olhem o que encontrei:
energias primárias
- fissão nuclear, baseada em u235, em produção. reservas de u235 limitadas a 65 anos.
- fissão nuclear, baseada em u238/p239, em produção limitada (candu, rmbk e mais 2 ou 3 experimentais). reservas de u238 bastantes para milhares de anos com aumento de consumo.
- fissão nuclear, baseada em th232/u233, em fase protótipo. um único reactor na india. reservas de th232 têm 3 vezes a energia potencial do u238.
- fusão nuclear, baseada em d-t, em fase de desenvolvimento experimental. daqui a 40 anos (?). reservas de litium-3 suficientes para milhares de anos com aumento de consumo.
- fusão nuclear, baseada em d-d, em fase de desenvolvimento experimental. daqui a 60 anos (?). reservas de deutério suficientes para centenas de milhões de anos com aumento de consumo.
- fusão nuclear, baseada em h-h-h-h (reação catalizada), em fase de análise teórica. é a energia das estrelas mas talvez seja mais barato recolhê-la do que tentar produzi-la aqui. reservas... até ao fim do universo.
- painéis solares. desenvolvimento desde há 100 anos, custos vêm baixando de forma sistemática e poderão tornar-se competitivos em menos de 15 anos. por cada metro quadrado a terra recebe 1kw de energia do sol. os painéis actuais baratos recolhem até 15% da energia incidente. tecnologia de ponta (painéis multi-junção) vai até 45%.
- centrais térmicas solares, vários exemplos em produção e alguns projectos gigantes como uma "torre solar" na austrália. só funcionam bem em dias com bastante sol. a tecnologia é simples, mas pouco eficiente.
- metano, também conhecido como biogás, gás natural, gás dos pântanos, etc. produzido por material em decomposição ou por síntese inorgânica directa (a alta temperatura). enquanto houver biosfera na terra esta fonte de energia vai existir. a produção de biogás, em grande parte não aproveitado, não chega para satisfazer a procura actual, o que é resolvido extraindo gás fóssil, mas chega para satisfazer o consumo doméstico mesmo com aumentos grandes. há reservas incalculáveis de metano inorgânico nos sedimentos oceânicos, mas ninguém sabe se é viável de extrair.
- energia das marés. neste momento a humanidade consome 1/4 da energia total disponível nas marés, pelo que não é uma opção. mas pode ajudar um pouco.
- energia do vento. em última análise é energia solar convertida, mas é mais fácil de extrair actualmente. países desenvolvidos, como a dinamarca, conseguem satisfazer 30% das suas necessidades energéticas com ela, mas à custa de imensas captações offshore. aumentar a densidade de captação resulta em perdas, uma vez que uma ventoinha tira velocidade ao vento numa área grande. é inviável resolver todos os problemas energéticos desta forma, mas é uma ajuda promissora.
- hidroelétrica. é uma energia renovável já bastante desenvolvida, mas com mini-hídricas seria possível duplicar a contribuição. no entanto isso tem impactos ambientais, nomeadamente nos ciclos de desova dos peixes. também tem impactos ambientais positivos, visto que os lagos artificiais amenizam o clima na zona em que estão.
- dessalinização por osmose inversa. a pressão osmótica normalmente usada para dessalinizar a água pode ser usada de forma inversa para gerar energia salinizando água dos rios, por exemplo junto à foz, de forma controlada. impactos ambientais difíceis de analisar, especialmente em larga escala. na holanda estima-se que 1/4 da energia do país possa ser gerada assim.
- energia do gradiente térmico dos oceanos. é difícil de extrair, devido ao pequeno gradiente térmico, mas existe em grande quantidade, especialmente nos trópicos.
- geotérmica. largamente desenvolvida nalguns pontos "fáceis", nomeadamente na islândia e sul de itálica. a energia total dissipada pelo núcleo da terra é somente 1/10000 da energia solar recebida, pelo que é difícil estimar as consequências que teria uma futura extracção alargada, usando perfuração a grande profundidade.
