11 Mitos e Falhas da Política Energética em Portugal

No fórum geral debatem-se temas sobre as energias renováveis e alternativeis que não se encaixem nos restantes sub fóruns.
Também serve para discutir formas de melhorar a eficiência energética.
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Nuno Oliveira
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11 Mitos e Falhas da Política Energética em Portugal

Mensagem por Nuno Oliveira »

dada a relevância para muitas discussões em curso no forum e alguma desinformação a que assisto nos contactos
do dia-a-dia julgo que seria útil apresentar esta compilação:

balanço energético negativo

a quercus alertou hoje, dia 18 de julho de 2008, para as 11 principais falhas e mitos que estão a impedir que portugal se torne mais auto-suficiente em termos energéticos e reduza os seus impactes ambientais associados.


no site oficial da quercus:

http://www.quercus.pt/scid/webquercus/d ... cleid=2492

1.o mito da energia nuclear

2.barragens: diga 3,3 (por cento)

3.transportes colectivos ultrapassados pelos automóveis

4.péssima eficiência energética

5.edifícios esbanjadores de energia

6.microgeração a passo de caracol

7.energias renováveis pouco diversificadas

8.água quente solar não aquece nem arrefece

9.energia das ondas em maré baixa

10.eco-fiscalidade quase invisível

11.educação ambiental esquecida

de modo geral é um pequeno documento informativo mas de tom provocador dirigido principalmente ao cidadão comum.
gostaria de conhecer a opinião dos interessados nestes assuntos.

cumprimentos!

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FERNANDO PEREIRA
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Re: 11 Mitos e Falhas da Política Energética em Portugal

Mensagem por FERNANDO PEREIRA »

1. , 3, 4, 5, 6, 8, 10, 11 completamente de acordo

2. sim e acrescento os custos da alteração junto à foz dos rios onde existem muitas barragens que não deixam “correr” as areias para se acumularem nos locais tipo costa da caparica, também mais a norte no douro senão me engano.

7. energias renováveis mto mal aproveitadas e orientadas só para um ou dois tipos de tecnologia que nem sempre se revelam a melhor opção e tendem a localizarem-se longe das zonas de maior consumo. qd atingirem excedente de produção ao consumo local, 20 a 30% perde-se na rede de distribuição. os telhados ou coberturas de mtos edifícios urbanos e outras infra-estruturas tipo depósitos de água são óptimos para montar eólicas médias, painéis solares de aquecimento de água e foto-voltaicos. por exemplo os angares dos aeroportos.

os aerogeradores de eixo horizontal produzem menos devido á ao “fenómeno” da lei de betz, nos aerogeradores de eixo vertical é possível anular o efeito da lei de betz conseguindo-se mais de 40% de energia e não aproveitam devidamente a energia eólica, dos 14/15 m/seg aos 75 m/seg mantém sempre o mesmo nível de produção.

9. as decisões e estudos foram orientados para 2 a 3 tipos de tecnologia que produzem mto pouco e no caso particular o pelamis a dimensão da máquina e da área de segurança da mesma ocupa 31990 m2, produzindo muito menos do que vários aerogeradores na mesma área.

embora devam existir vários tipos de fontes de energia renovável a ser explorada e vários tipos de tecnologias para cada fonte não fazia mal nenhum convergir as energias numa só plataforma.

tudo é impossível até se tornar possível...


Autor do tópico
Nuno Oliveira
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Re: 11 Mitos e Falhas da Política Energética em Portugal

Mensagem por Nuno Oliveira »

antes de tudo parabéns pela sua invenção de solução integrada que apresentou noutro tópico. sempre a aprender!
a autonomia energética a pequena escala (de um núcleo familiar ou edifício) e de um modo que permite todos os confortos modernos habituais é a consequência natural da tecnologia que está a ser desenvolvida hoje.
onde estará a eficiência dos fv daqui a 20 anos? não será a autonomia o resultado natural?

neste sentido concordo consigo quando fala do potencial da microgeração. muitos países avançam com grandes projectos solares e eólicos mas era fundamental apostar em apoios á microgeração mais ambiciosos, a começar por uma grande campanha de informação com as suas vantagens económicas e ambientais e apelando também ao apreço pelo país e pela terra. parte da "infraestrutura" para a microgeração já existe no nosso parque construído...

a quercus avança com este documento mas sem uma campanha governamental e escolar irão perdurar por muito tempo muitos mitos e desinformação que tiram partido da boa vontade das pessoas.

perguntava também, com o risco de repetir informação doutro tópico, como avalia o potencial do eólico em ambientes urbanos, o seu potencial não estará muito circunscrito a situações pontuais?

cumprimentos!

