Produtores de biodiesel criticam negócio entre Galp e Petrob
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Produtores de biodiesel criticam negócio entre Galp e Petrob
produtores de biocombustíveis criticam negócio entre galp e petrobrás
os produtores e transformadores portugueses de biocombustíveis criticam a política energética do governo, dizendo que o negócio de biodiesel entre a galp e a petrobrás não reduz a dependência energética e encarece o preço dos combustíveis.
em comunicado, a associação portuguesa dos produtores e transformadores de biocombustíveis diz que “a política do governo é aberrante e cria condições de concorrência desleal aos produtores face ao gigante galp”.
a galp energia e a petrobrás assinaram em maio um memorando de entendimento para a formação de uma “joint-venture” para a exploração de negócios na área dos biocombustíveis, que poderá vir abastecer portugal de 300 mil toneladas de biodiesel.
na altura, o presidente da galp, ferreira de oliveira, afirmou que as duas empresas estavam a iniciar um estudo que poderia levar a “uma parceria material” capaz de produzir 600 mil toneladas de biocombustível por ano.
preço no brasil mais caro que combustível importado
dessas 600 mil toneladas, ferreira de oliveira admite que 300 mil se destinem a suprir as necessidades do mercado interno, para cumprir o objectivo de incorporar dez por cento de biocombustível nos combustíveis rodoviários até 2010.
a associação de produtores de biodiesel vem agora dizer que este acordo pressupõe a compra de biodiesel por portugal no brasil, a um preço que vai custar mais do que o actual combustível importado.
o negócio em causa implica que o estado português esteja apenas a substituir a dependência energética do exterior de um produto por outro, refere a mesma associação, sublinhando que a importação do biodiesel corresponde a comprar um produto acabado, não havendo, por isso, lugar à criação de mais-valia no país.
“o governo está a colocar portugal numa situação de maior dependência, a pagar mais caro por um produto que poderia (pelo menos em parte) produzir no país, com a vantagem de criar cá emprego”, dizem os produtores de biodiesel.
o estado português é accionista da galp energia.
in:
http://ultimahora.publico.clix.pt
os produtores e transformadores portugueses de biocombustíveis criticam a política energética do governo, dizendo que o negócio de biodiesel entre a galp e a petrobrás não reduz a dependência energética e encarece o preço dos combustíveis.
em comunicado, a associação portuguesa dos produtores e transformadores de biocombustíveis diz que “a política do governo é aberrante e cria condições de concorrência desleal aos produtores face ao gigante galp”.
a galp energia e a petrobrás assinaram em maio um memorando de entendimento para a formação de uma “joint-venture” para a exploração de negócios na área dos biocombustíveis, que poderá vir abastecer portugal de 300 mil toneladas de biodiesel.
na altura, o presidente da galp, ferreira de oliveira, afirmou que as duas empresas estavam a iniciar um estudo que poderia levar a “uma parceria material” capaz de produzir 600 mil toneladas de biocombustível por ano.
preço no brasil mais caro que combustível importado
dessas 600 mil toneladas, ferreira de oliveira admite que 300 mil se destinem a suprir as necessidades do mercado interno, para cumprir o objectivo de incorporar dez por cento de biocombustível nos combustíveis rodoviários até 2010.
a associação de produtores de biodiesel vem agora dizer que este acordo pressupõe a compra de biodiesel por portugal no brasil, a um preço que vai custar mais do que o actual combustível importado.
o negócio em causa implica que o estado português esteja apenas a substituir a dependência energética do exterior de um produto por outro, refere a mesma associação, sublinhando que a importação do biodiesel corresponde a comprar um produto acabado, não havendo, por isso, lugar à criação de mais-valia no país.
“o governo está a colocar portugal numa situação de maior dependência, a pagar mais caro por um produto que poderia (pelo menos em parte) produzir no país, com a vantagem de criar cá emprego”, dizem os produtores de biodiesel.
o estado português é accionista da galp energia.
in:
http://ultimahora.publico.clix.pt
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pessoal, eu acho que agora não é a hora de fazer esse tipo de acordo com o brasil, eu sou brasileiro e agora é que estão incentivando pequenos produtores a produzir por craqueamento o que eu acho, daqui a pouco tempo deve baratear o preço do bd pra nós e pra vocês também. com certeza o preço do bd brasileiro vai ser muito menor que o do diesel que vocês consomem agora.
abraço
fábio
abraço
fábio
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boas
mas a culpa tambem é dos produtores portugueses.
