uma lança em africa :)

Local onde se pode discutir de tudo um pouco acerca do biodiesel.

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manuelcar
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uma lança em africa :)

Mensagem por manuelcar »

olá pessoal
isto anda sossegado desde que acabou a discussão sobre a interrupção voluntária da gravidez.
por isso, e para avivar um pouco os ânimos, venho aqui defender uma ideia que é esta:
a produção doméstica do biodiesel é um processo perigoso para a saúde dos produtores, seus familiares e vizinhos e um perigo ambiental. por isso, a menos que os "pequenos produtores" se conformem com as normas de segurança da produção industrial vão verificar que o governo vai decretar que esses "pequenos produtores" não podem ser assim tão pequenos. por isso, na perspectiva da iniciativa do cidadão(zinho) o melhor é começarem rápidamente a procurar a melhor forma de converterem os vossos veículos ao ovd.
saúde da boa!

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escalavardo
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Mensagem por escalavardo »

hehehe.. boa forma de puxar a brasa à sardinha.

realmente a produção caseira de bd acarreta inúmeros perigos, e existem imensos acidentes documentados, que aconteceream porque foram descuradas as normas mínimas de segurança.

na minha maneira de ver, o futuro do bd caseiro passa por pequenos produtores e produtores caseiros que se associam de forma a criar algum tipo de cooperativa, em que se garantam as condições mínimas de segurança (de acordo com legislação), e onde o resultado da produção será para os associados consumirem, a um preço bastante reduzido.

seria tal como uma reserva de caça, onde se pagam as cotas e se tem direito a um serviço ou bem.

o problema principal é satisfazer o estado, que concerteza quererá uma fatia do bolo, e isso é que irá tornar pouco competitivo este tipo de solução.
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orbis
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Mensagem por orbis »

escalavardo já que andamos numa de bem escrever, não leves a mal que te chame a atenção para um pormenor: neste caso são "quotas" e não "cotas".

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escalavardo
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Mensagem por escalavardo »

ups, pois é.. thanks
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mnunespt
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Mensagem por mnunespt »

toda a gente mete uma gafe de vez em quando...

acho que o problema de escrita que se encontrou, foi quando quase se deixou de escrever uma unica palavra da forma correcta. ou por puro gozo ou desrespeito, ou mesmo só para ser diferente.

se calhar é uma forma de autodefesa! escrevendo tudo com erros ortográficos o pessoal leva na brincadeira, e qualquer possivel erro que de facto se dê, passa desprecebido... será isto?

quanto à questão levantada a minha opinião é a seguinte:
em qualquer coisa nova que seja util ao "zé comum", funciona tudo bem enquanto passar despercebido. quando o volume aumentar e passar a ser do conhecimento e prática de bastantes "zés comuns" o estado vai querer logo meter o "bedelho" e aproveitar-se da situação.

vejamos: (supondo que...)

o estado não sabe ao certo se a produção de bd é uma coisa viavel e lucrativa. vai dai sonda os "zés" que andam a fazer bd em casa.
quando vê que a coisa cresce e até está a funcionar, sanciona a produção caseira e manda fazer ele próprio em nivel industrial para gerar dinheiro para os seus cofres. caso não seja possivel ao estado sancionar uma actividade em seu beneficio, pode sempre recolher a velhinha mas eficaz cobrança de impostos e taxas.

não levem a mal a minha falta de fé nos governos e governantes. mas tenho visto que para eles o que interessa não é o estado do pais, mas sim o "estado do estado" (os cofres do estado).

concluindo: se agora ainda se faz bd sem grandes problemas, esta é uma verdade que é capaz de não durar muito tempo.
mas será o ovd uma solução? apenas durante um tempo também, pois assim que o estado a "topar"... já se sabe.

abraço,


marco.

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orbis
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Mensagem por orbis »

enquanto pudermos comprar óleo para fritar, talvez não haja problema. ao fim e ao cabo seria ridículo taxar o óleo alimentar como produto energético.


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manuelcar
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Mensagem por manuelcar »

então é assim que vocês respondem às provocações? nem murros na mesa nem cadeiras pelo ar?
ou será que atingi algum ponto sensível?
quando fôr atingida a cota dos biocombustiveis imposta pela união os primeiros a irem serão os pequenos podutores de biodiesel caso venham a ser vistos como uma ameaça pela indústria. naturalmente a questão dos impostos nem se põe. no caso do ovd a coisa será diferente. tirando o recurso a análises quimicas é muito difícil distinguir no local se um carro está a queimar ov ou bd. quanto à questão da legalidade das adaptações dos motores recordo que pelo menos um fabricante emite certificado de cumprimento das normas legais para os componentes dos seus kits, com o objectivo da alteração do livrete do carro ou certificação perante um centro de inspecções. portanto é aproveitar enquanto dá.

