testes e medidas
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testes e medidas
destina-se este tópico a partilharmos aqui os conhecimentosque formos adquirindo acerca dos nossos carros, nomeadamente os testes e medições que formos efectuando. pede-se que sejam o mais rigorosos que puderem e que relatem sempre as condições do teste para os restantes membros poderem aferir desse rigor.
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o que adiante se relata refere-se a um mb 190 d de 86, um sonho de carro para qquem quer queimar ov. a configuração do sistema de combustivel deste carro é muito particular. está equipado com uma bi bosch em linha sendo alimentada por uma bomba de transferencia mecânica de elevado débito. o retorno dos injectores e da bi, entronca no topo do filtro e daqui sai também o retorno para o tanque. o efeito desta configuração é uma elevada eficácia na purga de ar, tanto no filtro, como no resto do circuito. pode também acontecer que haja algum ganho de energia termica no retorno, não sei ainda.
como vou realizar uma ligação do retorno ao circuito de admissão para aferir e quantificar os ganhos termicos desta ligação, realizei hoje uma medição da evolução da temperatura num circuito de estrada de 100 km
e aqui vão as medições:
t inicial do teste, antes de ligar o carro: 18,2º
ralenti de 15' - 24,5º
a temperatura demora 15' a subir até aos 30º, depois vai subindo muito lentamente até aos 40º.
com o carro parado, sobe mais, mas essa medição jã não interessa.
amanhã, medir a evolução da temperatura na bomba de injecção.
como vou realizar uma ligação do retorno ao circuito de admissão para aferir e quantificar os ganhos termicos desta ligação, realizei hoje uma medição da evolução da temperatura num circuito de estrada de 100 km
e aqui vão as medições:
t inicial do teste, antes de ligar o carro: 18,2º
ralenti de 15' - 24,5º
a temperatura demora 15' a subir até aos 30º, depois vai subindo muito lentamente até aos 40º.
com o carro parado, sobe mais, mas essa medição jã não interessa.
amanhã, medir a evolução da temperatura na bomba de injecção.
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manuelcar,
sei que utilizou o ralenti de 15 minutos (aqui no brasil chamamos ralenti de marcha-lenta...) provavelmente só para o teste, porém creio que é interessante informar que os automóveis não devem ser deixados no ralenti por muito tempo; quando dá-se a partida, em breve deve-se colocá-lo em marcha, sem muita aceleração, no sentido de não desgastar rolamentos da caixa de câmbio e causar folgas nas bronzinas do motor. por aqui tínhamos a impressão de que deveríamos aquecer o carro uns 5 a 10 minutos antes de sair com o mesmo, porém estudos demonstraram ser este procedimento danoso para o motor e câmbio.
falo sobre aquecer principalmente no inverno, há três anos mudei-me para o mato grosso, aqui a temperatura durante o dia dificilmente diminui de 33ºc, mas em curitiba, cidade onde eu morava anteriormente, eram normais geadas durante o inverno.... (que saudades do frio....)
sei que utilizou o ralenti de 15 minutos (aqui no brasil chamamos ralenti de marcha-lenta...) provavelmente só para o teste, porém creio que é interessante informar que os automóveis não devem ser deixados no ralenti por muito tempo; quando dá-se a partida, em breve deve-se colocá-lo em marcha, sem muita aceleração, no sentido de não desgastar rolamentos da caixa de câmbio e causar folgas nas bronzinas do motor. por aqui tínhamos a impressão de que deveríamos aquecer o carro uns 5 a 10 minutos antes de sair com o mesmo, porém estudos demonstraram ser este procedimento danoso para o motor e câmbio.
falo sobre aquecer principalmente no inverno, há três anos mudei-me para o mato grosso, aqui a temperatura durante o dia dificilmente diminui de 33ºc, mas em curitiba, cidade onde eu morava anteriormente, eram normais geadas durante o inverno.... (que saudades do frio....)
