Moda da eólica

A energia dos ventos - Neste local pode discutir todos os assuntos relacionados com esta forma de produzir energia.

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bcarmona
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Re: Moda da eólica

Mensagem por bcarmona »

Estamos a falar do sobrecusto da subsidiação das energias renováveis. Em particular da eólica.

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Volt
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Re: Moda da eólica

Mensagem por Volt »

Sendo assim, o teu argumento anterior não faz qualquer sentido e a nossa resposta (a minha e a do mauri) já foi dada.
333.333,3 KM a bombar faísca!
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silvameister
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Re: Moda da eólica

Mensagem por silvameister »

bcarmona Escreveu:Isso Mauri, não leias. Se não leres não sabes, não existe.

Não são os pobres que exploram parques eólicos

Não são os pobres que compram Leafs

Não são os pobres que instalam microgeração nas suas vivendas

Estou a ler este topico pela primeira vez e fico triste com tudo que aqui se diz, nao sei se será falta de trabalho, ou se as férias andam a fazer mal a alguem.
Uma coisa é liberdade de expressao, outra é estupidez... ja chega!!!
Apelo aos moderadores para fazerem alguma coisa, senão este forum vai ficar uma.....

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Volt
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Re: Moda da eólica

Mensagem por Volt »

Eu acho que os restantes utilizadores são livres para acreditar nestas "tretas". Eu aconselho (e tento) que se informem melhor. Tudo o resto depende de cada um. Com argumentos também se vencem batalhas. Não é fácil, mas é o mais correcto.

PS: Pensando bem, acho que me consideraram (com aquela frase da vivenda e da micro-geração) a mim e à minha família, ricos... Ora, se pertencer a um dos mais baixos escalões de IRS é ser rico, muito mal vai este país... E não, não é o mais baixo de todos (o 1º).
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Autor do tópico
bcarmona
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Re: Moda da eólica

Mensagem por bcarmona »

O blog Ecotretas faz hoje referência ao desequilibrado sector eléctrico cujo preço aos consumidores é mantido, por via de tarifas reguladas, abaixo do que seria normal para manter a sustentabilidade do sector. Naturalmente este desajuste entre custo e receitas cria um défice. Esta semana o Secretário das Obras Públicas foi ao parlamento alertar para o facto de que este défice, que atinge os €2 mil milhões, vai ser amortizado nos próximos anos por aumento das tarifas de acesso à rede. Curiosa esta opção de incluir nas tarifas de acesso à rede, provavelmente uma forma de escamotear a verdadeira origem do défice.


O sobrecusto da energia eléctrica portuguesa é criado por geração a partir de fontes não competitivas em mercado livre. Basta olhar para o quadro acima da responsabilidade da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) onde constam os custos de Produção em Regime Especial (PRE). Para as viabilizar, o estado português concede-lhes prioridade no abastecimento à rede e incentivos à produção, ou seja, beneficiam de produção em regime especial. Este enquadramento distorce completamente o mercado e cria sobrecustos enormes dado que a electricidade em Portugal tem um custo médio inferior a €50/MWh. Este sobrecusto é diluído parcialmente na factura eléctrica cobrada dos consumidores domésticos sob a parcela designada como Custo de Interesse Económico geral (CIEG). O nome abstracto ilude e desviar a atenção do verdadeiro culpado. A parcela CIEG tem vindo a aumentar ao longo dos anos, essencialmente, pelo aumento do parque eólico português. A cobrança do remanescente tem sido protelada e acumulada no já referido défice.


O problema do sobrecusto das energias renováveis está a emergir não só pelo crescimento da potência eólica instalada mas porque no acordo assinado com a troika para se viabilizar o empréstimo externo a Portugal a troika mandou moralizar o sector recomendando quer o fim das tarifas reguladas quer a alteração da taxa de IVA cobrada à electricidade.


O fim das tarifas reguladas irá a prazo conduzir à neutralização do défice que, se estima, provocará um aumento do preço da electricidade em 10% tal como a DECO já tinha calculado aquando da petição que lançou em Novembro do ano transacto.O aumento de IVA de 6% para 13% ou 23% irá agravar ainda mais o preço aos consumidores.


