Suzuki GSX-R 750 1993 --- Conversão Total

[Njay]

carlos, obrigado pelo link do xerapol. e parabéns pelo "polimento espelho" que aí tens

e quanto ao resto do material, já tens alguma ideia mais concreta do que vais usar para baterias e afins?
e a roda dentada de trás, já tens? o contactor? e o resto? há uma série de "pequenas coisas" das quais não conheço fornecedores dentro da ue (ou são estupidamente caras).

[carlos.g]

carlos, obrigado pelo link do xerapol. e parabéns pelo "polimento espelho" que aí tens

e quanto ao resto do material, já tens alguma ideia mais concreta do que vais usar para baterias e afins?
e a roda dentada de trás, já tens? o contactor? e o resto? há uma série de "pequenas coisas" das quais não conheço fornecedores dentro da ue (ou são estupidamente caras).

njay, qualquer coisa sobre processos de facelift como aqueles que tenho em curso, é só dizeres, estou quase um especialista na matéria. espero no entanto, que também te tenhas "divertido" com o xerapol.

em relação a alguns dos componentes para a conversão, que referes, a maioria dos materiais que tivemos de importar fora da ue já foram adquiridos:

• motor eléctrico dc mars 0709
• controlador kelly kd72401 (72v, 400a)
• placa com diversos componentes já montados; controlador, contactor principal, fusível de potencia, conector de ligação,
• punho acelerador

quantos aos outros mais "importantes" como o pack de bateriias, caregador e o conversor dc/dc, já existem distribuidores na europa.
neste momento, estão todos já identificados, mas existem sempre alguns "pormenores" que têm de ser bem avaliados, para uma escolha de bom senso. como o trabalho não nos tem faltado, o tempo e a troca de conhecimentos/informação com alguns amigos têm sido excelentes conselheiros.

a roda dentada de que falas é uma parte relativamente pacifica, embora só após uma primeira experiência prática é que podemos confirmar qual a relação de transmissão que mais nos interessa, poder de arranque versus velocidade de ponta. por regra, nas motos desportivas com muita potência que trabalham em elevados regimes de rotação , a relação de transmissão é de 1 para 3, entre o pinhão de ataque a cremalheira. aqui, em função da disponibilidade do motor eléctrico, binário e potência, a situação vai ser um pouco diferente e provavelmente será de 1 para 5 ou 6, vamos ver.

posso ainda dizer, que em relação a vários aspectos mais técnicos da conversão, iremos optar por algumas soluções não convencionais, de que falaremos mais afundo quando for oportuno.

fica bem,

abraço.

[Njay]

hehehe... não, ainda não me diverti. além do ainda pouco tempo, não tenho um espaço fechado onde possa trabalhar por isso tenho que deixar o tempo aquecer mais um bocadinho. vou tentando acertar os detalhes e obtendo o material.

eu também vou optar por algumas soluções menos convencionais, como manter o acelerador de origem e possivelmente a cremalheira (é esse o nome, certo, obrigado ). parece que há pinhões de ataque a partir de 10 dentes; com um de 11 mais a cremalheira de origem já obtenho a relação que prevejo ser a adequada, embora fique com pouco espaço de manobra para experiências.

mas a minha pergunta em relação à cremalheira tem a ver com a origem, pois tipicamente é feita à medida. isso consegue-se arranjar por cá a preços decentes? não faço ideia como é o preço do trabalho de torneiro por cá, mas a avaliar pelo preços que já vi destas cremalheiras fora da ue em "especialistas", imagino cá...