1º nao produzem bd suficiente pra poder ser significativo no nosso mercado. (tão sempre á espera do subsidio ce pra fazer o que quer que seja)
2º podiam disponibilizar ao publico em geral atraves de postos de revenda, gasolineiras ou não (afinal a nossa comunidade já se faz notar) assim já aumentava bastante o seu peso numa dessas negociações.
3º o governo é o culpado de muita coisa, talves a maioria, mas os produtore tambem o são. nao é o governo que tem de pensar na produçao dos biocombustiveis sao os privados que a têm de dinamizar e provar que sao capazes de os produzir. convem lembra que quanto mais o governo der mais nos tira do bolso.
mas a culpa tambem é dos produtores portugueses.
1º nao produzem bd suficiente pra poder ser significativo no nosso mercado. (tão sempre á espera do subsidio ce pra fazer o que quer que seja)
2º podiam disponibilizar ao publico em geral atraves de postos de revenda, gasolineiras ou não (afinal a nossa comunidade já se faz notar) assim já aumentava bastante o seu peso numa dessas negociações.
3º o governo é o culpado de muita coisa, talves a maioria, mas os produtore tambem o são. nao é o governo que tem de pensar na produçao dos biocombustiveis sao os privados que a têm de dinamizar e provar que sao capazes de os produzir. convem lembra que quanto mais o governo der mais nos tira do bolso.
O que eu detesto mesmo sao B.........as
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- Membro Silver
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boas..
esta é a minha primeira intervenção neste fórum, que pretendo passar a frequentar com mais frequência, uma vez que aqui se debatem muitos assuntos que tem interesse para a minha actividade profissional.
trabalho numa das empresas que concorreu para a obtenção de uma quota de produção de biodiesel para o ano de 2007 e à qual foi atribuída uma quota.
vamos por partes:
a questão de os produtores não produzirem produto suficiente é mentira.
existe produto, existe mercado, não existe é vontade por parte do operador de mercado que deve proceder à introdução no consumo de biodiesel de promover o seu consumo!!!
entre aquilo que é vontade do governo (aumentar o consumo de biocombustíveis até 10% dos combustível consumido em 2010) e a realidade que é o nosso estado (temos de distinguir governo de estado), existe um enorme fosso de mentalidades, que só tem criado dificuldades no atingimento desses objectivos.
actualmente, só existem 2 produtores nacionais de biodiesel, que asseguram uma produção anual de cerca de 150 mil toneladas, mas aos quais o estado só atribuiu quotas para 115 mil ton!!!!!! os restantes beneficiários de quotas de produção para 2007 ainda estão a construir as suas unidades de produção ou estão ainda em projecto!!!!!!!
também já vi por aí dizer que o biodiesel da martifer será colocado à venda por 0,70€/lt....é um perfeito disparate!
isso nem cobre o custo de produção actual!!!! já para não falar nos impostos (o biodiesel não é totalmente isento de isp e ainda tem o iva!!!) será que vão subsidiar o produto (como os operadores de telemóveis???)...
só para terem uma ideia, a cotação da oleína de palma nos mercados internacionais subiu 100% no espaço de 1 ano, devido ao aumento da procura desta commoditie para a produção de biodiesel!
outra questão é fazer a distribuição do produto....a legislação que foi aprovada sobre os biocombustiveis e sua utilização foi toda direccionada para que o controlo do consumo e utilização dos biocombustíveis fosse efectuada pelo operador principal do mercado....logo, se não houver vontade deste na promoção do uso dos biocombustíveis, os produtores nada podem fazer, uma vez que estão obrigados a entregar todo o produto produzido a esta entidade....
não vou maçar mais, mas com calma pretendo ir deixando algumas luzes sobre este tema, seleccionando tópicos concretos e dissertando sobre eles, uma vez que existe muita "desinformação" por aí...
inté!
