Cientista pesquisa carro que aprende com o motorista

[Tó Miguel]

cientista pesquisa carro que aprende com o motorista

carros a prova de acidentes, carros que dirigem sozinhos, carros que se conectam aos seus gadgets. e, porque não, um carro que aprende coisas com o seu motorista? o cientista clifoord nass, de stanford, iniciou uma pesquisa exatamente com esse objetivo.


clifford nass é pesquisador de comunicação e sociologia e, há alguns anos, se perguntou porque humanos tratam seus computadores como humanos e não como máquinas. essa pergunta o levou a uma interessante pesquisa sobre automóveis falantes, que poderiam conversar com seus motoristas. segundo ele, o montante de informações que o carro pode coletar a seu respeito cresce cada vez mais, com suas novas conexões e funções tecnológicas. "seu carro sabe muito a seu respeito", disse nass. "sabe aonde você vai, e quando. sabe suas preferências musicais, em notícias, em esportes, o que você come e compra. muitas empresas pagariam fortunas por isso".


segundo nass, há benefícios mesmo se não pensarmos apenas na parte comercial. ao conhecer seu motorista, o carro poderia adaptar a conversação ao humor de quem o dirige, como o de um passageiro. o carro identificaria tensão ou tristeza através de sensores, acalmando o motorista, ou avisando sobre perigos e pedestres na via. o modo de falar seria crucial para a reação da pessoa que está dirigindo.


de acordo com o site physorg, as pesquisas agora se voltam para o tipo de voz que poderia interagir com o motorista, um item muito importante no processo. a entonação - amigável ou formal, técnica ou leiga, feminina ou masculina - pode influenciuar o motorista de forma tanto positiva quanto negativa e é preciso mais pesquisas para determinar a melhor combinação. a versão escolhida, por enquanto, é masculina, amigável e sempre demonstra saber do que está falando.


o site gizmodo listou algumas informação interessantes que nass já coletou em sua pesquisa. entre elas, o fato de que motoristas mais velhos preferem vozes mais jovens, ou que motoristas se sentem mais próximos do computador quando acreditam que este está dentro do carro e não um aparelho à distância.

http://br.noticias.yahoo.com/s/080516/7/gjnm61.html