tinha 22 anos fui convidado para emigrar para a austrália, ofereciam casa e terreno para tratar e não quis ir.
o que quero dizer com isto: como tudo na vida, cada um tem que sobreviver e lutar para ter uma vida melhor. tanto pode ser no nosso país ou no estrangeiro, cada um tem uma ou mais ocasiões de sorte para triunfar e tem que as aproveitar.
estudar não faz mal a ninguém, antes pelo contrário, mas o dia a dia, a luta diária é que leva o homem a se enriquecer cada vez mais.
ser auto-sustentável é saber e poder sobreviver com aquilo que tem ou que consegue obter pelos seus próprios meios.

[HighTech]

obrigado pela resposta mauri, o tempo passou sim para essa geração que falaste a tal (com uma idade entre os 50 e os 70 anos de idade que deram o salto para frança). essa geração que falas que deu o salto para frança eu conheço muitos que ficaram là e que estão hoje em dia muito bem e descansados da vida sem chatices, a maioria deles tem duas casas uma em fr e outra em pt e filhos e filhas muito bem sucedidos na vida.

a dos brasileiros nunca tinha ouvido falar nisso pelo menos aqui na zona.

mas pelo que eu tenho ouvido falar ultimamente, é que muitos jovens tem mais a tendência em querer arriscar e emigrar para fora do pais, porque não querem estar a sustentar as dividas do estado, e a ganhar uma miséria cá em portugal, que mal da para pagar as dividas que poderiam vir a ter se quisessem comprar um apartamento, 1 carro e pagar por todas despesas que vem no fim do mês.

o casal de quem falei já cá esta à 4 anos em portugal e pelo que me disseram eles emigraram para a alemanha em 1996, logo já não foram com a mesma mentalidade que à 40 ou 60 anos atrás.

o que entendi da parte deles foi que conseguiram ajuntar bom dinheiro trabalhando duro e nos últimos 5 anos antes de decidirem em voltar à pátria deles apostaram nas novas tendências a nível de formação profissional. e afirmam que na altura de decidir em emigrar para a alemanha não seguiram o mesmo caminho que a maioria dos outros que ficaram por cá com receio de que poderiam perder algo como aconteceu a alguns da família dela e dele.

mas o facto deles terem trabalhado e conseguirem ajuntar dinheiro e de terem depois investido nas suas próprias capacidades e correctamente, ecologicamente e sustentável-mente ai sim como disseste com certeza que é uma percentagem mínima do sucesso de emigrantes que o fizeram desta forma.

agora em 2010 penso que seria a mesma coisa para todos os jovens que quiserem emigrar pois existe ainda mais oportunidade nas áreas de formação profissional nas energias renováveis e agricultura biológica, claro que cá em portugal também existe as mesmas formações ao mesmo nível teórico, mas seriam bem pagos durante e após a formação será que conseguiam e ter a mesma possibilidade de trabalhar e ganhar bem e de fazer a formação ao mesmo tempo, será que é a barreira de não querer aprender outra língua diferente será que as raízes os agarram e não os deixam sair de portugal e explorar e arriscar e se aventurar e recolher os frutos que cá em portugal são proibidos ou escassos.

a nova geração de emigrantes pelo que sei, pelo menos os que conheço são pessoas que não tem medo de enfrentar o futuro de serem auto-sustentáveis e autónomos, a maioria deles já reconhecem bem a situação financeira em que portugal se encontra desde 2004, são uma geração de jovens que preferem pagar as suas contribuições desde do momento em que se tornam adultos e gostam de ajudar as pessoas à sua volta e que os apoiam. eu vejo eles com uma fonte de inspiração pelo facto de trem tido uma iniciativa enorme e não se terem deixado influenciar pelas raízes portuguesas.

eu gostaria de saber se vale a pena investir em cursos e formação ligada à ecologia e energias renováveis cá em portugal ou esta tudo muito parado por causa da crise?

e qual seria o caminho! será que compensa ainda emigrar e por em pratica o exemplo deste casal?

quais são as suas opiniões e mais seguro a percorrer?

ficar cá ou emigrar?

quero saber a vossa opinião... se me pudessem responder as quatro perguntas...

agradeço desde já a todos os leitores passivos

[joaquimdelisboa]

hightech

esta é uma discussão daquelas que, infelizmente, não vale a pena levar para a frente... porque é uma discussão política.

portugal já fechou... o "senhor silva" é que ainda não sabe.
a geração actual e a próxima estão sem horizontes. uns irão sobrevivendo à custa do que os pais juntaram ou encostados a eles... os outros vegetarão.

claro que haverá uns quantos que terão a sorte de apanhar "bons lugares". as companhias estrangeiras sempre vão precisar de uns quantos "testas-de-ferro". a política garante uns tachos... e o resto é paisagem.

repara nas grandes empresas/fortunas de portugal. belmiros? jerónimos? o que são? apenas "merceeiros/azeiteiros" que exploram mão de obra barata e vendem o que os estrangeiros querem vender e que sabem que o seu negócio não vai à falência porque... todos têm que comer.

e as grandes companhias/empresas? edp's, galp's, correios, telefones, que estabelecem as regras e vivem sem concorrência? vindimam a "vinha" de que o governo é o "guarda".

se queres um conselho... estuda! mas a sério. o "canudo", só por si, já não garante nada. apanha uma área cuja onda "esteja a encher".
se nunca emigraste e o podes fazer... encara essa hipótese. uma vez emigrado não penses só no dinheiro e descarta a hipótese de um país onde se enriquece rapidamente.
vais ficar admirado com o que vais ver, em organização e funcionamento, ao saíres de portugal, sobretudo em direcção ao norte da europa.
até o brasil, de que aí acima se falou.... é cem vezes maior que portugal.

pessimista... eu???

nem pensar! amanhã é o 25 de abril... e estamos a ser governados por essa bendita geração que ganhou canudos à conta das exigências feitas em "rga's" ( se não sabes o que era...pesquisa!).