esta é a minha primeira intervenção neste fórum, que pretendo passar a frequentar com mais frequência, uma vez que aqui se debatem muitos assuntos que tem interesse para a minha actividade profissional.
trabalho numa das empresas que concorreu para a obtenção de uma quota de produção de biodiesel para o ano de 2007 e à qual foi atribuída uma quota.
vamos por partes:
a questão de os produtores não produzirem produto suficiente é mentira.
existe produto, existe mercado, não existe é vontade por parte do operador de mercado que deve proceder à introdução no consumo de biodiesel de promover o seu consumo!!!
entre aquilo que é vontade do governo (aumentar o consumo de biocombustíveis até 10% dos combustível consumido em 2010) e a realidade que é o nosso estado (temos de distinguir governo de estado), existe um enorme fosso de mentalidades, que só tem criado dificuldades no atingimento desses objectivos.
actualmente, só existem 2 produtores nacionais de biodiesel, que asseguram uma produção anual de cerca de 150 mil toneladas, mas aos quais o estado só atribuiu quotas para 115 mil ton!!!!!! os restantes beneficiários de quotas de produção para 2007 ainda estão a construir as suas unidades de produção ou estão ainda em projecto!!!!!!!
também já vi por aí dizer que o biodiesel da martifer será colocado à venda por 0,70€/lt....é um perfeito disparate!
isso nem cobre o custo de produção actual!!!! já para não falar nos impostos (o biodiesel não é totalmente isento de isp e ainda tem o iva!!!) será que vão subsidiar o produto (como os operadores de telemóveis???)...
só para terem uma ideia, a cotação da oleína de palma nos mercados internacionais subiu 100% no espaço de 1 ano, devido ao aumento da procura desta commoditie para a produção de biodiesel!
outra questão é fazer a distribuição do produto....a legislação que foi aprovada sobre os biocombustiveis e sua utilização foi toda direccionada para que o controlo do consumo e utilização dos biocombustíveis fosse efectuada pelo operador principal do mercado....logo, se não houver vontade deste na promoção do uso dos biocombustíveis, os produtores nada podem fazer, uma vez que estão obrigados a entregar todo o produto produzido a esta entidade....
não vou maçar mais, mas com calma pretendo ir deixando algumas luzes sobre este tema, seleccionando tópicos concretos e dissertando sobre eles, uma vez que existe muita "desinformação" por aí...
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boas
desculpem lá mas nao me expressei bem, referia-me aos produtores agricolas. se nao há meteria prima nacional é claro que tem que se comprar lá fora, era ai que queria chegar.
existe produto, existe mercado, não existe é vontade por parte do operador de mercado que deve proceder à introdução no consumo de biodiesel de promover o seu consumo!!!
ponham a boca no trombone, denunciem á opiniao publica, afinal estamos a ser enganados. não há é vontade politica de avançar(menos impostos entendo)
outra questão é fazer a distribuição do produto....a legislação que foi aprovada sobre os biocombustiveis e sua utilização foi toda direccionada para que o controlo do consumo e utilização dos biocombustíveis fosse efectuada pelo operador principal do mercado....logo, se não houver vontade deste na promoção do uso dos biocombustíveis, os produtores nada podem fazer, uma vez que estão obrigados a entregar todo o produto produzido a esta entidade.
mas isso nao é proibido na ce, sendo assim cria-se um monopolio. algo está mal.
nao maças nada, precisamos e de pessoas como tú aqui.
desculpem lá mas nao me expressei bem, referia-me aos produtores agricolas. se nao há meteria prima nacional é claro que tem que se comprar lá fora, era ai que queria chegar.
existe produto, existe mercado, não existe é vontade por parte do operador de mercado que deve proceder à introdução no consumo de biodiesel de promover o seu consumo!!!
ponham a boca no trombone, denunciem á opiniao publica, afinal estamos a ser enganados. não há é vontade politica de avançar(menos impostos entendo)
outra questão é fazer a distribuição do produto....a legislação que foi aprovada sobre os biocombustiveis e sua utilização foi toda direccionada para que o controlo do consumo e utilização dos biocombustíveis fosse efectuada pelo operador principal do mercado....logo, se não houver vontade deste na promoção do uso dos biocombustíveis, os produtores nada podem fazer, uma vez que estão obrigados a entregar todo o produto produzido a esta entidade.
mas isso nao é proibido na ce, sendo assim cria-se um monopolio. algo está mal.
nao maças nada, precisamos e de pessoas como tú aqui.
