Artigos relacionados com o ambiente

Para assuntos relacionados com o meio ambiente que não tenham nenhuma relação com energias.
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Tribunal do Equador confirma multa contra Chevron por derrame de petróleo na Amazónia
04.01.2012

O tribunal equatoriano de Sucumbíos ratificou nesta terça-feira, em segunda instância, a sentença contra o gigante petrolífero norte-americano Chevron, condenado a empresa a uma multa de 9500 milhões de dólares (7,3 mil milhões de euros) pelo derrame de petróleo na floresta da Amazónia.

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Rafael Correa considera evidente o dano ambiental na floresta tropical

Esta decisão, tomada por um painel de três juízes, ratifica a sentença emitida a 14 de Fevereiro de 2011, quando um outro tribunal condenou a Chevron a pagar aquela quantia por danos ambientais, de 1964 a 1999 na floresta tropical equatoriana. De acordo com os queixosos, a Texaco causou danos ambientais muito graves, lançando petróleo para fossas a céu aberto petróleo e que contaminou os solos e os rios.

O movimento Frente de Defesa da Amazónia – criado em 1994 por seis povos indígenas na floresta tropical da Amazónia equatoriana e reconhecido pelo Governo em 1998 – considera que esta sentença confirma “a culpabilidade” pelo dano ambiental causado entre 1964 e 1999 pela Texaco, companhia posteriormente adquirida pela Chevron, noticia o jornal equatoriano Diario Hoy.

Mas a batalha judicial, que começou há 17 anos, ainda não terminou. Os queixosos anunciam que vão recorrer da sentença porque a multa é “insuficiente”. E a Chevron já reagiu à sentença, considerando-a “ilegítima” e anunciou que também vai recorrer. “A decisão de hoje é mais um exemplo da politização e corrupção do sistema judicial do Equador que toldou este caso fraudulento desde o início”, diz a petrolífera em comunicado. A Chevron acusa os queixosos de “fabricar relatórios de peritos e provas, subornar juízes, perpetrar uma campanha de intimidação e até ajudar a escrever partes do veredicto”.

O Presidente do Equador, Rafael Correa - no poder desde Janeiro de 2007 e identificado por alguns analistas com a denominada "esquerda progressista e nacionalista" de Hugo Chávez, Presidente da Venezuela -, disse estar satisfeito com a sentença do tribunal de Sucumbíos já que, na sua opinião, é evidente o dano ambiental imputado à petrolífera e comparou o processo nos tribunais a uma “luta entre David e Golias”.

Esta é a maior multa na história do direito do Ambiente, ultrapassando mesmo a multa inicialmente exigida à ExxonMobil pela maré negra no Alasca, em 1989, de 4,5 mil milhões de dólares (3,4 mil milhões de euros).

http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1527542
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China não vai cooperar com a taxa de carbono da UE
05.01.2012

A China informou nesta quinta-feira que não vai cooperar com a taxa de carbono da União Europeia, segundo a qual, a partir de 1 de Janeiro, as companhias aéreas passam a estar sujeitas a limites de emissões de CO2 por ano.

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Os argumentos dos europeus são recusados por 26 dos 36 membros da Organização da Aviação Civil internacional

“A China não vai cooperar com a União Europeia em relação ao ETS” (comércio de troca de emissões”, disse Chai Haibo, secretário-geral adjunto da China Air Transport Association (CATA), organismo que reúne as principais companhias aéreas chinesas, entre as quais Air China, China Southern Airlines, China Eastern Airlines e Hainan Airlines.

“A CATA, enquanto representante das companhias aéreas chinesas, está firmemente contra a má prática europeia (que consiste em) obrigar, unilateralmente, as companhias internacionais a entrar no ETS”, acrescentou Chai Haibo.

Com esta taxa, para combater as alterações climáticas, instaurada desde 1 de Janeiro todas as companhias aéreas a operar na União Europeia ficam sujeitas a limites de emissões de dióxido de carbono (CO2) por ano. Se forem ultrapassados, as empresas terão de comprar licenças de poluição no mercado europeu de carbono.

“A China está contra esta legislação unilateral da UE”, disse também hoje o porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hong Lei, acrescentando que “numerosos países” também são desfavoráveis a esta medida. “Esperamos que a UE resolva esta questão de forma prudente e pragmática”, acrescentou.

As companhias aéreas norte-americanas denunciam que esta é uma medida discriminatória e apresentaram um recurso num tribunal na Grã-Bretanha. Mas os seus argumentos foram rejeitados pelo Tribunal Europeu de Justiça.

Os argumentos dos europeus são recusados por 26 dos 36 membros da Organização da Aviação Civil internacional (OACI), nomeadamente pelos Estados Unidos, China e Rússia.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx ... cosfera%29
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Destroços do cargueiro "Rena" chegaram às praias da Nova Zelândia
09.01.2012

Os destroços do cargueiro “Rena”, que se partiu em dois na noite de sábado depois de ter encalhado no Recife Astrolábio a 5 de Outubro, começaram a chegar hoje às praias da Nova Zelândia.

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O navio quebrou-se no sábado

Pelo menos cinco contentores deram à praia de Waihi, muito procurada como destino de férias, disse o porta-voz do Instituto Marítimo neozelandês, Bruce Fraser. “Há muitos contentores e destroços nas águas e que estão a dar à costa”, acrescentou.

As autoridades deram conta, ainda, de uma mancha de combustível que se está a espalhar, a três quilómetros do cargueiro, e pequenas porções de fuelóleo que estão a chegar às praias e ilhas da região. Madeira, plástico e dezenas de sacos atingiram a zona costeira.

O navio de 47.230 toneladas, com pavilhão da Libéria, encontra-se a 22 quilómetros de Tauranga. As autoridades marítimas neozelandesas tentaram remover o fuelóleo e os contentores do cargueiro, mas grande parte da carga continua no navio, agora quebrado. A Nova Zelândia já considerou este como o seu pior desastre ambiental das últimas décadas.

A polícia fechou o acesso público à praia Waihi. “As pessoas não se devem aproximar dos destroços que derem à costa por razões de saúde e apelamos àqueles que recolheram objectos das praias para os entregarem a fim de serem descontaminados”, disse o sargento Dave Litton, da polícia de Waihi. Mais de 20 contentores estão cheios de um químico tóxico.

Nos últimos três meses foram bombeados para fora do “Rena” mais de mil toneladas de combustível mas isso não conseguiu evitar um derrame. Centenas de aves marinhas morreram por causa da poluição.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx ... cosfera%29
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Retiradas 52 mil toneladas de resíduos da Quimiparque e Siderurgia Nacional
09.01.2012

O processo de descontaminação dos solos na Quimiparque, no Barreiro, e da Siderurgia Nacional, no Seixal, já levou à retirada de 52 mil toneladas de resíduos, revelou um responsável da empresa que gere aquelas duas antigas áreas industriais.