- biocombustivel. tanto queimando resíduos florestais sólidos como convertendo óleos em diesel ou açùcares das plantas e algas em álcool. diz-se que usando apenas 1 milhão de km quadrados de oceano no cultivo de algas ricas em óleo e açucares se poderia abastecer toda a terra e substituir todo o petróleo. a produção usando plantas terrestres é bem menos eficiente e a capacidade em larga escala é duvidosa. nem todos os países consomem tão pouco como o brasil e têm tanto sol e terra. caso se consiga o cultivo oceânico em larga escala parece uma aposta ganha à partida.
energias de armazenamento
- hidrogénio, produzindo por electrólise da água ou extraido dos hidrocarbonetos (metano, por exemplo). é curioso verificar que o oxigénio libertado pelas plantas é extraido da água, e não do co2. o armazenamento energético em forma de hidrocarbonetos, açucares e álcool foi a forma que as plantas inventaram de guardar o potencial energético do hidrogénio.
- gàs comprimido, que liberta a energia durante a descompressão. há várias ineficiências pelo meio, com perdas térmicas acentuadas.
- electroquímica, mais conhecida como "baterias e pilhas". a eficiência na armazenagem varia muito, desde menos de 5% até mais de 90%, consoante o método escolhido.
- armazenagem mecânica. quem nunca viu um relógio de corda? ou de pesos. mas também pode ser armazenada em grandes volantes rotativos, com uma eficiência semelhante à electroquímica em termos de peso/energia. o limite está na resistência dos materiais do volante, que o impede de rodar demasiado depressa sem se despedaçar. como esse limite está relacionado com as ligações atómicas-químicas no volante a densidade energética acaba por ser semelhante à duma bateria.
energias da treta
- hydrinos, energia hidrinica. duns senhores chamados "blacklight power". antes daquilo funcionar tínhamos que despedir todos os departamentos de física universitária, mas aparentemente há investidores interessados.
- energia do vácuo. teoricamente poderá ser possível extrair a energia das flutuações quânticas do vácuo. ninguém sabe muito bem como... mas o potencial é inesgotável.
- máquinas de movimento perpétuo. nunca ninguém as viu, mas muita gente as comprou...
Tipos de Energias Alternativas
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Autor do tópico - Membro Platinium
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Re: Tipos de Energias Alternativas
de tudo só discordo disto.. os impactes ambientais gerados por uma hidroeléctrica nunca podem ser considerados positivos, mesmo que com o aparecimentos de lagos sejam criados microclimas.. esses microclimas só são bons para as pessoas que lá moram, pois para as plantas e para os animais significa sempre uma mudança, e algumas espécies não conseguem adaptar-se.orbis Escreveu:olhem o que encontrei:
- hidroelétrica. é uma energia renovável já bastante desenvolvida, mas com mini-hídricas seria possível duplicar a contribuição. no entanto isso tem impactos ambientais, nomeadamente nos ciclos de desova dos peixes. também tem impactos ambientais positivos, visto que os lagos artificiais amenizam o clima na zona em que estão.
3º sócio novaenergia
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- Membro Silver
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Re: Tipos de Energias Alternativas
[quote="orbis"]olhem o que encontrei:
- energia das marés. neste momento a humanidade consome 1/4 da energia total disponível nas marés, pelo que não é uma opção. mas pode ajudar um pouco.
1/4 aproveitado???... - desde quando e onde, grande treta.
calculando-o 1000m(largura)x1000m(comprimento)x1m(altura da maré)x9,8x1,2(densidade da água do mar)/6(horas)x25%(75%atrito)=490mw/h p/km2.
para existir aumento e diminuição da altura das águas estas tem de se movimentar…
-empiricamente, estarei a ser mto generoso, ao afirmar que se 10% da energia das correntes das marés de todo mundo fossem aproveitadas não eram preciso outras fontes de produção eléctrica, 25% daria para todo o mundo e + alguns arredores.
http://fpereirainventor.no.sapo.pt
- energia das marés. neste momento a humanidade consome 1/4 da energia total disponível nas marés, pelo que não é uma opção. mas pode ajudar um pouco.
1/4 aproveitado???... - desde quando e onde, grande treta.
calculando-o 1000m(largura)x1000m(comprimento)x1m(altura da maré)x9,8x1,2(densidade da água do mar)/6(horas)x25%(75%atrito)=490mw/h p/km2.
para existir aumento e diminuição da altura das águas estas tem de se movimentar…
-empiricamente, estarei a ser mto generoso, ao afirmar que se 10% da energia das correntes das marés de todo mundo fossem aproveitadas não eram preciso outras fontes de produção eléctrica, 25% daria para todo o mundo e + alguns arredores.
http://fpereirainventor.no.sapo.pt