Forte abraço a todos além-mar
ANCCO
ANCCO
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teste nº 2 -
sonda colocada na ligação entre o tubo e o injector. tal como no teste anterior a sonda é fixada envolvendo com fita de aluminio e coberta com espuma isolante.
t inicial 13,2º
vai subindo progressivamente até aos 50º e por aqui se fixa
quando o carro para a energia acumula-se subindo até aos 74º.
voltando a arrancar decresce até à temperatura de funcionamento que é de 50º.
o percurso que fiz é o que faço todos os dias, 22km, sendo o primeiro em estrada de terra, em 2ª e depois a 80, 90º. percurso essencialmente plano.
sonda colocada na ligação entre o tubo e o injector. tal como no teste anterior a sonda é fixada envolvendo com fita de aluminio e coberta com espuma isolante.
t inicial 13,2º
vai subindo progressivamente até aos 50º e por aqui se fixa
quando o carro para a energia acumula-se subindo até aos 74º.
voltando a arrancar decresce até à temperatura de funcionamento que é de 50º.
o percurso que fiz é o que faço todos os dias, 22km, sendo o primeiro em estrada de terra, em 2ª e depois a 80, 90º. percurso essencialmente plano.
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Testes e medidas
o ancco tem razão ao referir que ter um motor demasiado tempo ao ralenti é prejudicial.
três vezes e para três coisas: motor, ambiente e carteira.
para o motor porque a "pancadadria" e a baixa lubricidade do óleo provoca vibrações e desgaste. para o ambiente, porque os combustíveis são mal queimados e expelidos em estado muito mais venenoso.
para a carteira, pelo motivo dos danos ao motor e pelo combustível queimado sem utilidade na movimentação.
antes da crise petrolífera de 1973, era comum deixarem-se motores a tarbalhar um bom pedaço para aquecer, porque se pensava que só devia arrancar com o motor quente.
na alemanha, a partir dessa altura passou a ser proibido fazer "aquecimentos" com o carro parado por dois motivos:
poupar combustível e poupar o ambiente.
é verdade ou não que um carro aquece mais depressa, acelerado e em esforço de tracção, em que não tem vibrações altas, do que quando está a trabalhar em baixa rotação?
saudações a todos,
captain
três vezes e para três coisas: motor, ambiente e carteira.
para o motor porque a "pancadadria" e a baixa lubricidade do óleo provoca vibrações e desgaste. para o ambiente, porque os combustíveis são mal queimados e expelidos em estado muito mais venenoso.
para a carteira, pelo motivo dos danos ao motor e pelo combustível queimado sem utilidade na movimentação.
antes da crise petrolífera de 1973, era comum deixarem-se motores a tarbalhar um bom pedaço para aquecer, porque se pensava que só devia arrancar com o motor quente.
na alemanha, a partir dessa altura passou a ser proibido fazer "aquecimentos" com o carro parado por dois motivos:
poupar combustível e poupar o ambiente.
é verdade ou não que um carro aquece mais depressa, acelerado e em esforço de tracção, em que não tem vibrações altas, do que quando está a trabalhar em baixa rotação?
saudações a todos,
captain
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concordo, o motor aquece melhor com o carro a andar.
quanto às temperaturas, anda perto daquilo que eu medi no meu land rover.
a temperatura junto do injector sobe por permuta do calor através do mesmo e por haver pouco débito. ao acelerar, o débito sobe e arrefece o tubo aquecido via ligação ao injector.
quanto às temperaturas, anda perto daquilo que eu medi no meu land rover.
a temperatura junto do injector sobe por permuta do calor através do mesmo e por haver pouco débito. ao acelerar, o débito sobe e arrefece o tubo aquecido via ligação ao injector.
Um abraço
Hynek
Associado n.º 8 da
Associação NovaEnergia.net
Hynek
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temperatura medida à saída da bomba realizada, as condições foram iguais e os resultados também. ainda é cedo para tirar conclusões, mas parece-me que é o fluxo de combustivel na bomba de injecção que arrefece a bomba e impede a subida da temperatura, uma vez que com o carro parado a temperatura sobe para os 60º. não é de descartar, como referi, que pode ser o efeito do tunel de vento dentro do compartimento do motor. se fôr o fluxo de combustivel, a aducção do retorno devefazer uma boa diferença, tanto na rapidez de subida, como na temperatura de funcionamento. estou a fabricar uma peça que me vai permitir aduzir o retorno ou voltar à configuração normal conforme necessario. recordo que o meu motor não tem bomba de purga manual.
vou publicar aqui um desenho.
vou publicar aqui um desenho.