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No Barreiro avançou-se para a retirada de várias toneladas de lamas de zinco

"O primeiro passo foi uma definição sobre a descontaminação dos solos, de onde surgiu um plano de acção. No Barreiro avançou-se para a retirada de 52 mil toneladas de lamas de zinco e no Seixal para a recolha de resíduos no chamado vazadouro um", explicou Luís Tavares, da Baía do Tejo, citado pela Lusa. A mesma fonte referiu que foram abertos dois novos concursos, ambos para o Seixal, para prosseguir com a retirada de resíduos.

Segundo o administrador da Baía do Tejo, que resultou da fusão das empresas responsáveis por aquelas antigas áreas industriais, os dois processos estão a decorrer como o previsto. "O processo de descontaminação dos solos já começou há quase 20 anos, mas ao longo dos últimos dois anos o processo desenvolveu-se e foi reforçado com a candidatura ao QREN". A operação na antiga Siderurgia tem um financiamento previsto superior a 12 milhões de euros, co-financiamento em 70%. Para a Quimiparque, o financiamento é superior a seis milhões de euros, com a mesma comparticipação.

"Temos acompanhado o processo e podemos dizer que as lamas de zinco estão quase todas retiradas e vamos entrar numa fase seguinte que é a caracterização do que existe", adiantou o presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto (PCP), que acrescentou: "Tem avançado e pensamos que ainda em 2012 se dê um passo significativo, que é a caracterização dos solos".

O presidente da Câmara do Seixal, Alfredo Monteiro, também considerou a recuperação ambiental daqueles territórios como fundamental e está satisfeito com os progressos. "O plano que foi estabelecido pela anterior ministra [Dulce Pássaro] está quase cumprido e no Seixal podemos dizer que a primeira fase está quase concluída, o que deverá acontecer em 2012. Depois desta candidatura temos que avançar com a restante intervenção que é necessária e estamos a trabalhar nisso", defendeu o autarca comunista.

Os dois territórios fazem parte, com a Margueira, em Almada, do projecto Arco Ribeirinho Sul, que prevê a requalificação das três antigas áreas industriais.

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Câmara de Sines incentiva cidadãos a apresentarem queixa contra maus cheiros
09.01.2012

Desde que o complexo industrial e petroquímico se instalou em Sines, a partir do início dos anos 70 do século passado, a população deste concelho do litoral alentejano tem sido sujeita a continuados atentados ao meio ambiente e à saúde pública. A autarquia acaba de criar um formulário no site municipal "para todos os munícipes apresentarem as suas queixas individuais" em relação aos maus cheiros industriais.

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Os problemas ambientais do complexo industrial estão a gerar mal-estar

Nas últimas semanas, os maus cheiros industriais atingiram "proporções semelhantes ou até piores, em intensidade, em relação ao que aconteceu em Setembro e Outubro de 2011", denuncia a autarquia de Sines. O município, como o problema subsiste e as melhorias da qualidade do ar não têm sido de modo a descansar a população, pretende alertar as entidades com responsabilidade em matéria ambiental. E, ao mesmo tempo, ter na sua posse uma prova concreta da dimensão dos protestos da população para poder "fundamentar e documentar as suas exigências de intervenção" junto das entidades do Ministério do Ambiente para que este encontre uma solução para a "crise ambiental" que está a gerar um mal-estar crescente.

A comissão dinamizadora do Movimento de Cidadãos Contra a Poluição (MCCP), dando corpo à onda de protestos das populações não apenas de Sines mas dos concelhos vizinhos, que se sentem afectadas pelos maus cheiros produzidos pelas emanações gasosas que se libertam das instalações petroquímicas instaladas em Sines, agendou mais uma concentração de protesto para 21 de Janeiro, a partir das 15h30, no Largo Poeta Bocage, em Sines.

Faltam respostas e estudo

A comissão dinamizadora do MCCP justifica o protesto com a "falta de respostas da ministra do Ambiente" ao abaixo-assinado e à carta entregue no seu ministério a 21 de Novembro. Exigem saber de Assunção Cristas "por que persistem os maus cheiros em Sines" e qual a razão para a "inexistência de analisadores" da qualidade do ar, tendo em conta "a fonte de benzeno (hidrocarboneto aromático policíclico)" localizada a norte de Sines. O movimento de cidadãos lembra que nos últimos tempos as descargas poluentes para o mar se têm traduzido no "aparecimento de peixes mortos nas praias", sem que os pescadores tenham recebido qualquer indemnização pelos prejuízos causados com a proibição de pescar durante semanas. A comissão dinamizadora do MCCP denuncia ainda a "inexistência de um estudo epidemiológico em Sines".

Maus indicadores

Resultados apresentados recentemente por uma equipa técnica da GISA - Gestão Integrada da Saúde e do Ambiente comprovam que os indicadores de saúde infantil estudados "são piores em Sines do que no resto do Alentejo litoral", mas os técnicos advertem, ainda assim, que os resultados "não são conclusivos" quanto à associação com a qualidade do ar.

No entanto, um estudo de saúde infantil realizado entre Agosto de 2009 e Abril de 2011, nos centros de saúde dos cinco concelhos do Alentejo litoral, com a participação de 1674 mães residentes nesta área geográfica, que estiveram grávidas entre 2007 e 2010, revelou resultados preocupantes. Em ambos os indicadores estudados sobre baixo peso à nascença e os partos pré-termo, o Centro de Saúde de Sines "apresentou piores resultados do que os restantes centros de saúde do Alentejo litoral".

Sines registou 10,9 por cento de nascimentos com baixo peso, sendo a média do Alentejo litoral 6,9 por cento. No caso dos partos pré-termo, a percentagem registada no concelho onde se situa o complexo industrial foi de 9,9 por cento, quando a média do Alentejo litoral foi de 6,3 por cento.

ETAR está "degradada" e "obsoleta"

Os maus cheiros que estão a gerar protestos na cidade de Sines têm na sua origem o mau funcionamento na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Ribeira dos Moinhos, onde são tratados os efluentes produzidos pela indústria petroquímica, nos sistemas de drenagem dos esgotos industriais e na Estação de Tratamento de Águas de Lastro.

Este último equipamento, concessionado à Companhia Logística de Terminais Marítimos (grupo Petrogal), "tem sido fonte de descargas poluentes e emanação de cheiros".

A solução passa pela drenagem directa das águas de lastro produzidos pelas embarcações para uma nova ETAR, que terá de ser instalada noutro local. A actual está "degradada" e faz uso de uma tecnologia "obsoleta", refere o município de Sines.

O presidente da Câmara de Sines, Manuel Coelho, já defendeu junto do Ministério de Ambiente que o Estado "deve obrigar" as empresas a fazer os investimentos necessários para preservar a qualidade ambiental da população.

