O caminho mais promissor para uma eco cidade na China, a 140 Km a sudeste de Pequim, é constituído por um terreno de turbinas eólicas, linhas de abundantes plantações, valas de águas pluviais e uma garagem enfeitada com painéis solares. É assim o futuro – e é assim a eco cidade de Tianjin.
Este projecto, que resulta numa aventura conjunta com o governo de Singapura, vai ocupar 30 Km2 numa zona litoral e albergar 350 mil habitantes. Os seus principais indicadores de desempenho incluem edifícios energeticamente eficientes para uma redução drástica das emissões de CO2, reciclagem de resíduos e águas e 90% de “viagens verdes” por meio de caminhadas, ciclismo, veículos eléctricos e carros alimentados por energias renováveis.
Escolas, um estúdio de animação, parques e trilhos pedestres, áreas residenciais – tudo isto vai existir nesta cidade digitalizada, capaz de medir o consumo de energia, bem como facilitar a preparação para a possibilidade de desastres naturais, avança o The Atlantic Cities.
A China, com os seus de 1,3 mil milhões de habitantes, está a ser urbanizada a um ritmo vertiginoso, alimentado pelo crescimento económico que afasta milhões de pessoas da pobreza rural. Grandes cidades como Pequim, Xangai e Guangzhou têm mais de 20 milhões de pessoas – e continuam a aumentar.
A urbanização na China fica marcada por estradas entupidas de carros recém-comprados, níveis altíssimos de poluição e habitações em arranha-céus longe dos transportes públicos. As eco cidades são uma urgência neste cenário.
O desafio aumenta diariamente – as grandes cidades estão a crescer, mas também estão sob um enorme stress. O caminho está certamente num desenvolvimento inteligente, optimista e ecológico. E é aqui que as eco cidades, talvez de uma forma mais incremental, aos poucos, se podem realmente tornar numa norma.
Fonte: Greensavers.pt