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aqui vai o esquema:

o funcionamento é simples, quando a valvula está fechada, o fluxo de retorno vai para o deposito. quando aberta (espera-se que) a depressão causada pela bomba de transferencia chupa o retorno mais quente, preferencialmente ao oleo mais frio que vem do deposito. nestas circunstancias ambos os tubos fornecem o pequeno fluxo necessário tornando desnecessário substituir as mangueiras por outras de maior diâmetro.
parte-se do principio (ainda não confirmado) que o tubo de retorno vai para o fundo do depósito, caso contrário será necessário colocar uma valvula de retenção em a.
para maiores percentagens de ov, será colocada uma electrovalvula a montante, e um permutador a jusante deste dispositivo. para efeitos de purga rápida de ov, no circuito, a valvula manual será substituida por uma electrovalvula simples.
dada a escassez de lojas aqui nas redondezas, estou a fabricar o dispositivo usando materiais do gás, rega, e construção civil (depois publico foto e descrição, se funcionar.)

o funcionamento é simples, quando a valvula está fechada, o fluxo de retorno vai para o deposito. quando aberta (espera-se que) a depressão causada pela bomba de transferencia chupa o retorno mais quente, preferencialmente ao oleo mais frio que vem do deposito. nestas circunstancias ambos os tubos fornecem o pequeno fluxo necessário tornando desnecessário substituir as mangueiras por outras de maior diâmetro.
parte-se do principio (ainda não confirmado) que o tubo de retorno vai para o fundo do depósito, caso contrário será necessário colocar uma valvula de retenção em a.
para maiores percentagens de ov, será colocada uma electrovalvula a montante, e um permutador a jusante deste dispositivo. para efeitos de purga rápida de ov, no circuito, a valvula manual será substituida por uma electrovalvula simples.
dada a escassez de lojas aqui nas redondezas, estou a fabricar o dispositivo usando materiais do gás, rega, e construção civil (depois publico foto e descrição, se funcionar.)
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verifique o tubo de retenção (a soprar ou chupar no tubo), se chupares ar, tens de meter válvula que impede isso.
o material que mencionaste (gás....) é só temporário, para experimentar, certo? senão, ao longo prazo, dá problemas.
o material que mencionaste (gás....) é só temporário, para experimentar, certo? senão, ao longo prazo, dá problemas.
Última edição por hynek em segunda dez 04, 2006 11:42 pm, editado 1 vez no total.
Um abraço
Hynek
Associado n.º 8 da
Associação NovaEnergia.net
Hynek
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novo teste realizado. temperatura medida na tampa da cabeça.
de manhã - 14,6º
ao fim de 6 km - 46º
ao fim de 15 km-56º
ao fim de 20km -60º
quando o carro está parado sobe ligeiramente aos 67º
a razão porque coloquei uma sonda neste local é porque pretendo colocar aqui próximo um permutador térmico por contacto, também me dá uma ideia melhor da evolução das temperaturas de funcionamento para poder aferir do melhor momento para comutar, num kit de dois tanques, como pretendo implementar. de qualquer forma as distancias e tempos são insuficientes para conclusões definitivas.
de manhã - 14,6º
ao fim de 6 km - 46º
ao fim de 15 km-56º
ao fim de 20km -60º
quando o carro está parado sobe ligeiramente aos 67º
a razão porque coloquei uma sonda neste local é porque pretendo colocar aqui próximo um permutador térmico por contacto, também me dá uma ideia melhor da evolução das temperaturas de funcionamento para poder aferir do melhor momento para comutar, num kit de dois tanques, como pretendo implementar. de qualquer forma as distancias e tempos são insuficientes para conclusões definitivas.
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como prometido, aqui fica uma foto da peça que realizei. por forma a evitar a proliferação de peças de latão, e na ausencia de uma valvula com os diâmetro requerido, optei por colar as duas estrelas de latão nas roscas das valvulas. a colagem foi feita com epoxy, a melhor resina que deus criou


Última edição por manuelcar em terça dez 05, 2006 10:06 pm, editado 2 vezes no total.
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