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Embaixador norte-americano contesta possível zona livre de transgénicos nos Açores
12.01.2012

O embaixador norte-americano em Lisboa, Allan Katz, terá enviado recentemente cartas às autoridades portuguesas, mostrando-se preocupado com possíveis limitações ao cultivo de organismos geneticamente modificados nos Açores.

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Estados Unidos tem feito pressão a favor dos transgénicos na Europa

Numa carta enviada no final de Dezembro ao presidente da Assembleia Legislativa dos Açores, Allan Katz terá manifestado “grande preocupação” pelo anúncio do Governo Regional, no princípio daquele mês, de que tencionava proibir o cultivo de transgénicos na região.

Na carta, citada pela agência Lusa, o diplomata norte-americano considera que os transgénicos “não constituem qualquer risco para a vida humana ou animal, ou até mesmo para ambiente” e recorda que a UE gastou “300 milhões de euros” na última década em investigação nesta área, sem nunca ter encontrado motivos de preocupação em matéria de segurança.

O embaixador norte-americano apelou, por isso, a que as autoridades revejam a sua posição e permitam que os “agricultores açorianos tenham acesso à mesma tecnologia que já é usada no resto do país e do mundo”.

Allan Katz salienta ainda que os produtos geneticamente modificados permitem reduzir substancialmente a utilização de pesticidas, poupar energias fósseis, diminuir as emissões de dióxido de carbono (CO2) e melhorar a utilização dos solos.

O embaixador norte-americano termina a carta dando conta de que já fez chegar estas preocupações ao presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, e à ministra da Agricultura, Assunção Cristas.

A Plataforma Transgénicos Fora – que reúne organizações não-governamentais contra os OGM em Portugal – reagiu à iniciativa norte-americana, classificando-a como um “lóbi oficial a favor dos interesses privados de algumas empresas americanas”.

“Esta iniciativa americana não surpreende, uma vez que os telegramas diplomáticos americanos revelados pelo WikiLeaks mostram um padrão de interferência generalizada nas políticas europeias sobre OGM, desde a França à Itália, à Hungria e até ao Vaticano, entre outros”, completa a Plataforma Transgénicos Fora, num comunicado.

Num desses telegramas, datado de 2007, o embaixador norte-americano em Paris, Craig Stapleton, sugeria a Washington que se iniciasse uma campanha de “retaliação” contra os países que se mostravam contra os OGM na União Europeia.

De toda a área plantada com alimentos transgénicos no mundo em 2010 (148 milhões de hectares), 45% estão nos Estados Unidos (67 milhões de hectares). Em Portugal, só o milho geneticamente modificado é cultivado, numa área de cerca de cinco mil hectarees.

Várias áreas do país foram declaradas como “zonas livres de cultivo de variedades geneticamente modificadas”, ao abrigo de uma legislação de 2006.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx ... cosfera%29
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Investimento em energias limpas atinge novo recorde em 2011
13.01.2012

Os investimentos globais nas energias limpas atingiram um novo recorde em 2011, apesar da crise económica mundial.

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Investimento na energia eólica caiu 17% a nível mundial no ano passado

O volume de investimentos subiu 5% em relação a 2010, chegando ao equivalente a 203 mil milhões de euros, segundo um relatório da Bloomberg New Energy Finance.

A aposta maior foi na energia solar, cujos investimentos cresceram 36%, para 105 mil milhões de euros. O valor é o dobro do dos projectos de energia eólica – 59 mil milhões de euros –, onde houve uma queda de 17%. O salto do solar ocorre a despeito da redução no preço dos painéis fotovoltaicos, o qual foi compensado pelo aumento nas vendas.

O ano também ficou marcado pelo retorno dos Estados Unidos à posição de maior investidor individual em energias limpas, ultrapassando a China, que estava em primeiro lugar desde 2009. Apoios públicos – que se estendem até ao final de 2012 – terão contribuído fortemente para a subida de 33% nos valores investidos nos EUA. “Deverá haver uma corrida para concluir projectos em 2012, seguida de uma queda nos investimentos em 2013, se [os apoios] acabarem”, antecipa Michael Leibreich, administrador principal da Bloomberg New Energy Finance.

Colectivamente, a Europa ultrapassa o investimento dos EUA e da China, com 79 mil milhões de euros. A Índia (8,1 mil milhões de euros) e o Brasil (6,5 mil milhões) também figuram entre os maiores investidores em energias limpas.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1528967
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Cada português produziu 511 quilos de lixo em 2010
12.01.2012

Cada português produziu em média 511 quilogramas de lixo em 2010, num total de 5,1 milhões de toneladas, valor acima da meta fixada para Portugal, mas ligeiramente abaixo da média europeia, segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

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O aterro foi o destino para mais de metade dos resíduos produzidos

O Relatório do Estado do Ambiente elaborado pela APA refere que, dos 5,184 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos produzidos em Portugal continental, 85% corresponde a recolha indiferenciada e 15% a recolha selectiva – um valor que aumentou face a 2009 (13%).

O aterro foi o destino para mais de metade (61%) dos resíduos produzidos, com tendência de descida, seguindo-se a incineração com recuperação de energia, com 18%. A valorização orgânica foi a opção para 8% dos resíduos. O lixo recolhido em ecopontos ou porta a porta ascendeu a 356 mil toneladas.

O Norte e Lisboa e Vale do Tejo foram as regiões com maior produção de resíduos urbanos, com 31% e 39%, respectivamente, situação “muito possivelmente relacionada com o maior poder de compra e com a grande concentração de actividades económicas”, explica o documento. Do total de resíduos urbanos, cerca de metade são biodegradáveis. Destes, 64% vão para aterro, apesar dos esforços para a construção de infra-estruturas de valorização para cumprir os objectivos previstos na directiva comunitária.

Nos últimos anos, a produção de resíduos urbanos em Portugal tem aumentado a uma taxa superior ao desenvolvimento económico (Produto Interno Bruto - PIB), que desacelerou devido à crise económica. Nos últimos 15 anos (entre 1995 e 2010) aumentou o lixo produzido pelos portugueses. As excepções são os anos de 2001 e 2004, quando se registou um ligeiro decréscimo, e 2010, quando os valores se mantiveram.

A produção de resíduos urbanos em 2010 foi superior em cerca de 111 mil toneladas à meta estabelecida pelo Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU), de 5,073 milhões de toneladas. Na União Europeia, a média de produção de resíduos era de 512 quilogramas por habitante em 2009, último ano com dados disponíveis.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1528718
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Travar aquecimento global de forma rápida e menos dispendiosa
Redução de emissões de metano e carbono negro pode ser a solução

2012-01-13

A redução das emissões de metano e carbono negro na atmosfera pode ser uma forma mais rápida e menos dispendiosa de travar o aquecimento global do que o simples combate às emissões de dióxido de carbono, avança a Lusa.