[carlos.g]

njay, as minhas desculpas, mas ainda não tinha percebido que também estás (ou vais?), a iniciar a conversão de uma máquina de duas rodas para ve.
isso é uma óptima noticia, naquilo que depender de mim podes contar com total colaboração e entreajuda.
temos de falar nisso mais em pormenor, combinado?

partilhar conhecimento e experiências é a melhor forma de aprender e ensinar. tenho a certeza que também pensas da mesma forma que eu, e posso garantir-te que outros nos acompanham nesse principio.

em relação à questão da cremalheira acho que posso dar-te uma ajuda. ao longo destes meses em que estou a desenvolver o projecto, já tive a oportunidade de contactar com diversas lojas de peças e acessórios para motos, e talvez se consiga arranjar uma solução de custo razoável.

tudo depende do tipo de encaixe do pinhão de ataque, que pode ser estriado ou por cavalete, e essa diferença tem a ver com o veio ou eixo, do motor eléctrico.

eu já passei por isso tudo (e tu não precisas passar), e digo-te que nem é bom pensares em trabalhos de torneiro mecânico sem perceberes exactamente o que é que pretendes fazer.
como não sei em que ponto do processo é que estás, também não vale estar aqui a conjecturar mais, mas como já disse antes, naquilo que eu puder ajudar, dispõe.


abraço.

[Bluesky]

é possível e desejável por um torneiro a fazer transmissões magnéticas não tradicionais com ganho mecânico, isso sim, que não recorram a correntes ou correias. essa ausencia de atrito não corresponde ao esforço financeiro que muitos já estão erradamente a pensar, se pensaram na estoria dos rolamentos ceramicos.

por acaso na minha dr coloquei uma cremalheira de 72 dentes não original para um torque mais facilitado, apesar de ter ficado comprometido em velocidade de ponta. se não fosse o raio do desgaste um motor electrico compensaria pelas altas rpms, mais ... atendendo ao torque original dele prevejo material destruido.

[carlos.g]

bem vindo blue,

afinal também estás a avançar com o projecto (em segredo??), e não nos dizias? ou será que não percebi nada ?

boa dica essa da transmissão magnética. contamos contigo para essa ajuda, mas 1º tens que aplicar essa solução, muito mais avançada, na tua máquina. se tiveres êxito já sabes a gsx r está a ser preparada para up grades e níveis de potência bem acima dos parâmetros actuais.

enquanto isso não acontece, lá temos nós de nos manter no “caminho das pedras” e continuar a avançar com o projecto, de acordo com o planeado.

grande abraço.


ps: hoje chegou mais uma encomenda de materiais novos para substituir, os que devido ao seu mau estado, já não têm a mínima possibilidade de recuperação. o nosso lema tem sido manter o máximo possível de peças originais, mesmo que isso implique por vezes, muito mais esforço de trabalho "caseiro".

novos espelhos, e poisa pés dianteiros.





barrocas, o que é que achas do material, está aprovado?

fiquem bem.

[Njay]

caro carlos, desculpas não aceites pois não há desculpas a apresentar sobre nada . hei-de começar a conversão quando o tempo estiver melhor, entretanto estou na fase de planeamento e também estou ocupado com formação - é cedo para abrir um tópico. mas já tenho algum material, nomeadamente a mota (aprilia rs125) e motor (um etek dos originais - 7kw contínuos, 15.8kw pico (20 - 30s)).

o eixo do motor é exactamente igual ao teu mars excepto na largura do canal, que é de cerca de 6mm, pelo que então será "de cavalete". encontrei estes pinhões de ataque aqui:

http://www.electricmotorsport.com/store ... _drive.php

a medida do eixo do motor é 7/8", que eles têm, mas teria ainda que verificar o canal e a medida da corrente. e têm com 10 a 19 dentes. com este pinhão em 10 - 12 dentes já obtenho a redução que (penso que) quero mantendo a cremalheira de origem (pelo menos já não precisa de ser feita à medida).
pois, entretanto estou a aperceber-me de que por cá os torneiros só fazem o muito básico ou o que é habitual (trabalho de motores).

eu sou 100% pela partilha de informação. e acho que já temos quorum para um micro encontro de pessoal que está a considerar fazer ou a fazer uma conversão...

[Barrocas]

quem sou eu para criticar? as tuas escolhas tem sido sempre exemplares

a minha actualmente nem espelhos tem...