O que eu detesto mesmo sao B.........as
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ora bem, como o prometido é devido... (Matérias-primas)
...cá vai o início de uma série de posts, onde vou tentar expôr aquela que é a minha visão do mercado de biocombustíveis em geral e do biodiesel em particular, tentando abordar todas as questões que tenho visto discutidas por aqui e ouvido por esse país fora nas mais diversas conferências e colóquios sobre o assunto....
e como os participantes neste fórum parecem querer saber mais sobre as questões relacionadas e eu, como membro de uma empresa que precisa de saber o que o "mercado" sabe e sente sobre os biocombustíveis, penso que vamos obter sinergias nesta troca de ideias....
como temos de começar por algum lado, comecemos pelo início, ou seja, as matérias-primas.
matérias-primas de origem nacional, neste momento para a produção de biocombustíveis não há!!!!
por mais voltas que deêm, a nossa agricultura não existe como tal....se não houver o tal subsídio, os agricultores nem querem saber de produzir soja ou colza para a produção de biodiesel.... nem mesmo com a garantia do preço de compra da produção ao preço de mercado das commodities (pois da quantidade nem se fala, qualquer que fosse, estava garantidamente adquirida à partida), nós conseguimos encontrar alguém disposto a plantar soja para utilizarmos na produção de biodiesel!
se falarmos no milho já é outra coisa, uma vez que esta cultura é subsidiada, mas o milho só serve para o bioetanol... e nós em portugal (como de resto se verifica igualmente na europa) somos superavitários em gasolina (a petrogal exporta gasolina para os estados unidos e américas)...
percebo a ideia de se investir na produção de milho e bioetanol em portugal, uma vez que gera riqueza para o país, mas se adicionarmos às contas a questão do balanço energético chegamos à conclusão que apostar nesta cultura não trás vantagens para o país, uma vez que continuamos a importar gasóleo, produto onde somos muito dependentes!!
onde quero chegar com esta ideia?
sem querer ser tendencioso (uma vez que a empresa onde trabalho produz biodiesel), mas a conclusão óbvia para portugal neste momento é apostar em culturas que lhe permitam subsituir as importações de gasóleo e crude para refinação por produção nacional, de modo a permitir o fomento da produção de biodiesel com origem nacional.
incrementando a produção de oleaginosas para biodiesel, iriam diminuir as nossas compras de crude e gasóleo ao exterior (menos divisa a sair - maior retenção da riqueza gerada), fomentando a produção nacional agrícola e de biocombustíveis (aumento da riqueza gerada e consumida no país)!
incrementado a produção de milho para bioetanol, as importações de crude e gasolina não diminuiriam significativamente (uma vez que a gasolina representa actualmente só +/- 20% do consumo total de combustíveis rodoviários) e em parte da riqueza gerada era exportada para fora, não ficando em portugal.
mas lá vamos bater numa questão já referida - o milho e a beterraba são subsidiados e as outras oleaginosas não, logo vamos apostar onde existe subsídio!
por isso é que em portugal, vai levar muito tempo até que as pessoas vejam os biocombustíveis como verdadeiras alternativas ao combustível fóssil.
embora eu até ache que temos uma boa consciência ambiental, de um modo geral, mas ainda falhamos um pouco na nossa "mentalidade colectiva", pois é mais "giro" ver as "ventoinhas" das eólicas a girar do que colocar biodiesel no motor do meu "espada" e depois ando por aí a deitar um cheiro a batatas fritas pelo escape que não se pode!!!
acredito que os membros deste fórum fossem capazes de abastecer numa bomba de biocombustível, mas infelizmente ainda somos uma minoria face ao consumo global do país...
no próximo "artigo", vou procurar falar sobre o mercado de biocumbustíveis...
até lá, fiquem bem...