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O metano e a fuligem são responsáveis por 20 por cento do aumento da temperatura terrestre

As conclusões são de um estudo publicado ontem na revista científica Science e indicam que essa forma de travar o aquecimento global evitaria numerosas mortes precoces devido à poluição do ar.
O metano, um dos principais componentes do gás natural, e o carbono negro, essencialmente fuligem, são responsáveis pela degradação da qualidade do ar e pelo aquecimento global, explicou, citado pela agência AFP, Drew Shindell, climatólogo da NASA e coautor do estudo.

De acordo com mais de uma dezena de peritos, o metano, que contribui para a formação do ozono, e a fuligem são responsáveis por cerca de 30 e 20 por cento do aumento da temperatura terrestre.

O estudo apresenta 14 medidas para reduzir substancialmente as quantidades de metano e fuligem lançadas na atmosfera pela indústria petrolífera e carboquímica e evitar 700 mil a 4,7 milhões de mortes precoces por ano em todo o mundo.

A instalação de filtros de partículas nos motores a diesel dos carros permitiria diminuir a emissões de fuligem e a ventilação de culturas de arroz na Ásia reduzir a libertação de metano produzido por micro-organismos em contacto com as plantações.

A agricultura beneficiaria com estas medidas, com os rendimentos anuais de certas colheitas a aumentarem de 30 a 135 milhões de toneladas por ano a partir de 2030.

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Filtros de partículas nos motores a diesel dos carros pode diminuir a emissões de fuligem

Para os especialistas, os ganhos económicos e de saúde compensariam largamente os custos associados às medidas de redução das emissões de metano e carbono negro.

Com as tecnologias atualmente disponíveis, seria possível, segundo o climatólogo Drew Shindell, diminuir o volume de emissões de metano em 40 por cento.

O modelo informático usado no estudo assinala que o recurso às 14 medidas propostas reduziria o aquecimento global em 0,5 graus em 2050. Nos últimos cem anos, a temperatura média à superfície da Terra aumentou 0,8 graus. Dois terços desse aumento verificou-se desde há 30 anos.

A combinação destas medidas com as de diminuição de dióxido de carbono diminuiria, em média, o aquecimento global em menos de dois graus centígrados durante os próximos 60 anos.

Enquanto o dióxido de carbono, que demora décadas a deixar a atmosfera, gerando uma capa de captura do calor que provoca o aumento da temperatura, o metano e o carbono negro saem da atmosfera mais rapidamente.

Para a investigação, os autores analisaram previamente cerca de duas mil medidas de controlo da contaminação da atmosfera e utilizaram um modelo informático para selecionar as mais eficazes para travar o aquecimento global e melhorar a qualidade do ar.

Posteriormente, escolheram as que maiores benefícios proporcionam e descobriram que metade delas estava relacionada com as emissões de metano e a outra com as de carbono negro.

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=52561&op=all
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"Costa Concordia" pode provocar desastre ambiental no Mediterrâneo
16 Janeiro 2012

O Governo italiano teme um desastre ambiental no Mediterrâneo caso as 2380 toneladas de combustível presentes nos tanques do "Costa Concordia" se espalhem pelo mar.

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A fotografia mostra um rombo no casco no navio

Por essa razão, o ministro do Ambiente italiano, Corrado Clini, anunciou, esta segunda-feira, que o Governo prepara-se para declarar estado de emergência na zona afectada pelo naufrágio do paquete Costa Concordia, junto à ilha de Giglio, na Toscânia.

A decisão oficial será anunciada até quinta-feira, data do próximo Conselho de Ministros italiano, e "implica que todas as operações ligadas ao acidente passam a ser de interesse nacional e exigem a participação de instituições nacionais, para além das regionais", afirmou Clini depois de uma reunião com responsáveis locais.

O acidente provocou pelo menos seis mortos e dezenas de feridos e 15 pessoas estão ainda dadas como desaparecidas, estando em curso operações de busca para tentar encontrar ainda sobreviventes.

O "Costa Concordia" levava a bordo cerca de 4.200 pessoas quando se aproximou demasiado da ilha e embateu em rochas.

Segundo o presidente da empresa proprietária do navio, a Costa Crociere, o acidente deveu-se a um "erro humano" do capitão, Francesco Schettino, detido no sábado pelas autoridades.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/In ... id=2244456
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Ruído: APA defende reforço da fiscalização
16 de Janeiro de 2012

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) defende um reforço da fiscalização do cumprimento dos valores limite do ruído emitido pelas grandes infraestruturas de transporte, cujos planos de ação para minimizar efeitos estão atrasados.

No Relatório do Estado do Ambiente, divulgado pela APA, é referido que "é patente o atraso por parte das entidades responsáveis pela elaboração dos planos de ação" e que as medidas necessárias à redução da exposição da população "não estão a ser adotadas".

Assim, continuam os "incumprimentos dos valores limite de exposição estabelecidos no Regulamento Geral do Ruído" e "a agilização e reforço da ação inspetiva nesta matéria tornam-se essenciais", defende o relatório.

As grandes infraestruturas de transporte rodoviário, ferroviário e aéreo, tal como as localidades de maiores dimensões populacionais devem elaborar mapas estratégicos de ruído e planos de ação para gerir o ruído ambiente e os impactes dele resultantes, como está definido por lei.

Em Portugal, somente Lisboa tem dimensão para ser abrangida, uma vez que é um município com população residente superior a 250.000 habitantes e densidade populacional igual ou superior a 2.500 habitantes/quilómetro quadrado.

Segundo a APA, até final de 2010 tinham sido concluídos mapas estratégicos de ruído de 96% dos grandes projetos de transporte rodoviário e a totalidade do ferroviário, assim como do aeroporto de Lisboa e da cidade de Lisboa.

Mas, quanto aos planos de ação, na área rodoviária somente tinha sido aprovado o da rodovia A22 (Via do Infante de Sagres, no Algarve), na ferroviária não tinham sido entregues quaisquer propostas e, no setor aéreo, o plano do aeroporto aguardava aprovação.

Nos transportes, "o ruído rodoviário é o que mais se faz sentir", concluiu a APA, acrescentando que "uma franja da população está exposta a ruído que excede os valores limite admissíveis pelo que os planos de ação deverão incidir prioritariamente sobre a mesma".

O mapa estratégico de ruído de Lisboa foi entregue em 2010.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=553555
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Costa Concordia: equipas tentam evitar um potencial desastre ecológico
18.01.2012

Em Giglio fala-se de uma “bomba-relógio ecológica”. Mas até que ponto o navio "Costa Concordia", que encalhou a escassos metros daquela ilha turística italiana, com um enorme rombo no casco, pode causar uma catástrofe ecológica?