[mauri]

o assunto é pertinente e acho muito importante porque se trata da sobrevivência e qual o melhor para a nova geração.
eu não posso pensar só o que é melhor, porque tal como a beleza (ou outra coisa), o que pode ser bom para um, pode não ser para outro.
todos em qualquer ofício podem ser bons. um médico não é mais que um pedreiro: ele pode curar mas não pode fazer a casa...
o problema está em ser construtivo e, se tiver companhia, que o acompanhe nas mesmas ideias, no mesmo caminho, não quer dizer mesmo ofício, mas sim compartilhar das mesmas ideias, então melhor.
um casal, pode ter ideias diferentes como, um ser pelo consumismo (gastar mais do que ganha) e o outro pelo unha de fome ou seja avarento (poupar tudo e não consumir nada).
o poder da auto sustentação é gastar menos do que se ganha.
diz-se: "o dinheiro não chega". ele tem que chegar.
a todas as perguntas feitas eu respondo: qualquer curso tirado é bom desde que se goste e que ganhe prática dele, tanto faz tirado no país residente como no estrangeiro.
tudo depende do gosto e das possibilidades para o fazer.
em parte estou de acordo com o joaquimdelisboa, mas não sou tão pessimista: desde a existência do homem se falou em escravatura e sempre houve os muito ricos e os muito pobres. as pessoas têm que se adaptar ao momento actual e atingir o máximo das suas capacidades. é mais escravo aquele que herda a fortuna e nada fez por ela, porque ela vai fugir sem saber. nobre e feliz é aquele que à sua custa consegue se enriquecer mentalmente e fisicamente.
ficar ou emigrar? qual o mais seguro? em ambos os casos tens possibilidade de sucesso ou de fracasso. felizmente não há certezas. é como a vida: nunca sabemos quando chega o nosso dia!

[jmal]

eu penso que emigrar não resolve o problema, o que nos falta são boas "mãos" para trabalhar, tanto formadas como motivadas, falta-nos formação de qualidade e sobretudo motivação por parte da classe empregadora, contam-se pelos dedos das mãos as empresas que incentivam e motivam os trabalhadores, conheço alguns exemplos, e são empresas de sucesso com empregados de sucesso.

quanto ao dinheiro, estou de acordo com o mauri, ele tem de chegar, se não chegar temos de gastar menos que aquilo que se ganha, mas na maior parte das vezes é ao contrário, isto porque a cultura, os hábitos, os governantes, os meios de comunicação social nada ajudam no processo.

por cá ganha-se tão bem como noutros países, desde que se gaste como se gasta noutros países, todos esses casos de imigração só são bem sucedidos com a tal situação do "casa->trabalho, trabalho->casa", o que não acontece muito por cá, ouço muitas pessoas dizerem que não têm dinheiro para roupa e até comida, mas não dispensam a sua viagem de férias e de fim de semana, e até mesmo todas as saídas durante a semana de trabalho.

portugal também é um pais de imigrantes vindouros de outras nações, e portanto é um país prospero para eles, portanto podemos ter uma cultura rasca, governantes rasca, mas só não ganha quem não quer trabalhar, esta é a pura das verdades.

já tive várias ofertas de trabalho no exterior, com vencimentos muito acima do que é praticado cá na minha actividade, mas nunca as aceitei, pelo simples facto de que não consigo largar a pátria, não apenas a pátria, mas sim a família e os amigos. no entanto penso que com esforço e dedicação conseguimos levar uma vida simples e feliz sem grandes sacrifícios, porque afinal para imigrar também temos de fazer grandes sacrifícios.

[CrOhN]

grandes verdades jmal!

[lrds]

há pessoal que cá não quer trabalhar, vivem à custa dos pais e avós. não trabalham porque não querem qualquer trabalho, e emigram, e lá limpam a m***** que os outros fazem e depois vêm cheios de vaidade, com as bombas, e são os maiores. e outros quando lá estão e não há rendimentos mínimos vêm logo embora.
outros vão para fora, principalmente países de clima tropical, e deslumbram-se com a vida de lá, e quando dão por ela querem vir para cá e não têm dinheiro para a passagem, outros ficaram para lá esquecidos, tantos casos.
eu sou empregado por conta de outro, trabalho desde os 16 anos, já mudei de profissão por 5 vezes. nunca ninguém me deu nada. conheci a minha mulher aos 30. gozei bem a vida de solteiro, mas para ter dinheiro para isso trabalhei centenas de sábados, domingos, feriados e por vezes de noite, fiz milhares de horas extra. o dinheiro do meu ordenado ia para a poupança. sempre tive presente na minha cabeça que tinha de suar, se não me esforçasse o patrão podia falir, e eu com ele.
a malta agora não está muito virada para o trabalho, é só para o emprego.
quando me casei a minha mulher tinha + ou - tanto como eu, comprámos terreno, fizemos casa, que nunca mais está pronta de vez. actualmente não tenho € mas também não devo nada a ninguém.
isto tudo é só para dizer que não é necessário emigrar para ter alguma coisa, é preciso é trabalhar e poupar algum.
mas reconheço que hoje é mais difícil poupar, o nível de vida que levamos leva-nos muitas vezes a gastar mais do que o que ganhamos. todos os dias somos bombardeados com publicidade e por vezes não se resiste.
eu quando não tenho € não saio de casa, outros vão ao café e ficam a dever, isso é que era bom. só compro o que posso, já comprei a crédito, automóvel, mas tudo muito bem ponderado.