O paradoxo do óleo de palma

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Tó Miguel
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O paradoxo do óleo de palma

Mensagem por Tó Miguel »

o paradoxo do óleo de palma

nos anos 60, a áfrica exportava 367 000 t de óleo de palma, essencialmente para as fábricas europeias de sabão. hoje, importa da ásia 2,5 mt para consumo próprio porque é barato. a palmeira de óleo está, contudo, bem adaptada ao clima tropical e de todas as oleaginosas é a mais produtiva por hectare: pelo menos oito vezes mais que a soja. a nigéria encontra-se muito claramente à cabeça dos produtores africanos, seguindo-se, à distância, a costa do marfim, os camarões, a rdc e o gana, pela ordem indicada.
o óleo de palma é quase exclusivamente consumido nos países do sul e sobretudo na áfrica ocidental, onde integra os hábitos alimentares. devido ao seu forte potencial produtivo, é com este óleo - mais do que o óleo de algodão ou de amendoim -, que contam os peritos para cobrir as necessidades, tendo por horizonte o ano 2020. na condição de que vigorosos programas de replantação sejam levados a cabo e que os custos de revenda sejam competitivos com o óleo asiático. na costa do marfim, 60 a 65% das palmeiras de óleo em produção desde o início do século deverão ser substituídas na próxima década. a batalha para uma melhor cobertura oleaginosa africana deverá ter lugar nas plantações industriais e camponesas, e igualmente no plano da transformação. a difusão de procedimentos semimecanizados que permitem obter melhores rendimentos em óleo foi iniciada há alguns anos. nos países do golfo da guiné, os pequenos produtores compreenderam o interesse de mecanizar a prensagem. um equipamento bastante simples permite obter óleo para a alimentação e para o sector dos biocombustíves. a transformação tradicional permanece o apanágio das mulheres. fornece o famoso óleo vermelho muito apreciado mas reservado a uma clientela urbana desafogada. melhorar a prensagem conservando a qualidade deste óleo, rico em vitaminas a e e, representa uma oportunidade real de valorização para este produto tradicional (ver esporo 62).
para além do óleo de palma, a palmeira de óleo fornece gordura de palmiste, retirada da amêndoa. a trituração destas amêndoas origina bagaço de palmiste, relativamente pobre em proteínas. a áfrica exportou cerca de 103 000 t destes produtos em 2004, reservando o essencial da sua produção às suas próprias criações de gado.
os resíduos do lagar são utilizados como adubos. representam uma biomassa importante tendo em vista a produção de electricidade ou de gás. à semelhança da fibra de coco, a fibra da palmeira também pode ser utilizada para fabricar sacas para fins agrícolas.

http://spore.cta.int/spore125/esporo75_feature.html
"ECOnomia também pode ser ECOlogia"
Sócio ANE Nº 16

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