e como os participantes neste fórum parecem querer saber mais sobre as questões relacionadas e eu, como membro de uma empresa que precisa de saber o que o "mercado" sabe e sente sobre os biocombustíveis, penso que vamos obter sinergias nesta troca de ideias....
como temos de começar por algum lado, comecemos pelo início, ou seja, as matérias-primas.
matérias-primas de origem nacional, neste momento para a produção de biocombustíveis não há!!!!
por mais voltas que deêm, a nossa agricultura não existe como tal....se não houver o tal subsídio, os agricultores nem querem saber de produzir soja ou colza para a produção de biodiesel.... nem mesmo com a garantia do preço de compra da produção ao preço de mercado das commodities (pois da quantidade nem se fala, qualquer que fosse, estava garantidamente adquirida à partida), nós conseguimos encontrar alguém disposto a plantar soja para utilizarmos na produção de biodiesel!
se falarmos no milho já é outra coisa, uma vez que esta cultura é subsidiada, mas o milho só serve para o bioetanol... e nós em portugal (como de resto se verifica igualmente na europa) somos superavitários em gasolina (a petrogal exporta gasolina para os estados unidos e américas)...
percebo a ideia de se investir na produção de milho e bioetanol em portugal, uma vez que gera riqueza para o país, mas se adicionarmos às contas a questão do balanço energético chegamos à conclusão que apostar nesta cultura não trás vantagens para o país, uma vez que continuamos a importar gasóleo, produto onde somos muito dependentes!!
onde quero chegar com esta ideia?
sem querer ser tendencioso (uma vez que a empresa onde trabalho produz biodiesel), mas a conclusão óbvia para portugal neste momento é apostar em culturas que lhe permitam subsituir as importações de gasóleo e crude para refinação por produção nacional, de modo a permitir o fomento da produção de biodiesel com origem nacional.
incrementando a produção de oleaginosas para biodiesel, iriam diminuir as nossas compras de crude e gasóleo ao exterior (menos divisa a sair - maior retenção da riqueza gerada), fomentando a produção nacional agrícola e de biocombustíveis (aumento da riqueza gerada e consumida no país)!
incrementado a produção de milho para bioetanol, as importações de crude e gasolina não diminuiriam significativamente (uma vez que a gasolina representa actualmente só +/- 20% do consumo total de combustíveis rodoviários) e em parte da riqueza gerada era exportada para fora, não ficando em portugal.
mas lá vamos bater numa questão já referida - o milho e a beterraba são subsidiados e as outras oleaginosas não, logo vamos apostar onde existe subsídio!
por isso é que em portugal, vai levar muito tempo até que as pessoas vejam os biocombustíveis como verdadeiras alternativas ao combustível fóssil.
embora eu até ache que temos uma boa consciência ambiental, de um modo geral, mas ainda falhamos um pouco na nossa "mentalidade colectiva", pois é mais "giro" ver as "ventoinhas" das eólicas a girar do que colocar biodiesel no motor do meu "espada" e depois ando por aí a deitar um cheiro a batatas fritas pelo escape que não se pode!!!
acredito que os membros deste fórum fossem capazes de abastecer numa bomba de biocombustível, mas infelizmente ainda somos uma minoria face ao consumo global do país...
no próximo "artigo", vou procurar falar sobre o mercado de biocumbustíveis...
até lá, fiquem bem...
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- Novo membro
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- Registado: quinta ago 02, 2007 9:52 am
obrigado...
pelas palavras de apoio..
só pretendo alertar para algumas "falsas" questões que noto quando falo com as pessoas sobre o assunto dos biocombustíveis e que também já vi por aqui neste fórum serem abordadas algumas vezes...
a "desinformação" é pior do que não saber!
a minha formação é na área de contabilidade, logo praticamente não poderei dar qualquer ajuda sobre questões técnicas sobre a produção de biodiesel...
mas já percebi que embora seja uma reacção simples, tem de ser muito controlada, pelo menos para se proceder a nível industrial!
só pretendo alertar para algumas "falsas" questões que noto quando falo com as pessoas sobre o assunto dos biocombustíveis e que também já vi por aqui neste fórum serem abordadas algumas vezes...
a "desinformação" é pior do que não saber!
a minha formação é na área de contabilidade, logo praticamente não poderei dar qualquer ajuda sobre questões técnicas sobre a produção de biodiesel...
mas já percebi que embora seja uma reacção simples, tem de ser muito controlada, pelo menos para se proceder a nível industrial!
