alcochete:aves podem interferir aterragens/descolagens aviões
as aves aquáticas poderão atravessar «com frequência» os corredores de aterragem e descolagem de aviões do aeroporto em alcochete, devido às deslocações entre as áreas de refúgio e as áreas de alimentação, segundo a análise ambiental estratégica divulgada hoje.
a análise ambiental estratégica, coordenada pelo laboratório nacional de engenharia civil (lnec), refere que «as aves poderão atravessar com frequência os corredores de aterragem e descolagem de aviões no campo de tiro de alcochete (cta) em janeiro-março, devido às deslocações diárias entre áreas de refúgio na reserva natural do estuário do tejo e áreas de alimentação nos arrozais envolventes».
o estudo diz que a construção do novo aeroporto no cta implicará a destruição de um local de concentração de aves aquáticas, «enquanto oito terão possivelmente de ser geridos de forma a reduzir a utilização por aves aquáticas, por razões de segurança aeronáutica».
por oposição, na ota «não será destruído nenhum local de concentração de aves e apenas um açude poderá ter que ser gerido para reduzir a utilização por aves aquáticas».
os técnicos do central science laboratory que colaboram na elaboração do estudo do lnec sobre o novo aeroporto, identificaram, entre agosto e outubro de 2007, dez locais com mais de 100 aves aquáticas (açudes do buraco, vale migalhas, prudência-norte, prudência-sul, areeiro, carro quebrado, aranha, rola e pulgas, e arrozais da mata do duque), enquanto na ota se identificaram apenas três (quinta da alegria, e etars da fábrica de tomate da sugal e da azambuja).
uma das espécies que poderá sofrer «maior efeito negativo» é o maçarico-de-bico-direito, devido «ao elevado número de indivíduos envolvidos, à sua utilização de arrozais na envolvente do cta e à potencial interferência do tráfego aéreo nos seus movimentos regulares», podendo as concentrações desta espécie envolver «dezenas de milhar de indivíduos durante os períodos de passagem pré-nupcial em janeiro-março, quando na região podem estar presentes 45.000 indivíduos».
no entanto, além dos maçaricos-de-bico-direito, na envolvente das localizações do novo aeroporto na ota e no cta inventariaram-se 40 espécies de conservação prioritária.
para 11 destas espécies os impactes do novo aeroporto no cta devem ser superiores aos da ota, acontecendo o contrário para 9 espécies.
o estudo refere também que «uma vez que muitas das espécies de aves potencialmente mais afectadas são migradoras, o novo aeroporto poderá ter reflexos negativos sobre áreas naturais a muitos milhares de quilómetros de distância», pelo que se conclui que «o cta é uma localização mais desvantajosa que a ota na óptica da conservação da natureza e da biodiversidade».
«na zona do cta, os efeito negativos sobre a biodiversidade ao nível do local da implantação são de elevada relevância, dado serem inevitáveis, irreversíveis e de elevada magnitude», conclui o documento, que sublinha que a construção do novo aeroporto na zona do cta deve ser acompanhada pela constituição de uma zona tampão em volta da zona de protecção especial (zpe)/sítios de importância comunitária (sic) do estuário do tejo, incluindo as zonas de maior valor ecológico da sua envolvente».
diário digital / lusa
01-02-2008 18:36:00
Alcochete:Aves podem interferir aterragen/descolagen aviões
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Alcochete:Aves podem interferir aterragen/descolagen aviões
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Re: Alcochete:Aves podem interferir aterragen/descolagen aviões
já alguém houviu dizer que o novo aeroporto afinal não vai pra alcochete mas sim aqui para fátima? pois creio que seria uma opção mais acertada, assim nossa senhora vinha cá mais vezes e nem era preciso o burrinho pra vir de alcochete até fátima. pensem bem era menos uma despesa para o país no consumo de palha.
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Re: Alcochete:Aves podem interferir aterragen/descolagen aviões
pois é …
parece que há sempre uma maneira de ser contra qualquer coisa
ainda me lembro do impacto ambiental da ponte vasco da gama nos pássaros e sua nidificações. para os cegos que não querem ver basta olhares quando passam na ponte para junto dela e vemos todo o tipo de aves junto aos pilares da referida, pois esta obra provocou bancos de areia e com ela vieram os bivalves e um sem numero de outros animais que a pirâmide alimentar com base nestes se fixa no local.
devo dizer que depois da ponte ficar feita foi feito um excelente trabalho ambiental, por baixo e na zona limite dos pilares da ponte, mas nunca se vir nenhum trabalho jornalístico ou reportagem na tv a falar no caso, pois dizer bem não vende.
mas fica aqui umas perguntas para estes velhos do restelo:
1. são pilotos ou gestores de tráfego aéreo?
2. quando se faz tiro com os aviões militares onde estão as aves?
3. será que não há aves do lado da ota?
parece que há sempre uma maneira de ser contra qualquer coisa
ainda me lembro do impacto ambiental da ponte vasco da gama nos pássaros e sua nidificações. para os cegos que não querem ver basta olhares quando passam na ponte para junto dela e vemos todo o tipo de aves junto aos pilares da referida, pois esta obra provocou bancos de areia e com ela vieram os bivalves e um sem numero de outros animais que a pirâmide alimentar com base nestes se fixa no local.
devo dizer que depois da ponte ficar feita foi feito um excelente trabalho ambiental, por baixo e na zona limite dos pilares da ponte, mas nunca se vir nenhum trabalho jornalístico ou reportagem na tv a falar no caso, pois dizer bem não vende.
mas fica aqui umas perguntas para estes velhos do restelo:
1. são pilotos ou gestores de tráfego aéreo?
2. quando se faz tiro com os aviões militares onde estão as aves?
3. será que não há aves do lado da ota?
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