Casais não estão imunes à aids

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Tó Miguel
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Casais não estão imunes à aids

Mensagem por Tó Miguel »

casais não estão imunes à aids

por fernanda aranda

são paulo, 06 (ae) - o pacto de "felizes para sempre" costuma deixar de fora o uso da camisinha. quando a relação passa para a categoria estável, a ausência do debate sobre a proteção sexual abre as portas às doenças. o alarde de que os casais não estão imunes ao problema vem com o levantamento feito pelo centro de referência estadual de dst/aids, divulgado recentemente. com base nas 4,4 mil ligações feitas no último ano ao disque-aids (serviço telefônico de informações sobre a doença) foi identificado que um em cada três homens que aciona o número é casado.

apesar de a maioria das ligações partir de solteiros, a parcela que se declarou monogâmica chama atenção: além dos casados, 41,6% afirma ter parceira fixa. "não foi realizada uma conclusão científica, mas os dados nos permitem a interpretação de que são homens, que tiveram relação extraconjugal, e estão com receio de ter sido infectados pelo vírus hiv", afirma a diretora de prevenção do centro, elvira filipe. é fato que a principal dúvida no disque foi sobre os locais disponíveis para realizar testes da doença.

os dados sobre a incidência de aids em mulheres com relacionamento estável colocam em xeque a ilusão de que o casamento previne o hiv. em sua tese de doutorado, defendida na faculdade de saúde pública de são paulo, a médica naila santos identificou que 50% das pacientes soropositivas tinham parceiro único no momento da infecção e 40% eram casadas (foram 2.500 entrevistas). "o preservativo ainda é visto como um termômetro de confiança. depois que as relações ficam estáveis, em três meses no geral, as pessoas acreditam que é hora de abandonar a camisinha".

segundo naila, o imaginário popular não coloca as mulheres compromissadas no grupo de risco. "continua muito associado à prostitutas ou usuários de drogas", diz.

uma outra seqüela de não encarar que elas estão suscetíveis ao risco é apontada pelos atendimentos feitos no ambulatório de aids da unicamp. "elas não fazem exame de rotina. por semana, recebemos, em média, três pacientes grávidas, que só descobrem a aids no pré-natal", fala a chefe de assistência social aparecida do carmo campos.

box: renata - 35 anos - "peguei aids do meu marido"

em dez anos, enquanto os casos de aids em homens no estado de são paulo cresceram 106%, passando de 51.729 em 1996 para 107.058 ano passado, nas mulheres o aumento foi de 225% no período, saindo de 13.813 para 44.903. entre as estatísticas do sexo feminino, está a história de renata, hoje com 35 anos, que contraiu o vírus do marido, seu primeiro namorado.

- como recebeu a notícia?

- eu tinha 15 anos quando conheci guilherme. foi meu primeiro amor. nos casamos quando eu tinha 22 anos. a relação sempre foi conturbada. ele era muito mulherengo e bebia também. desconfiava da traição, mas tinha medo de falar de camisinha. quando estava grávida de nove meses do nosso primeiro filho, ele começou a ficar doente. emagreceu muito, foi internado e lá os médicos me contaram que ele tinha aids. quase morri naquela hora mesmo. saí de casa no mesmo dia. fiquei com raiva. tive meu filho, parto normal, amamentei. nunca imaginei que pudesse estar doente também.

- e você demorou para procurar ajuda médica ou fazer o exame?

- muito tempo. quando deu o estalo que eu poderia estar doente, já era tarde. meu marido ficava cada vez pior e, apesar de não conseguir olhar para ele, tinha preocupação. um dia resolvi ir até o hospital. ele estava entubado, mas disse baixinho que o perdoava. horas depois ele morreu. então resolvi cuidar da minha vida. fiz todos os exames, mas não em mim, só no meu filho. eu tinha medo de ele ter pego a doença. como deu negativo na criança, achei que estava livre também. só que comecei a adoecer. cheguei a pesar 24 kg. fiz o teste e foi batata: tinha aids. nunca mais tive outro homem na vida. e hoje lavo roupa para fora, trabalho, tomo os remédios. só lembro da aids na hora de tomar o coquetel. e também quando vou aconselhar outras mulheres casadas a falarem com os maridos sobre camisinha. sou prova disso.

http://br.noticias.yahoo.com/s/06122007 ... -aids.html
"ECOnomia também pode ser ECOlogia"
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jcn.jnunes
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Mensagem por jcn.jnunes »

francamente!
será que há gente neste mundo que acredita que só porque tem uma aliança no dedo, é imune à sida?

olha deus a abençoar o casamento a tal ponto que até abençoa o adúltero! nem com fé, nem sem fé!

só alguém muito burrinho é que acredita numa coisa destas! caramba...

joão nunes
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katzilla
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Mensagem por katzilla »

brasileirises

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Mensagem por serges »

katzilla Escreveu:brasileirises
a ignorancia não tem nacionalidade!

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