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Barreiras flutuantes estão a ser instaladas junto ao navio para conter um eventual derrame

Por ora, a prioridade ainda são as buscas para encontrar as 23 pessoas que ainda estão desaparecidas. Mas paralelamente há o receio de que o combustível a bordo – cerca de 2400 toneladas de fuelóleo, mais 200 toneladas de outros produtos, sobretudo gasóleo – liberte-se dos tanques e atinja tanto a ilha de Giglio em si, como a costa da Toscânia. Até agora, isto não aconteceu e equipas especializadas já estão em campo para montar uma operação de transbordo do combustível.

Se houver uma fuga, provavelmente não será inócua. O fuelóleo é um sub-produto especialmente denso da refinação do petróleo, que não se dispersa facilmente. É o mesmo produto que foi derramado pelo petroleiro “Prestige”, que se partiu em dois e naufragou ao largo da Galiza, em 2002, com 77.000 toneladas de fuelóleo nos tanques, provocando uma maré negra de grandes proporções.

O volume a bordo do “Concordia” é muito menor – cerca de 3% do que havia no “Prestige” –, mas isto não é garantia de que não haverá problemas. Em Outubro passado, apenas 400 toneladas de fuelóleo derramadas pelo porta-contentores “Rena”, ao largo da Nova Zelândia, foram suficientes para provocar a morte de milhares de aves aquáticas e poluir dezenas de quilómetros de praias.

Quatro anos antes, em 2007, o naufráfio do navio de cruzeiros “Sea Diamond”, junto à ilha grega de Santorini, provocara uma fuga de combustível semelhante, de cerca de 300 toneladas. Embora os efeitos não tenham sido dramáticos, o combustível continuou a escapar-se do navio afundado durante pelo menos três anos.

“A emergência ambiental que se perfila no caso do ‘Costa Concordia’ é tristemente similar àquela que se seguiu ao afundamento (...) do ‘Sea Diamond’ em Santorini e recoloca a questão do risco causado pela aproximação dos grandes cruzeiros”, sustenta a organização ambientalista Greenpeace, num comunicado.

No caso do “Concordia”, há um agravante. Não só o navio está a poucos metros da ilha de Giglio e não muito longe da costa italiana, como naquela região há pelo menos três zonas de grande interesse natural. Giglio fica num dos extremos de uma área de 90.000 quilómetros quadrados do Mediterrâneo, protegida por um acordo entre Itália, França e Mónaco, devido à sua relevância para as baleias e golfinhos. Caso haja um derrame, os efeitos poderão não ser imediatos. “O impacto poderá não ser directo, mas via indirecta, pela cadeia alimentar”, afirma Marina Sequeira, bióloga do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade e especialista em cetáceos.

Giglio é, além disso, uma das sete ilhas que compõem o Parque Nacional do Arquipélago Toscano, que abrigam vários animais e plantas únicas daquela região. Na costa continental, um pouco mais a norte, fica ainda o Parque Regional de Maremma.

Barreira flutuantes para conter eventuais fugas de combustível estão a ser colocadas à junto do navio e da ilha de Giglio. Uma solução definitiva, porém, só será alcançada se tiver sucesso a operação de remoção do combustível, já entregue à empresa de salvamentos marítimos Smit.

A empresa já tem técnicos e equipamentos a postos em Giglio para iniciar a operação, e aguarda autorização das autoridades portuárias, da seguradora e do proprietário do navio, segundo disse ao PÚBLICO Martijn Schuttevaer, director de comunicações da Boskalis, companhia que detém a Smit.

Para chegar aos diversos tanques de combustível, será preciso perfurar o casco e instalar válvulas. O fuelóleo, que constitui a maior parte do material a retirar, terá de ser aquecido antes de ser bombeado para fora do navio e transferido para outra embarcação.

A posição do navio – com uma inclinação praticamente horizontal – “torna a operação mais difícil”, segundo Martijn Schuttevaer. “A nossa estimativa é a de que a maior parte do combustível seja removida em três a quatro semanas”, completa Schuttevaer. Para uma parte restante, localizada em tanques de mais difícil acesso, será preciso mais tempo

http://www.publico.pt/Mundo/costa-conco ... 9655?all=1
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Balanço mais recente da biodiversidade mundial
Cientistas descobrem 50 espécies novas por dia
19.01.2012

Cerca de 50 novas espécies de animais, plantas e outros seres vivos são descobertas, em média, todos os dias. E a maioria são insectos e aracnídeos, segundo um relatório de uma instituição científica norte-americana.

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Insectos são o grupo de seres vivos com mais espécies novas todos os anos

Em dez anos (2000-2009), foram descritas 176.311 espécies novas para a ciência, segundo uma contabilidade feita pelo Instituto Internacional para a Exploração de Espécies, da Universidade do Arizona. Metade (88.598) era de insectos. A seguir vêm as plantas (13% ou 23.604 espécies) e aracnídeos (7% ou 12.751 espécies), como aranhas e escorpiões.

Na contagem mais recente, que inclui as descobertas até 2009, há 1,9 milhões de espécies já descritas pela ciência. Mas o número real da biodiversidade do planeta é muito maior. “Uma estimativa razoável é a de que dez milhões de espécies de plantas e animais aguardam ser descobertas”, calcula o relatório SOS-State of Observed Species. No campo dos micróbios, a cifra sobe possivelmente para “dezenas de milhões”.

Serem “descobertas” não é o mesmo que dizer que as novas espécies nunca tinham sido antes vistas. Muitas serão conhecidas e até utilizadas por populações locais, mas nunca terão sido identificadas e nomeadas como seres de facto diferentes dos que já existem, de acordo com a notação criada no século XVIII pelo botânico e zoólogo sueco Carlos Lineu. Ou então eram sub-espécies que, a dada altura, passaram a ser consideradas espécies distintas.

Segundo Helena Freitas, directora do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, é este o caso de algumas “novas” plantas. Espécies vegetais de facto desconhecidas são encontradas sobretudo em ecossistemas particulares, pouco estudados, como em zonas tropicais ou em montanhas altas.

Ainda assim, em 2009 – data da compilação mais recente das descobertas a nível global – foram identificadas 2184 espécies novas de plantas vasculares.

O número é bem menor do que o do líder da lista, os insectos, com 9738 novas espécies nesse ano. “São o grupo mais diverso de animais”, justifica a bióloga Sofia Reboleira, da Universidade de Aveiro, que já descobriu cinco novas espécies de insectos e uma de aracnídeo em Portugal. O trabalho de Sofia Reboleira – realizado em grutas – confirma que é nos habitats menos estudados e mais particulares que há maior probabilidade de se encontrarem novidades.

Mesmo em zonas mais banais, é possível haver surpresas. “Há pouco tempo foram encontradas duas espécies novas de aranhas no Jardim Botânico”, conta Helena Freitas.

Em 2009, os invertebrados representaram 72% das novas descobertas a nível global. No outro extremo, depois das plantas, fungos e micróbios, estão os vertebrados, com apenas 3,3%. Das 639 novas espécies descobertas nesse ano, metade (314) são peixes e cerca de um quarto (148) são anfíbios – quase todos sapos ou rãs.