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escalavardo
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Mensagem por escalavardo »

ai sim? e que fabricante é esse? e por acaso essa tentantiva de alteração do livrete já foi testada cá em portugal? ao que me parece esse certificado irá valer de pouco junto de uma funcionária da dgv que nem saberá que é possível usar óleo como combustível, logo a possibilidade do averbamento ser aprovado será mínima.

a questão do problema em fabricar bd "caseiramente" já se põe actualmente e nada tem a ver com se atingirem as tais cotas de biocombustíveis ou não, porque o bd produzido no quintal não entra, nem irá entrar para os números, pois nada é declarado.

ora o problema tem essencialmente a ver com o aumento galopante do preço do metanol, do preço do ov e a dificuldade que irá em breve ser colocada a quem queira adquirir os catalizadores necessários para o fabrico de bd (pois o estado não anda a dormir, apenas está de olhos fechados ao facto de se andarem a espalhar mini-bombas um pouco por todo o país, sempre que alguém compra algumas centenas de litros de metanol, que na maioria dos casos é armazenada sabe deus como...).

a solução continuo a achar que passa pela formação de cooperativas, onde será possível adquirir bd a um preço bastante competitivo em relação ao diesel, e onde as questões de segurança não se coloquem.
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manuelcar
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Mensagem por manuelcar »

bem, o elsbett emite um certificado. podes importar um veículo que indica expressamente a capacidade de consumir ov. como é que coisa depois se processa, não sei.
a criação de cooperativas e associações também me parece a melhor, talvez a única solução. por isso não estou a perceber a inércia que sinto em este forum dar origem a uma associação. quanto aos impostos, nada a fazer. se devemos impostos temos que os pagar. sempre. a questão é que, por decreto governamental, ao que li. os impostos especiais que se aplicam nos combustiveis estão suspensos para os biocombustiveis até se atingirem as cotas definidas. foi o que li aqui no forum.

saúde da boa!

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Mensagem por orbis »

estive a ver o site da elsbett e (não) cheguei a grandes conclusões:
1 - realmente têm uma versão do site em português de portugal (com uma ou outra gaffe);
2 - pelos vistos fazem instalações em portugal;
3 - mas para questões legais remetem-nos para a legislação alemã;
4 - o problema é que eu vivo em portugal, tenho um carro com matrícula portuguesa, tenho de ir a um centro de inspecção português e estou dependente de um organismo da administração central (dgv) que......comentários para quê?
5 - pelo que atrás ficou dito, obviamente corro o risco de fazer transformações no meu carro que a dgv não pode (quer) legalizar.
6 - todos sabemos que para serem exercidas actividades industriais como transformações em veículos, as empresas em questão têm de estar licenciadas para o efeito.
7 - como é possível uma empresa estar licenciada para o efeito e o produto da sua actividade não ser reconhecido oficialmente?????????

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Elios
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Mensagem por Elios »

boas,

a elsbett lembra-me muito as certificações tuv que são reconhecidas pela europa fora, mercem toda a credibilidade, mas em portugal ficam à porta.
sem haver legislação que permita utilizar ovd nunca irá haver legislação que torne legal a instalação do kit de ovd o que leva a qualificar um carro que o tenha instalado como tendo sido alterado implicando multa de 120€ a 250€ e ipo b e só passará nesta com o kit removido e sem anomalias.

aliás esta foi uma das razões que me levaram pelo caminho do bio, para me apanharem na ilegalidade, que o é, seja ovd seja o bio, não é à primeira vista.

abraço
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orbis
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Mensagem por orbis »

completamente de acordo!
como me vou arriscar a instalar um kit ovd no meu carro e ir com ele à inspecção, se até para instalar uns pneus 1 cm mais largos tenho de pedir batatinhas à dgv???
vamos continuar à espera que os inspectores vão assobiar para o lado?

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escalavardo
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Mensagem por escalavardo »

pois, eu quando digo que a elsbett ou outra empresa qualquer não têm qualquer credibilidade em portugal, não quer dizer que os produtos que vendem sejam maus. apenas quero alertar para o facto de algumas andarem a vender o seu peixe e alegarem que passam certificados que depois não têm qualquer valor.

quanto a multas estúpidas e sem significado é melhor nem falar, que fico logo alterado...!

bd também é ilegal em percentagens acima de 5%, por isso não podemos dizer que estamos melhor que o pessoal do ovd.

e não me parece que algo vá mudar brevemente, pois o sentido paternalista do estado não permite aos cidadãos normais terem poder de escolha sobre as suas vidas.

há uns tempos andava por aqui um membro que era em parte responsável pela elaboração da legislação do bd. fugiu logo quando começá-mos a colocar questões "incómodas".

acho que deviamos escrever um oficio à assembleia da república, assinado pelos membros que assim o entendam, onde îremos expôr os nossos pontos de vista. podemos até endereçar o oficio aos partidos da oposição, que concerteza estarão disponíveis para defender a nossa dama.

seria uma ideia..
Última edição por escalavardo em sábado fev 17, 2007 11:51 pm, editado 1 vez no total.
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Mensagem por orbis »

a única diferença é que o kit vê-se quando se abre o capot.
mas a minha questão de base permanece: como é possível licenciar empresas para exercer uma actividade em portugal, cujo produto não é legalmente reconhecido?
ou será que estão a exercer a actividade sem licenciamento adequado?
também não seria inédito, mas já responderia à minha pergunta.

