Jorge, acredita que algumas das vantagens que tu enumeras, também eu já considerei vantagens, e devem haver posts a confirmar isso, no entanto hoje a minha opinião é diferente, talvez devido a ter testado outro tipo de tecnologia e verificar as vantagens e desvantagens.
Tenho uma vectrix á ano e meio, já testei a Zero, e uma grande surpresa foi a Oxygen/Lepton que é (ou era) uma empresa italiana que fabricava estas scooters:
Digo surpresa devido ás suas características muito simples e até fracas em termos de potência, mas surpreendeu-me pela positiva, em termos de performance, conforto (principalmente) e robustez.
http://www.woodlandrd.com/oxygen/
http://www.evfinder.com/lepton.htm
A que tive em mãos, trazia um pack de baterias de zinco, já todas esgotadas por falta de carga à alguns anos, segundo soube, foram scooters que a edp comprou para serem usadas pelos "contadores da luz", entretanto algumas delas foram adquiridas por trabalhadores, e esta foi comprada a uma dessas pessoas. Como a pessoa queria verificar se estava tudo bem,coloquei as baterias de chumbo da bereco 2500, ela trabalha a 48v, e encontramos uma avaria no carregador, foi resolvida e pronto, está a andar. Levou uma manutenção na caixa da transmissão, apesar de ter uma correia dentada com desmultiplicação, depois ainda tem mais uma caixa redutora antes da roda. Trocar pneu é como nas a gasolina, saca porca e sai jante.
Tem um motor brushless de 1.8 kw, , em termos de performance, arranque e disponibilidade é superior ao que encontramos na maioria as scooters de origem chinesa com 3000w, tem 2 modos, económico e normal, e até no económico com baterias de chumbo, envergonhou a bereco 2500w com 56 volts de a123. Tem regenerativa e só perde em relação à vectrix por não ser proporcional, mas tem um modo de funcionamento muito especial.
O punho é um regulador de velocidade, ou seja, aceleramos e ela mete potência, desaceleramos um pouco e ela trava até à velocidade proporcional ao controlo do punho, desvantagem; largamos o punho e cuidado com a queda. Sim, digo queda, porque ela a travar é algo incrível, pelo menos se tiver no modo económico, penso que só nas descidas da Madeira é que seria necessário usar os travões de tambor, que apesar de bons travões de tambor, raramente são usados.
Surpreendeu-me pelo positiva em termos de conforto, silenciosa, rápida, a regenerar é muito suave, e muito precisa , coisa que só é possível com um motor rotativo. O motor é relativamente pequeno, em termos de rotação deverá andar pelos 2800 rpms, era o que tinha na etiqueta. Está colocado no quadro da mota, colocado de modo a que o braço oscilante seja o suporte da correia da transmissão. Como o peso não suspenso é baixo, jante+pneu+transmissão, a sua suspensão é muito confortável.
Fica aqui um pequeno review desta scooter que me surpreendeu pela positiva, mas que infelizmente parece ter desaparecido.
EDIT: Faltou dizer que em termos de eletrónica (aquele bloco à direita da scooter) contem tudo, controlador, carregador e dc/dc, é Sr da robustez, com mosfets em formato de bloco e tudo muito bem dimensionado, até demais, a avaria que tinha era apenas de ter levado com um pico de tensão, provavelmente de trovoada, e rebentou com as proteções de entrada do carregador.