
o sistema aip e as células de combustível
ao contrário do que se pode pensar, o conceito das células de combustível, não é exactamente uma novidade. ele foi pela primeira vez idealizado em meados do século xix, e durante a ii guerra mundial, a alemanha estudou a possibilidade de utilizar um sistema de propulsão independente do ar utilizando este método mas sem resultados.
de facto, mesmo depois de a alemanha ter decidido optar por este sistema, a tecnologia não estava suficientemente desenvolvida.
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a tecnología, originalmente desenvolvida pela general electric, foi posteriormente desenvolvida e aperfeiçoada pela siemens. o aip com células de combustivel foi considerado para o projecto do submarino u207 nos anos 70, mas concluiu-se que mesmo nos anos 70 a tecnologia continuava a não estar suficientemente desenvolvida para ter capacidade para utilização militar de forma eficiente.
aquando da fase de desenho e especificação do u212, o problema continuava a existir, e vários problemas secundários, surgiram com as tubagens para transportar quer o oxigénio quer o hidrogénio. o atraso no desenvolvimento do aip foi a principal razão do atraso do projecto u212 que acabou ficando tão atrasado, que resultou no u212-a que foi na realidade o primeiro u212 a ser produzido, tendo a sua construção começado apenas em 1996.
as células de combustível
a célula de combustível utilizada por estes submarinos é na pratica uma pilha, que inclui uma membrana (chamada membrana de permuta protónica, mpp ou pem do inglês proton exchange membrane) que separa o oxigénio do hidrogénio, mas onde por acção dos dois elementos ocorre uma reacção quimica que produz uma carga electrica, a qual por sua vez vai alimentar um motor eléctrico ou carregar as baterias do submarino.


as células de combustível propriamente ditas: várias destas células formam um módulo e os vários módulos em série alimentam o motor (ou carregam as baterias)
as células de combustível estão ligadas em série num módulo que as acomoda. os primeiros módulos operacionais são os siemens bzm-34, com uma potência de 34kw:

siemens sinavy fuell cell modelo bzm-34, instalado a bordo do u212-a
embora estejam ligados em série, apenas oito dos nove módulos blz-34 do u212 estão em funcionamento, levando a potência total na realidade a um máximo de 8x34 = 272kw.
bzm-120, o novo módulo de células de combustível:
os desenvolvimentos tecnologicos seguintes, levaram a que se produzisse o módulo bzm-120, que embora maior que o módulo anterior, é quase quatro vezes mais potente.

siemens sinavy fuell cell modelo bzm-120, instalado a bordo do u214 e provavelmente a bordo do futuro u212-b
os dois sistemas, utilizam o mesmo tipo de motor, o qual também pode ser alimentado por baterias.
os desenvolvimentos da tecnologia continuam, quer no que respeita às células, quer no que respeita a novas e mais eficientes formas de armazenar o combustível, aumentanto a capacidade de transporte e a autonomia do navio com o aip ligado.
espera-se que futuras versões de submarinos com aip atinjam velocidades entre os 10 e os 14 nós.
em:
http://www.areamilitar.net/analise/anal ... ria=41&p=9
este conteudo foi-me divulgado pelo membro deste fórum captain.
obrigado [/i]