Há ainda 120 novos répteis, como cobras, lagartos, iguanas, camaleões e tartarugas, e apenas 41 mamíferos, na maioria morcegos e roedores. As aves ficam por último, com apenas sete espécies novas em 2009.

O interesse dos cientistas não se fica pelos animais e plantas vivos. Pelo menos 1905 novas espécies fósseis – já extintas há um longo tempo – foram descritas em 2009.

As que existem hoje correm o risco de rapidamente se juntar a esse grupo. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, apenas 4% das espécies descritas pela ciência estão ser alvo de alguma monitorização. E, dessas, três em cada dez estão ameaçadas de extinção.

http://www.publico.pt/Ci%EAncias/cienti ... cosfera%29
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NASA prevê maior aquecimento da Terra nos próximos anos
20.01.2012

O aquecimento global abrandou recentemente, e isto tem alimentado as visões cépticas quanto às alterações climáticas. Mas um relatório da NASA diz agora que isso é apenas temporário e que as temperaturas vão subir mais nos próximos anos.

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Os últimos Invernos têm sido especialmente frios nos Estados Unidos

O ano passado acabou por ser o nono mais quente desde 1880, o início aproximado dos registos sistemáticos de temperaturas. Em 2011, as temperaturas médias à superfície foram 0,51ºC mais altas do que os valores médios do período base 1951-1980. Além disso, nove dos dez anos mais quentes ocorreram no século XXI, com excepção de 1998, segundo um relatório do Instituto Goddard para Estudos Espaciais, da agência espacial norte-americana (NASA), divulgado esta semana.

Já em Novembro, e com os dados disponíveis na altura, a Organização Meteorológica Mundial tinha revelado que, em 2011, os termómetros estiveram 0,41ºC acima da média de 1961-1990.

Mas ainda que o planeta esteja a ficar mais quente, o aumento das temperaturas abrandou nos últimos três anos. A NASA explica este fenómeno com a influência do "La Niña" - um arrefecimento periódico das águas do Oceano Pacífico que afecta as temperaturas globais - e com o ciclo de radiação do Sol. Na verdade, nos últimos anos tem chegado menos energia do Sol à superfície terrestre, resultando num efeito de arrefecimento.

Acontece que as variáveis estão prestes a mudar, segundo a NASA. “Apesar de os gráficos actuais sugerirem um abrandamento do aquecimento global, este aparente abrandamento poderá desaparecer dentro de alguns anos”, escreve a NASA no relatório. “Em especial precisamos ver de que forma as temperaturas aumentarão em resposta ao próximo fenómeno 'El Niño' [o oposto do 'La Niña'] e ao novo ciclo de radiação solar, que muda a cada dez ou doze anos”, acrescenta o relatório.

Segundo os cálculos da agência norte-americana, “há muitas probabilidades de entrarmos num fenómeno 'El Niño' na segunda metade de 2012, ou o mais tardar dentro de dois ou três anos”. Quanto ao Sol, a sua influência “vai mudar rapidamente para um efeito de aquecimento nos próximos três a cinco anos”.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx ... cosfera%29
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Lagoa das Furnas está melhor, mas qualidade da água vai continuar má durante anos
22.01.2012

Eutrofização causada pela acumulação de matéria orgânica no fundo é o problema maior. O fim das pastagens e a retirada do gado da zona fez baixar os níveis de azoto e fósforo.

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A beleza da segunda maior bacia hidrográfica dos Açores esconde problemas ambientais

A estrada ladeada por árvores frondosas abre subitamente sobre a lagoa das Furnas. Segue-se uma longa recta mesmo encostada à margem, rumo à localidade famosa pelo seu cozido, permitindo a visão das águas, da massa florestal que a rodeia e do inconfundível perfil da Ermida de Nossa Senhora das Vitórias. A beleza natural envolvente é poderosa, escondendo do visitante menos informado os sérios problemas que afectam os 12,5 quilómetros quadrados da bacia hidrográfica desta lagoa (1400 hectares). É a segunda maior dos Açores e o seu estado ecológico é considerado mau.

O principal responsável pela degradação da qualidade das águas é o processo de eutrofização causado pela acumulação de matéria orgânica no fundo e a correspondente diminuição do volume de água. A actividade agro-pecuária no interior da bacia foi há muito identificada como o grande agente desse fenómeno. Miguel Ferreira, engenheiro florestal e responsável pela gestão do plano de bacia da lagoa das Furnas, chegou em 2007 e começou a trabalhar praticamente sozinho. "Os grandes problemas eram a exploração agro-pecuária, as áreas de pastagens e a erosão dos solos, tudo contribuindo para que a profundidade da lagoa tenha passado de 20 para 15 metros", disse ao PÚBLICO.

A longo prazo, há o risco de os lagos evoluírem para pântanos, mas o responsável lembra que esse processo, sendo muito lento, pode ser contrariado. A prova disso é a aprovação, ainda em 2007, do Plano de Ordenamento da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Furnas, concretizado pela SPRAçores, uma empresa pública regional de promoção e gestão ambiental criada em 2006 e recentemente integrada na Azorina, outra sociedade anónima de capitais públicos regionais.

O objectivo essencial é, explica Miguel Ferreira, "recuperar a qualidade da água". Para o conseguir têm sido desenvolvidas desde 2008 diversas acções integradas. Assim, metade dos terrenos agrícolas que constituíam o maior risco de escorrência de nutrientes para a lagoa - basicamente, utilizados em agro-pecuária intensiva - foi adquirida pelo Governo dos Açores. Em seguida, teve início a alteração das utilizações tradicionais dos solos, com o combate a espécies infestantes mais comuns, como o silvado, a conteira ou o incenso.

Durante quase um ano, recorda o gestor, foram também removidos da lagoa toneladas de resíduos poluentes - pneus, plásticos de silagens, embalagens, arames farpados, ferro velho e até viaturas - para ali lançados durante décadas.

Reabilitação da bacia

Outra preocupação foi contrariar os fenómenos de erosão causada pela acção das águas. Esse fenómeno é bem visível nas profundas valas abertas nas encostas. Depois de limpos, foram plantadas nos rasgões plantas de espécies nativas, cujas raízes ajudam a fixar o solo arável, reduzindo, assim, a sua perda. Nos antigos terrenos de pastagens foram introduzidas leguminosas que fixam e disponibilizam azoto, aumentando a produtividade dos solos sem recurso a fertilizantes químicos. A exuberância dos campos contrasta hoje com a desolação de outrora nos terrenos enlameados.