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FERNANDO PEREIRA
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Re: 11 Mitos e Falhas da Política Energética em Portugal

Mensagem por FERNANDO PEREIRA »

aqui na margem sul existem no mínimo uns 30% de área de edifícios situados em zonas ideais. existem também mtos depósitos de água sempre situados em zonas altas e com uma altura que podiam servir de torre. tem de ser também equacionadas as perdas de 30% das redes de distribuição.

em lisboa, porto, faro, portimão, lagos, setubal, a nova tróia com edifícios óptimos, coimbra, isto em termos de cidades e locais que conheço também existem mtos bons locais edfícios bem situados. as cidades litorais tem as brisas.

o grande problema geral são os investimentos que foram feitos em tecnologias que tem de se manter mais alguns anos para o retorno e lucro esperado. o novo tipo de aerogeradores, certamente já ultrapassados em termos de produção, vai ter de se manter em produção durante os anos suficientes para cobrirem, pelo menos, o investimento.
em: viewtopic.php?f=27&t=7567 está bem visível que o aerogerador só começa a ter a eficiência máxima a cerca dos 14 m/sg(50,400 km/h) e mantém-se o nível de produção daí até aos 25 m/seg(90km/h), paragem de segurança, desperdiçando-se o excedente.

aos 5 m/seg(18 km/h) apenas produz 1/12 da produção máxima. aos cerca de 10 m/seg(36 km/h) apenas produz 1/2 da sua capacidade máxima.

em média, e mto empiricamente, a velocidade média do vento na grande lisboa deve rondar os 40 km/h= 11m/seg.

se o fluxo do vento não for, simultaneamente, usado para impulsionar e travar as pás (lei de betz), se os aerogeradores não ficarem condicionados á produção de electricidade de forma directa, com caixas de velocidades que mantém o número de rotações idial, e começarem a funcionarem com velocidades do vento mais baixas e se produzirem ar comprimido ou desnivelarem água para depósitos que só serão accionados aquando da máxima eficiência consegue-se mais produção com máquinas menores .

são mtos ses para a caríssima e bem apregoada alta tecnologia??

há outras maneiras de fazer um maior aproveitamento mesmo que directo, eurico da fonseca, penso, construio um aerogerador com vários geradores que eram accionados conforme o aumento da velocidade do vento.

no entanto não sou nenhum especialista oficial e ou institucional. muito menos tenho algum curso e mto longe de trabalhar na área das energias renováveis.

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ajosemor
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Re: 11 Mitos e Falhas da Política Energética em Portugal

Mensagem por ajosemor »

a minha actual posição sobre o tema é:

1. tenho dúvidas. talvez tenhamos que a utilizar num período de transição de um para outro paradigma. mas concordo que a avaliação tem de ser feita incluindo todos os custos e impactos ambientais.
2. as barragens parecem-me úteis exactamente por se contar que haja menos água no futuro pois precisamos de mais reservas. concordo com o projecto ecofamílias diria mesmo que não me importava de ter feito parte do mesmo. é uma iniciativa muito louvável que deveria ser apoiada para atender a todos os que pretendessem fazer parte.
3. concordo e diria mais. deveria existir um grupo que a nível nacional estudasse e aconselhasse na substituição das frotas existentes por frotas usando combustiveis alternativos e ve dentro de uma lógica racional. isto incluindo as frotas comerciais de transporte de mercadorias.
4. de acordo.
5. de acordo. deveria ser constituido um manual de auxilio sobre essa transformação de modo a que os interessados possam realizar as obras da forma que melhor se adeque a cada caso e cada bolsa (com uma listagem das empresas certificadas na execução dos trabalhos pois nem todos têm tempo, ou sabem, pesquisar na web).
6. de acordo embora compreenda a necessidade de, pelo menos inicialmente, se avançar com cautela. qual o impacto nas redes de distribuição eléctrica e nas tarifas com um pagamento do kwh pago a um preço cerca de 6 vezes superior? sabem quem paga a diferença…
7. de acordo
8. 1000…..% de acordo.
9. concordo
10. concordo. deve incluir os materiais de isolamento.
11. concordo

saudações
Tendes a LIBERDADE de vossas acções nunca a de suas consequências

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