[carlos.g]

njay, totalmente de acordo com a ideia do "micro encontro". podemos começar a pensar numa data, e ver também quem é que tem interesse em participar.
por mim tenho alguma flexibilidade aos sábados e domingos de tarde (mais para o fim do dia), mas obviamente que posso ver outra hipótese, desde que marcada com alguma antecedência.

sobre a questão do pinhão de ataque, vemos tudo em pormenor no encontro. muito boa máquina essa aprilia que tu tens para fazeres a "metamorfose" da transformação em ve.

barrocas, é preciso começar por algum lado, depois as coisas começam a fluir.....sempre com muito trabalho....nessa matéria e pelo que conheço das tuas "artes", a máquina está em boas mãos. força companheiro. qualquer coisa, diz.


quanto à recuperação do quadro da suzuki, e o processo de polimento em curso, o fim de semana foi muito curto...parece que encolheu, e não foi possível terminar. mas a parte mais "dolorosa" à base de lixa e mais lixa (um dos segredos de tudo isto), já está feita e mesmo assim conseguimos avançar para as traves do lado direito do quadro.

para que possam acompanhar a evolução deste trabalho aqui ficam mais algumas fotos com o antes e o depois,

aqui, antes da lixa começar o tratamento de "choque";




aqui, já com uma boa dose de massa de polir...a caminho do acabamento final,




mais um bocadinho de esforço e já se começam a ver resultados, mas ainda falta muita mão de obra.




agora é continuar, e depois de feito até parece fácil.
bem, difícil não é mas, é um trabalho de paciência... bom para os chineses......e portugueses teimosos .

até breve

[monicasalgado]

só em mão de obra essa conversão vai ficar numa pequena extravagância

continuação de bom trabalho

[carlos.g]

olá monica,

a mão de obra é por uma boa causa, ter um ve personalizado até ao pormenor .
vamos ver se um destes dias não estarás a pensar em fazer uma extravagancia destas. que dizes?

no momento actual, salvo raras excepções, as opções do mercado não me convencem, qualidade fraquinha, muitas incertezas, as dúvidas, as "pseudo" garantias, que depois não servem para quase nada, enfim, a ver pelo andamento dos "azarados", que vão aqui contando os seus infortúnios, as coisas não vão lá muito bem.

enfim, cada um faz as suas opções.
como já prometi antes, assim que existirem condições, vais ter a possibilidade de constatares in loco, as diferenças.

fica bem

[e_bike]

parabéns pelo excelente trabalho carlos! também estou desejoso para ver essa beleza ao vivo e a "queimar" electrões. já faltou mais não é?

tenho aqui uma hornet de 98 que gostava de levar esse tratamento, infelizmente não tenho nem tempo nem orçamento para o fazer. quem sabe um dia...

continue o bom trabalho, tem sido uma inspiração para os aficionados das eléctricas.

[carlos.g]

parabéns pelo excelente trabalho carlos! também estou desejoso para ver essa beleza ao vivo e a "queimar" electrões. já faltou mais não é?

tenho aqui uma hornet de 98 que gostava de levar esse tratamento, infelizmente não tenho nem tempo nem orçamento para o fazer. quem sabe um dia...

continue o bom trabalho, tem sido uma inspiração para os aficionados das eléctricas.

obrigado pelas palavras de incentivo e_bike.

alem de esteticamente muito bonita, essa hornet é uma óptima base (estrutural) de trabalho para uma "aventura" destas, ou não fosse um produto honda.
quanto ao tempo e às outras condicionantes que a todos afecta, o mais difícil é começar com o projecto, depois.....já não à volta a dar, e as coisa têm que seguir em frente.

com uma máquina dessas disponível, é fazer um esforço e passar do "sonho" à realidade.
alguma coisa que eu possa ajudar, fico ao dispor.

abraço

[monicasalgado]

gostar até gostava, carlos.g, mas não tenho quaisquer conhecimentos para me meter numa coisa dessas.

agulhas e massagens... ainda vá, educação física... também, e mais umas coisinhas... mas transformar uma mota num ve..... nem sei no que iria dar

talvez um dia, com ajuda, quem sabe.

já agora, por curiosidade - tendo uma mota para reconstruir, qual o valor aproximado da reconstrução (para além da mão de obra, claro)?

e_bike.... não te adiantes aqui a popota está 1º.. até porque é uma lady e tu és um cavalheiro