As áreas adquiridas permitiram também o desenvolvimento de outras pequenas experiências num "laboratório de paisagem", apresentado como "uma alternativa às vacas e às criptomérias". Inclui, entre outras iniciativas, o estudo do potencial de espécies arbóreas para a produção de energia; a análise dos pólenes no solo para descobrir a flora das Furnas anterior à colonização; uma rede de arboretos para estudar as alterações climáticas e seus impactos no sector florestal; reflorestamentos para criar uma paisagem florestal variada; um antigo pomar de maçãs replantado nas Furnas; e uma colecção de vimes na margem de uma ribeira, que ajudem a identificar modelos sustentáveis de gestão do território.

O último capítulo deste processo foi escrito em Julho passado, com a abertura do centro de monitorização e investigação, num edifício construído de raiz na margem sul da lagoa das Furnas. Além do apoio à comunidade científica, está patente ao público no local, com acesso condicionado a viaturas, uma exposição permanente. Começou também a ser desenvolvido em permanência um programa de actividades lúdicas, exposições e seminários.Solução a longo prazo

O que aconteceu na lagoa no último Verão (ver caixa) não põe em causa este projecto de fundo. "Todos os anos há quantidades anormais de fitoplâncton na água, que lhe dão a cor amarela em vez de verde. Mas a qualidade da água já melhorou muito, pois os níveis de azoto e fósforo baixaram muito por não haver pastagens", explica Miguel Ferreira. O regresso da habitual precipitação no Outono fez com que, no início de Novembro, já só fosse visível junto às margens uma pequena película verde à superfície da água. No entanto, o técnico n? ?o tem dúvidas de que a água da lagoa vai continuar a ser má durante anos: "A longo prazo, a solução é a que está a ser aplicada."

Diogo Caetano, presidente da associação Amigos dos Açores, concorda que "a eutrofização vai levar muitos anos a eliminar". "É um processo de reabilitação de médio-longo prazo", diz. Está de acordo com o trabalho desenvolvido pela equipa liderada por Miguel Ferreira, mas considera que seria desejável um maior envolvimento local e mais disponibilização de informação sobre o processo da lagoa. "Os bons resultados na redução dos efluentes deviam ser obtidos com a participação das populações", defende o dirigente associativo, que acrescenta: "O voluntariado militar é interessante, mas não é o mesmo que procurar uma ligação a quem ali vive, na busca de uma alteração do paradigma, que deve ser centrado na produção florestal e na promoção da hortofruticultura."

http://www.publico.pt/Local/lagoa-das-f ... 0195?all=1
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ONU começa a avaliar testes à segurança nuclear no Japão
23.01.2012

Dez peritos da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) começaram nesta segunda-feira a avaliar os resultados dos testes de resistência às centrais nucleares do Japão, depois da catástrofe de Fukushima.

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James Lyons, hoje, numa conferência em Tóquio

“Estamos a realizar uma avaliação, que eles [Governo japonês] pediram, às metodologias e abordagens para testar a segurança dos reactores nucleares”, disse aos jornalistas James Lyons, o responsável pela equipa que vai permanecer no Japão até 31 de Janeiro.

A equipa da AIEA, organismo com sede em Viena, vai passar segunda e terça-feira em reuniões com as autoridades em Tóquio e vai viajar na quarta-feira para a central nuclear de Ohi, na província de Fukui, para ver como está a Agência japonesa de Segurança Nuclear e Industrial (NISA) a proceder aos testes de resistência. Na semana passada, a agência terminou uma avaliação dos testes de resistência das centrais do país e concluiu que os reactores têm capacidade para resistir a choques similares a sismos de magnitude 9 na escala de Richter.

Lyons adiantou que os resultados da AIEA serão apresentados a 31 de Janeiro. “Não nos vamos concentrar em dizer se é, ou não, aceitável que alguns dos reactores voltem a funcionar. Isso é uma responsabilidade do Governo japonês e não iremos fazer qualquer determinação nesse sentido”, acrescentou Lyons.

A dor de cabeça da indústria nuclear nipónica começou a 11 de Março de 2011, quando um tsunami, causado por um sismo, atingiu a central de Fukushima, no Nordeste do país, destruindo os sistemas de arrefecimento.

Imediatamente a esta catástrofe, 15 reactores foram desligados nas centrais da região Nordeste. Hoje, 49 não estão a funcionar, quer por questões de manutenção regular (obrigatória depois de 13 meses de exploração), ou por causa de abalos sísmicos. A sua entrada em funcionamento tem sido condicionada pela realização obrigatória de testes de resistência, nomeadamente a catástrofes naturais como a de 11 de Março, e pela aprovação das autoridades locais, algumas muito renitentes em voltar a confiar no nuclear.

Hoje, as autoridades nipónicas revelaram ter pedido à AIEA para instalar um departamento permanente na província de Fukushima. “Iremos pedir ao director-geral da AIEA, Yukiya Amano, uma presença constante da agência internacional”, disse ontem o ministro japonês dos Negócios Estrangeiros, Koichiro Gemba, num discurso citado pela agência de notícias Jiji. Lyons reagiu dizendo aos jornalistas que “este é um pedido muito importante” e que “vai necessitar de um exame profundo por parte da AIEA”.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx ... cosfera%29
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O ano de 2011 foi o 6º mais quente dos últimos 80 anos
26.01.2012

Cinco ondas de calor e uma temperatura média anual de 16ºC ajudaram a fazer de 2011 o 6º ano mais quente dos últimos 80 anos em Portugal Continental, segundo o Boletim Climatológico do Instituto de Meteorologia.

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Em 2011 ocorreram cinco ondas de calor

A temperatura máxima anual de 2011 foi de 21,7ºC, o valor mais elevado desde 1931. Este primeiro lugar explica-se com as temperaturas excepcionalmente elevadas dos meses de Abril, Outubro, Maio, Junho e Setembro, que registaram anomalias em relação a 1971-2000 de +4.90ºC, +4.73ºC, +3.91ºC, +1.58ºC e +1.22ºC respectivamente. Na verdade, desde 1931 que não tínhamos um Maio e Outubro tão quentes.

De acordo com o boletim, o maior pico de calor foi registado a 10 de Agosto, quando a temperatura chegou aos 39,5 º em Santarém e aos 39º em Beja.

“Também as temperaturas mínimas em Abril e em Maio estiveram muito acima do valor normal”, acrescenta o Instituto de Meteorologia. Os dias mais frios de 2011 foram registados em Janeiro, quando, no dia 24, a Guarda chegou aos 6,2º negativos e Bragança descia aos 5,6º negativos.

Além disso, em 2011 ocorreram cinco ondas de calor: uma em Abril, duas em Maio e duas em Outubro. Uma onda de calor verifica-se quando, durante mais de cinco dias consecutivos, a temperatura é superior em 5°C à média para a altura do ano.