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- Staff Member
- Mensagens: 2135
- Registado: terça mai 16, 2006 4:16 pm
- Localização: Viseu
mmaduro, obrigado pelas tuas observações preciosas.
tenho alguma informação interessante sobre um futuro possível e estou ansioso em poder participar activamente.... algumas pessoas deste fórum tem conhecimento disso também.....
parece-me que a falta de matéria-prima poderá ser ultrapassada a curto prazo (3 a 5 anos), recorrendo às capacidades nacionais. dependerá, naturalmente, da vontade do governo.
quando chegar altura, será divulgada aqui, neste fórum, alguma informação básica e vamos procurar ensinar as pessoas ser independentes do ponto de vista energético, tal como aconteceu com o bd.
tenho alguma informação interessante sobre um futuro possível e estou ansioso em poder participar activamente.... algumas pessoas deste fórum tem conhecimento disso também.....
parece-me que a falta de matéria-prima poderá ser ultrapassada a curto prazo (3 a 5 anos), recorrendo às capacidades nacionais. dependerá, naturalmente, da vontade do governo.
quando chegar altura, será divulgada aqui, neste fórum, alguma informação básica e vamos procurar ensinar as pessoas ser independentes do ponto de vista energético, tal como aconteceu com o bd.
Um abraço
Hynek
Associado n.º 8 da
Associação NovaEnergia.net
Hynek
Associado n.º 8 da
Associação NovaEnergia.net
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- Membro Silver
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- Registado: sexta jun 02, 2006 11:59 am
- Localização: Portugal Continental
a questão da intensidade de certas culturas para produção bc e o efeito que estas poderão ter no equlibrio económico e agricola em certos países ainda é um factor a ponderar e bem, aliás a onu e diversas ong já avisaram para tal situação.só para terem uma ideia, a cotação da oleína de palma nos mercados internacionais subiu 100% no espaço de 1 ano, devido ao aumento da procura desta commoditie para a produção de biodiesel!
aqui a chave para o problema é um ds
foi o valor avançado pela comunivação social, mas aqui penso ter sido mais uma acção de de marketing de de despertar curiosidade ao público.também já vi por aí dizer que o biodiesel da martifer será colocado à venda por 0,70€/lt....é um perfeito disparate!
simples.outra questão é fazer a distribuição do produto....a legislação que foi aprovada sobre os biocombustiveis e sua utilização foi toda direccionada para que o controlo do consumo e utilização dos biocombustíveis fosse efectuada pelo operador principal do mercado....logo, se não houver vontade deste na promoção do uso dos biocombustíveis, os produtores nada podem fazer, uma vez que estão obrigados a entregar todo o produto produzido a esta entidade....
se me é permitido só acresentaria um ponto a garantia/fiabilidade mecânica das máquinas a usar bc, pois para se massificar o uso destes (produção incluida!) é necesário garantir aos consumidores que não há fallhas e aqui só as marcas ao avançar e garantir um uso correcto da máquina ind. de qualquer que seja a % de bc utilizado, coisa que actualmente não acontece em todas as marcas de automóveis.por isso é que em portugal, vai levar muito tempo até que as pessoas vejam os biocombustíveis como verdadeiras alternativas ao combustível fóssil.
embora eu até ache que temos uma boa consciência ambiental, de um modo geral, mas ainda falhamos um pouco na nossa "mentalidade colectiva", pois é mais "giro" ver as "ventoinhas" das eólicas a girar do que colocar biodiesel no motor do meu "espada" e depois ando por aí a deitar um cheiro a batatas fritas pelo escape que não se pode!!!
acredito que os membros deste fórum fossem capazes de abastecer numa bomba de biocombustível, mas infelizmente ainda somos uma minoria face ao consumo global do país...
boa pergunta mmaduroisso nem cobre o custo de produção actual!!!! já para não falar nos impostos (o biodiesel não é totalmente isento de isp e ainda tem o iva!!!) será que vão subsidiar o produto (como os operadores de telemóveis???)...