APREN diz que tarifas desincentivam energias renováveis

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luimio
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APREN diz que tarifas desincentivam energias renováveis

Mensagem por luimio »

apren diz que tarifas desincentivam energias renováveis
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a associação portuguesa de energias renováveis (apren) está preocupada com a política seguida pelo governo relativamente à diminuição das tarifas das energias renováveis, refere em comunicado.

vários diplomas vieram, ao longo dos últimos dois anos, «desincentivar e inviabilizar numerosos projectos nesta área», acrescenta.

recorde-se que, já em fevereiro de 2005, o anterior governo, contra a vontade da apren, diminuiu a tarifa para os parques eólicos em 14 por cento. ao mesmo tempo, reduziu o número de anos com tarifa garantida de 35 para 15 anos para as centrais hidroeléctricas. cessou também a actualização da tarifa com a inflação, desde a atribuição do ponto de ligação até à data de arranque dos empreendimentos, lembra a apren.

«tal implica a degradação tarifária enquanto decorrem diversos processos da competência da administração pública, cuja duração passa, na maior parte dos casos, ao lado da capacidade e vontade dos promotores», refere a associação.

no que diz respeito à tarifa para a energia solar fotovoltaica, o decreto-lei 33 a/05, embora concedendo um incremento da tarifa de cerca de 16%, veio limitar o preço garantido a menos de 15 anos, promovendo as centrais menos eficientes.

a juntar a estas reduções, já na vigência do actual governo, a redução da tarifa em 18% «veio praticamente inviabilizar o sector de produção de energia solar». no caso das pequenas centrais hidroeléctricas (pch) houve também uma redução de cerca de 6%, o que também inviabilizou vários potenciais aproveitamentos.

mais recentemente ainda, a 24 de julho de 2007, uma nova mudança da fórmula de cálculo voltou a por a tarifa no seu nível mais baixo.

é por tudo isto que «novos projectos de energias renováveis estão inviabilizados, ou podem estar em risco de o ser, designadamente nas áreas da energia solar e energia hidroeléctrica, devido à mais recente legislação sobre tarifas. podem assim também estar em risco os objectivos que o governo tem anunciado quanto à penetração das energias renováveis na produção energética nacional», conclui a direcção em comunicado.

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ajosemor
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Re: APREN diz que tarifas desincentivam energias renováveis

Mensagem por ajosemor »

confesso que conheço mal o quadro de financiamento da introdução das energias alternativas e, gostaria sobre esse assunto de ter dados mais concretos.
é vulgar ouvir-se dizer que a edp paga a produção de energias renováveis aos seus produtores o que é bizarro. como pode uma companhia do tipo sa pagar o investimento que só pode ser do país? como se poderia sustentar uma companhia que paga aos produtores uma taxa superior á que recebe da venda do seu produto? quanto tempo levaría a abrir falência? é impossível. o que poderá é, prestando um serviço, ser o intermediário entre o estado português e os seus clientes. e aí será, não só a edp, mas todos os distribuidores de energia eléctrica presentes no mercado. referir-se-ía a edp por ser aquela a que nos habituámos. quase ainda a única a estar no mercado.
sendo assim as queixas da apren diriam respeito a um menor investimento por parte do estado português no sector da microgeração (será?) das energias alternativas. porquê este sector? porque no da grande geração os concursos têm sido altamente disputados pela edp, galp, sonae, endesa, etc, etc, etc. ou seja, não me parece que esteja a haver qualquer problema. concorrem, alguém ganha, constrói, coloca em serviço, e por certo faz contas com algum organismo do estado. a produção tem aumentado substancialmente como dão conta notícias recentes (mais de 20% em dias de grande consumo de dezembro).
será assim? o quadro é o lógico mas, até que ponto está correcto?
resumindo o que quere dizer exactamente a apren?
em que medida o tarifário previsto pela erse, com aumentos de cerca de 16%, e alterado pelo governo para menos, veio alterar as referidas condições?

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