rovaniemi, finlândia (afp) - se forem cumpridos os prognósticos mais pessimistas sobre a mudança climática no extremo norte da europa, papai noel terá que vestir bermudas e viajar em um trenó puxado por camelos.
como a cada ano, ao final do outono, todos os moradores de rovaniemi, na lapônia finlandesa, examinam o céu com a esperança de um inverno coberto de branco.
"todo o setor do turismo está preocupado", confessa jarmo kariniemi, proprietário da oficina de santa claus de rovaniemi, cidade que recebe anualmente 340.000 visitantes que chegam com a ilusão de ver papai noel.
desta vez o manto de neve na região é de 20 centímetros, o necessário para movimentar trenós, mas insuficiente para gelar rios e lagos, que servem para o lazer durante a estação.
a preocupação não é para menos; existem muitos interesses em jogo. o turismo gera 200 milhões de euros em entradas diretas e indiretas na lapônia finlandesa, 60% destas no inverno - uma façanha numa região golpeada pelo êxodo rural e desemprego.
"a temporada turística invernal nos países nórdicos vai continuar diminuindo de forma espetacular e rápida", previu o meteorologista heiki tuomenvirta.
as temperaturas médias na finlândia aumentarão entre 3 e 6 graus celsius no inverno antes de 2050, e entre 4 e 8 graus em 2080. a média em rovaniemi passaria de -15°c em janeiro para -8°c.
"as precipitações invernais aumentarão, tanto de neve como de chuva, o que encolherá o manto de neve que cobre normalmente a lapônia entre novembro e abril", estima tuomenvirta.
hoje em dia, os municípios mais setentrionais que rovaniemi, antecipando-se ao mau agouro, tratam de tirar proveito dos primeiros efeitos do aquecimento global para atrair turistas.
"a espessura da neve varia a cada ano em rovaniemi, enquanto aqui está garantida", afirma carina winneback, gerente de um hotel em enontekio. esta aldeia de 2.000 pessoas situada a três horas de rovaniemi conseguiu convencer aos operadores turísticos britânicos de que pousassem seus aviões ali.
a longo prazo, o aquecimento global traz conseqüências para a fauna, flora e população local que poderiam ser dramáticas.
o perigo é urgente para os criadores de renas, principal renda dos 70.000 samis, um povo nativo dos países nórdicos e da península russa de kola.
a sucessão de nevascas e chuvas, acompanhada por uma queda das temperaturas, dificulta o acesso das renas ao líquen, seu alimento básico, e sem ele morrem de fome, explica bruce forbes, biógrafo do instituto ártico de rovaniemi.
"quando não chove não existem cogumelos e as renas são incapazes de constituir sua gordura antes do inverno. além disso, o líquen desaparece debaixo do gelo. é preciso alimentá-las com grãos, feno e tirar água de casa. já não é rentável", completa o criador sami rusimaki.
http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/0712 ... ndia_clima
Confirmadas as profecias climáticas, Papai Noel de bermudas
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caros amigos, teremos de ser nós a resistir a ir pelo caminho do consumismo. eu tento celebrar o natal tal como os meus avós o faziam.
família, calor humano, uma linda lareira e o meu fantástico presépio feito com musgo e artefactos de cerâmica. o presépio é um simbolo de natal que se conjuga inteiramente com a nossa cultura e digo-vos que não há árvore de plástico ou outra que se lhe equipare, (minha opinião).
ok tou a ser chato
desculpem.~
cumprimentos e um feliz natal
família, calor humano, uma linda lareira e o meu fantástico presépio feito com musgo e artefactos de cerâmica. o presépio é um simbolo de natal que se conjuga inteiramente com a nossa cultura e digo-vos que não há árvore de plástico ou outra que se lhe equipare, (minha opinião).
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