[carlos.g]

já agora, por curiosidade - tendo uma mota para reconstruir, qual o valor aproximado da reconstrução (para além da mão de obra, claro)?

ol:

isso depende da performance e configuração que escolheres, obviamente em função da moto que tiveres, o tipo de quadro, o espaço disponível etc.
digamos que para uma conversão equiparada à tua scooter, 5 kw, 40 ah, tendo já a máquina, pode variar entre os 2.500 a 3.500€. tudo depende dos "pormenores".

claro que não estou a contar com mão de obra, como tu dizes essa parte pode ficar numa "extravagancia", se formos muito exigentes. para mim um trabalho destes só tem sentido se for bem feito, e aí gasta-se mais algum dinheiro.

mas quem corre por gosto.....não cansa, não é?
vai pensando no assunto, não te esqueças que depois ficas com um ve exclusivo, mais ninguém tem nenhum igual.

[monicasalgado]

estas a esquecer-te da parte em que eu não percebo nada do assunto

[carlos.g]

pois é, esqueci -me dessa parte, desculpa, mas só à uma forma de contornares esse problema, é aprenderes , que é exactamente o que eu estou a fazer . mas vamos com calma, quando aqueles que estão a fazer, ou em fase de iniciar um trabalho deste tipo, concluírem os projectos, tudo vai ser mais fácil para os seguintes. por mim, não tenho intenção de fazer segredo de nada. nessa altura falamos .

em relação ao andamento do projecto, na fase de “mimar” o quadro da suzuki, a coisa atrasou-se uns dias mas já está quase.
bem um dos lados está acabado, e o outro está a 75%.temos mais umas fotos com o aspecto do lado já finalizado (desculpem a ligeira desfocagem, mas já estava atrasado para o jantar….e sem energia nada funciona).
amanhã talvez se consiga fazer uma reportagem mais completa e prometo, com mais qualidade.







agora uma curiosidade sobre as baterias que começam a equipar algumas ferramentas eléctricas à venda no mercado. na semana passada, numa loja ferramentas, ao procurar uma aparafusadora sem fios para substituir outra que já está a pedir descanso (ao fim de 14 anos de muito bricolage já merece a reforma), verifiquei que o material tinha tecnologia da "boa", por isso não resisto a mostrar a parte que interessa, a bateria de lítio.

trata-se de uma bateria de lítio de 14,4v, bastante leve e compacta em comparação com as de nimh, do equipamento “reformado”.



a grande diferença reside num sistema bastante simples, que podem ver na foto, que está integrado na bateria, faz o controlo da carga e descarga e que em qualquer momento carregando na seta à esquerda, conseguimos ver o estado da carga residual. simples e eficaz.



aqui está um bom exemplo a seguir por algumas marcas de scooters (quase todas), que pouca ou nenhuma informação têm, sobre o real estado de carga das baterias do ve.
ora, esse é o aspecto mais importante quando,como se sabe, a autonomia é variável em função de diversos factores como, o tipo de condução, a temperatura, o tempo de carga, etc.

bem, por hoje já "opinei" mais que o suficiente sobre estes temas, e vou deixar o resto para amanhã.

fiquem bem.

[e_bike]

por acaso a sw avançou com um sistema desse tipo durante a palestra da expomoto. já têm um instalado numa predator de um cliente e está em testes para ver se resulta bem.

esse sistema não é tão fiável como um computador de bordo mas já ajuda alguma coisa. se for baseado na tensão do pack acho que não resultará em andamento, porque a tensão das baterias desce à medida que o motor pede corrente.
experimente ter a aparafusadora a funcionar e carregar no botão, e vai ver que o nível de carga é mais baixo que quando está parada.

ps-belo trabalho de polimento! a suzuki está a ficar um mimo.

[jmal]

esse indicador de carga da bateria também verifica a carga através da tensão, e vais verificar que também não é muito certo, e não esquecer que essa tecnologia de baterias é diferente das motas, essa deve ser litio cobalto, e nas motas temos lítio ferro, onde a tensão oscila menos consoante a carga.

[tavares]

essa bateria se não for , é exactamente igual á das máquinas metabo, e as da metabo são li-po.