o cenário é traçado num relatório europeu publicado sexta-feira, do centro comum de investigação (cci-o braço científico da ce), que realizou durante 2006 um inquérito intensivo aos estados-membros. os anos em análise vão de 1999 a 2004 e mostram, por exemplo, que o consumo eléctrico no sector residencial (que representa cerca de 30% do total) tem anulado as poupanças globais alcançadas neste sector.
e no domínio doméstico, os portugueses revelam um comportamento que está longe da meta de redução de energia eléctrica. pelo contrário: foi o terceiro país da europa dos 15 que mais aumentou o consumo de electricidade entre 2003 e 2004: 5%, apenas ultrapassado pela irlanda e pela espanha, para uma média europeia de 1,79%.
o relatório assinala que nos países do sul (onde se inclui além dos países da península ibérica, itália, grécia e sul de frança) um dos principais responsáveis pelo aumento do consumo tem a ver com a rápida penetração de equipamentos de ar condicionado e o seu uso intensivo nos meses de verão. e as vendas acompanham a ocorrência de ondas de calor que, segundo os climatologistas, irão aumentar de frequência nos próximos anos.
