figueira da foz: ecolojovem promoveu ontem campanha de sensibilização
uma acção de sensibilização na figueira da foz serviu para a ecolojovem, estutura de juventude do partidos «os verdes», chamar a atenção para alguns dos pontos críticos da orla costeira portuguesa. as pressões imobiliárias são um dos principais perigos.

a ecolojovem, estrutura de juventude do partido ecologista “os verdes”, denunciou ontem, na figueira da foz, 20 pontos críticos no litoral português que deverão ser objecto de intervenção e protecção na orla costeira. numa acção de sensibilização para o problema da erosão costeira em portugal, a ecolojovem distribuiu esta tarde cerca de 1.500 folhetos aos veraneantes que passaram pela marginal das praias da figueira da foz e buarcos, alertando para a necessidade de travar a construção
no litoral e proteger as dunas. “a costa portuguesa sofre de várias pressões para além das mudanças provocadas pela natureza. há um agente de mudança que se tem vindo a
afirmar para o pior, que é o ser humano”, declarou júlio sá, da comissão executiva da estrutura juvenil.
“o ser humano tem exercido uma grande pressão sobre a costa. nós somos uns agentes de mudança muito pesados e muito fortes e, por isso, há que inverter as coisas, privilegiando o interesse público em detrimento do dos privados”, acrescentou.
segundo o dirigente da ecolojovem, a actividade humana e as opções políticas não têm acautelado os impactes no litoral, exercendo pressões muito elevadas em toda a costa marítima que agravam a erosão e permitem o avanço do mar.
júlio sá criticou o actual e os anteriores governos de promoverem planos de protecção da orla costeira, com os problemas bem identificados, mas de “nunca os executarem até ao fim”, para além de sobreporem os projectos de interesse nacional (pin) aos restantes instrumentos de planeamento. “nós temos os planos de ordenamento da orla costeira e agora aparecem-nos os pin a sobrepor-se a zonas protegidas, esquecendo-se que o nosso interesse nacional são essas zonas”, afirmou o ecologista.
apesar da tarde de sol, os veraneantes na marginal da figueira da foz e buarcos eram em número reduzido e houve também quem não quisesse aceitar o folheto da ecolojovem ou o rasgasse uns metros mais à frente. a lusa contactou com pessoas de gouveia, ponte da barca e santa comba dão, de férias na “praia da claridade”, que se mostraram sensibilizadas para o problema da erosão da costa portuguesa. “não tenho muita informação sobre o tema, mas estou sensibilizado para as suas implicações e tenho adoptado alguns cuidados, alterando determinados comportamentos”, referiu william laje, de ponte da barca, estudante na universidade de aveiro.
a iniciativa dos jovens do partido “os verdes”, que começou sexta-feira com um acampamento nacional na figueira da foz, onde participaram 30 elementos, culmina domingo numa visita reserva natural do paúl da arzila, no concelho de coimbra.
primeiro de janeiro