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Elios
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Mensagem por Elios »

orbis Escreveu:enquanto pudermos comprar óleo para fritar, talvez não haja problema. ao fim e ao cabo seria ridículo taxar o óleo alimentar como produto energético.
orbis

um bom exemplo que não é assim tão ridiculo é o exemplo inglês em que existe um taxa de 27.1 centimos de libra esterlina ou em linguagem de bife "pence"

aliás teria toda lógica haver taxação nem que seja pelo facto de os produtos alimentares pagarem 5% de iva e os combustiveis 21%, só aí já existem acertos a fazer

mas claro tudo isto hipotético porque só vejo dois "mundos" para nós, o actual em que somos ignorados devido à nossa fraca expressão e espero que continuemos a ser, e um possivel futuro de caça ás bruxas em que seremos banidos visto que não vejo poder de visão, à falta de melhor expressão, como os ingleses demonstram por exempo.

abraço
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Mensagem por Elios »

orbis Escreveu:a única diferença é que o kit vê-se quando se abre o capot.
mas a minha questão de base permanece: como é possível licenciar empresas para exercer uma actividade em portugal, cujo produto não é legalmente reconhecido?
ou será que estão a exercer a actividade sem licenciamento adequado?
também não seria inédito, mas já responderia à minha pergunta.
boas orbis,

é um pouco a mesma receita das lojas de "tuning", a actividade é proibida mas as lojas existem e se muitas são de vão de escada e como contacto apenas nº de telemovel anónimo outras são legais, pagam impostos e passam facturas mas são licenciadas como de reparação, de peças, de electrónica automóvel, etc, ora isso parece-me sem licenciamento adequado

abraço
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escalavardo
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Mensagem por escalavardo »

pois só mesmo em portugal para haver estas questões. são as empresas de tuning, as dos kits, paintball e muitas outras actividades.

o que acham da ideia do tal oficio à ar? podia ser um oficio mensal, até alguém se disponibilizasse para nos ouvir (o que acredito que demore muito tempo..).
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vamos nessa. parece-me que não vai adiantar nada mas para quem escreve tanto como nós, umas linhas a mais não vão custar nada.
o problema é: o ofício vai da parte de quem?
ao fim e ao cabo somos apenas um grupo de pessoas que troca ideias pela net e que legalmente não existe. que tal arranjar coragem e uns euros para ir a um notário tratar da associação?

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escalavardo
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Mensagem por escalavardo »

pois já se tinha falado nisso anteriormente. eu arranjei uns estatutos modelo, e um documento explicando todos os passos necessários. mas como nunca mais foi demonstrado interesse, deixei um pouco de lado. apenas transmiti esses documentos ao luimio, que ficou de ver com uma conhecida dele, que havia formado uma ong anteriormente.

elios, o que tem o contacto ser apenas um número de telemóvel? eu uso esse sistema e considero-me uma pessoa séria.. existe desde há muito a ideia errada que uma empresa se não tiver um número de telefone fixo e um número de fax, não se pode considerar como válida. pois eu uso tlm e email apenas, e não me considero empresa do vão de escada.. aliás, noutros países mais avançados já há muito que essa ideia caiu por terra, e o fax deixou de ser usado.
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Elios
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Mensagem por Elios »

escalavardo Escreveu: elios, o que tem o contacto ser apenas um número de telemóvel? eu uso esse sistema e considero-me uma pessoa séria.. existe desde há muito a ideia errada que uma empresa se não tiver um número de telefone fixo e um número de fax, não se pode considerar como válida. pois eu uso tlm e email apenas, e não me considero empresa do vão de escada.. aliás, noutros países mais avançados já há muito que essa ideia caiu por terra, e o fax deixou de ser usado.
uma empresa legal tem que ter uma sede, ou seja um endereço fixo, que se encontra registado na conservatória do registo comercial, não interessa se é num quarto, numa garagem, etc.

pode só ter numeros de telemóveis e endereços de email mas a partir do momento em que não se disponibiliza um endereço fisico não consigo ver qualquer seriedade visto que a ideia é mesmo não se poder encontar os responsáveis e significa que ou não existe registo em conservatória é o endereço de registo é ficticio no sentido de sede de actividade.

espero que a expressão "vão de escada" seja entendida como expressão porque existem inumeros negócios com muitos anos a funcionar legalmente em localizações como estas então em zonas históricas é porta sim, porta sim.

abraço
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