Graças à troika o sector energético português irá caminhar para uma situação de equilíbrio de contas e aproximar o preço da electricidade de Portugal dos preços mais altos praticados na Europa e, coincidentemente, dos países que mais energia eólica têm no seu mix produtivo. Veremos, como tenho insistido neste blog, se isso será sustentável para a débil economia portuguesa. E veremos, como desconfio, se isso não vai abalar a crença nacional nas energias renováveis.

http://luzligada.blogspot.com/2011/08/l ... guesa.html

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mauri
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Re: Moda da eólica

Mensagem por mauri »

O blog ecotretas como qualquer outro tem o valor que tem, ou seja é a opinião pessoal de um indivíduo/a: aqui no fórum, são as opiniões de todos os que intervêm no fórum (e não são poucos): o blog não passa duma carta, missiva ou até diário daquele que não consegue exprimir em público as suas ideias e serve-se dele para extravasar pois não consegue passar ao público em geral o que pretende e depois servem-se doutros meios para atingir seus fins.
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Autor do tópico
bcarmona
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Re: Moda da eólica

Mensagem por bcarmona »

Começou complicada esta segunda-feira no que diz respeito ao sector eléctrico. As imposições da troika (aumentar o IVA e acabar com as tarifas reguladas) a que já tinha feito referência há uns dias e o défice galopante que o país acumula significa que aos poucos o governo vai ter de acordar do sonho das renováveis e abrir os olhos para o seu custo real.

O governo inicia hoje negociações com produtores eléctricos em regime especial para das duas uma, ou baixar incentivos à produção ou aumentar a carga fiscal caso estes não aceitem a primeira proposta.

http://luzligada.blogspot.com/2011/08/a ... lam-o.html


fpereirainventor
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Re: Moda da eólica

Mensagem por fpereirainventor »

É assim mesmo acho muito bem, não faz qualquer sentido estar-se a pagar próximo dos 0,10 por KW das eólicas para vender à noite em bi-horário a uns 0,06/0,07 por KW, que quando existe reposição para as barragens ainda se perde mais cerca de 30%.

Já devia ter sido revista toda a situação, a criação de tarifas para horas de vazio a rondar os € 50,00 MW seriam os ideais. Para além disso os subsidios só tem impedindo a evolução tecnológica das eólicas e uma verdadeira aposta na eficiência energética por parte dos consumidores.

A energia electrica está demasiado barata!! - Como exemplo dou o dos veiculos electricos. Se um Veiculo de C.I. gasta cerca de € 5,20 (moto de 125 CC) para precorrer 100 Kms porque é que um V.E. há-de gastar apenas € 0,40, 13 vezes menos. O preço KW deveria ser igual, inicialmente, num peeríodo transitório para lançar no mercado, sem a carga fiscal.

Cumprimentos.
fpereirainventor


fpereirainventor
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Re: Moda da eólica

Mensagem por fpereirainventor »

Voltando às eólicas.

Já há uns anos que penso num projecto de aproveitamento da energia eólica, correntes e solar na margem sul do Mar da Palha que é muito ventoso.

O projecto consistiria também na utilização da energia das correntes, solar de concentração e utilizaria as docas da Lisnave e restantes instalações.

As turbinas eólicas poderiam ser do tipo urbanolic (http://urbanolic.blogspot.com/), dava-me um particular jeito, ou das HAWT tradicionais mas com a altura máxima de 15 m, para minorar o impacto visual.

Os geradores da Correntes que fossem idênticos ao do pedido de Patente 105069 (http://servicosonline.inpi.pt/pesquisas ... sp?lang=PT), era bom para mim e no geral por aumentar a produção de energia e outras características vantajosas, poderiam ser uns 12 e seriam dispostos de Cacilhas ao Porto Brandão.

Os concentradores solares ficariam instalados nos milhares de m2 da ex-Lisnave, Cheguei a trabalhar na ferrugem na doca 13.

Todos os equipamentos produziriam electricidade, sem qualquer tipo de rectificação, que seria disribuída directamente a bombas eléctricas que estariam colocadas nas 3 ou 4 docas secas.

O funcionamento seria um pouco inverso ao conhecido dos aproveitamentos marmotizes, eram abertas válvulas de geradores de tomadas de água do rio Tejo, com prufundidade inferior à da maré mais baixa. Seja, desta forma era mais facilmente controlável a produção para as horas de pico. As docas secas podiam ter outras válvulas de descarga aquando da maré baixa, com turbinas e geração de energia.

Considerando-se a produção junto do consumo, menos perdas da distribuição, devia dar para para uns bons 20% da energia consumida da área metropolitana de Lisboa. Daria também para utilizar o excedente energético nocturno das eólicas e renováveis (vêm aí mais).

Que acham??

fpereirainventor

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