O ano foi caracterizado, ainda, por fenómenos climáticos pouco habituais como a queda de granizo nas ruas de Benfica e Damaia, em Lisboa, e os ventos fortes que chegaram aos 157 km/h em Faro entre os dias 23 e 26 de Outubro.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1530853
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Milhares de peixes concentram-se à superfície na barragem do Divor
1 de Fevereiro de 2012

Milhares de peixes, alguns mortos, têm-se acumulado nas últimas semanas, à superfície da água, junto ao paredão da barragem do Divor, no concelho de Arraiolos (Évora), estando as autoridades a investigar as causas do problema.

A maioria dos peixes «não está a morrer», mas «está à superfície», descreveu hoje à Agência Lusa o vereador da Câmara de Arraiolos Francisco Fortio.

«Os peixes estão todos amontoados, à superfície, com a boca fora de água. Mas o certo é que, se os tentarmos apanhar, fogem», acrescentou.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=556251
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Ucrânia já conta 101 mortos por onda de frio
Termômetros chegaram a registrar -29°C; consumo de gás atinge níveis recordes

03 de fevereiro de 2012

KIEV - A onda de frio polar que castiga o leste da Europa já deixou 101 mortos na Ucrânia, informou nesta sexta-feira, 3, o Ministério da Emergência do país. Deste total, 64 morreram nas ruas, 26 em suas casas e 11 em hospitais, precisou o Ministério, que contabiliza as vítimas desde a sexta-feira da semana passada. Apenas nas últimas 24 horas, 38 pessoas morreram por hipotermia

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Ucrianianos usam fogueira para aliviar o frio em Kiev

Na manhã desta sexta, as autoridades haviam disponibilizado cerca de três mil espaços com calefação para que os cidadãos possam fugir do frio. "Estamos em uma situação difícil. As pessoas estão passando mal", declarou à imprensa o primeiro-ministro ucraniano, Nikolai Azarov.

O premiê explicou que as condições climáticas atuais obrigaram o país a aumentar seu consumo de gás natural e eletricidade. "Em só três dias queimamos 1 bilhão de metros cúbicos de gás. Nunca havíamos tido essa despesa colossal", detalhou Azarov.

As regiões mais afetadas pela onda polar são as da parte ocidental da Ucrânia, junto à fronteira com a Polônia, onde a temperatura mínima durante a madrugada foi de -29°C. Na capital ucraniana, Kiev, no centro do país, a menor temperatura foi de -28°C.

Diante da gravidade da situação, o Ministério da Saúde proibiu os hospitais de darem alta aos pacientes desabrigados enquanto as condições climáticas permanecerem desta forma.

Segundo as previsões, a onda de frio se manterá até o final de semana, quando as temperaturas subirão a até -10°C, o que é mais comum para esta época do ano.

http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 0870,0.htm
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Re: Artigos relacionados com o ambiente

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Ibama aplicará multa de R$ 50 milhões à Petrobrás por vazamento em pré-sal
Justificativa do valor - o máximo previsto na lei - será o lançamento de óleo ao mar

01 de fevereiro de 2012

RIO - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multará a Petrobrás em R$ 50 milhões pelo vazamento de petróleo ocorrido na terça-feira, 31, na Bacia de Santos, a 250 km de Ilhabela, litoral de São Paulo. Foi o primeiro vazamento importante registrado na exploração da camada pré-sal.

A decisão de multar a Petrobrás foi tomada pelo valor máximo previsto na lei brasileira, segundo apurou o Estado. A justificativa será o lançamento de petróleo ao mar. Outras multas podem ser aplicadas conforme as investigações sobre as responsabilidades forem concluídas.

Na quarta-feira, 1, o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, minimizou o vazamento. “Isso não tem nada a ver com o pré-sal. O pré-sal é o que está abaixo do fundo do mar - e isso está absolutamente sob controle. O que está entre o fundo do mar e a superfície, um tubo, foi que se rompeu, por razões físicas que estão sendo investigadas.” O Ministério Público Federal em São José dos Campos instaurou ontem inquérito civil público para apurar as causas do vazamento.

A Marinha enviou uma embarcação e fez ontem sobrevoo sobre a região do campo de Carioca Nordeste, de onde teriam vazado na terça-feira 25,5 mil litros de petróleo, o equivalente a 160 barris. Em nota, a Marinha informou que “foram avistadas manchas dispersas, em uma área aproximada de 70 km², compostas de uma fina camada de óleo”. A mancha “se desloca para o sudoeste”, o que confirmaria a “baixa possibilidade de o óleo alcançar o continente”.

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) também deve autuar a Petrobrás pelo vazamento. Profissionais da agência participaram dos sobrevoos.

A empresa estatal poderá recorrer tanto da multa do Ibama quanto das autuações da ANP. A petroleira não quis comentar a possibilidade de vir a ser punida pelo acidente em Carioca Norte, supostamente provocado pelo rompimento de um duto (coluna de produção, no jargão da indústria do petróleo) que ligava o subsolo marinho ao navio-plataforma Dynamic Producer. A produção no poço está suspensa.

Em nota, a Petrobrás informou que “a modelagem das correntes marítimas indica que o óleo não chegará à costa” e que “não há mais vazamento”. Com o rompimento da coluna, diz o comunicado, “o sistema de segurança fechou automaticamente o poço, que parou de produzir”.

A Petrobrás informou estar empregando cinco embarcações, sendo três recolhedoras de óleo. As outras duas fazem a dispersão mecânica do restante do petróleo. “Com o trabalho de contenção, a Petrobrás está tomando todas as providências para que o óleo vazado não cause prejuízo à vida marinha”, diz a companhia no comunicado.

Governo de SP. Na quarta-feira, os secretários estaduais do Meio Ambiente, Bruno Covas, e de Energia, José Aníbal - pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de São Paulo - foram designados pelo governador Geraldo Alckmin para dar esclarecimentos sobre o vazamento. Os dois destilaram críticas ao governo federal, especialmente ao Ibama e à Petrobrás.

Covas destacou que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) havia feito ressalvas quanto à insuficiência do plano emergencial de contenção de acidentes apresentado pela Petrobrás para a exploração do pré-sal na Bacia de Santos. Um parecer técnico emitido em agosto de 2011, quando a estatal entregou documentos para o licenciamento ambiental, indicava 13 deficiências. Itens de segurança, como contenção de óleo derramado e proteção da fauna marinha e áreas sensíveis a vazamentos, seriam atendidos “apenas parcialmente”, por falta de detalhamento no texto.

A Cetesb, porém, não fez objeção à continuidade do licenciamento; só recomendou que o conteúdo do Plano de Emergência Individual fosse adequado às exigências do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). A Petrobrás deveria informar o que dizia constar em um Plano de Emergência para Vazamento de Óleo não entregue à Cetesb. Na quarta-feira, Covas isentou a companhia. “O licenciamento foi feito pelo Ibama, não por São Paulo.” O Ibama não se pronunciou. / FELIPE FRAZÃO e TIAGO DÉCIMO

http://www.estadao.com.br/noticias/vida ... 0180,0.htm
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