trata-se de uma estrutura em vidro e aço no interior da qual vive um conjunto de 45 robots, distintos na sua morfologia, comportamento e forma de conseguir energia. a maioria é alimentada por pequenos painéis solares colocados na parte superior do corpo. estão por isso activos durante o dia e em descanso à noite ou quando existe fraca intensidade de luz. a sua capacidade de interacção com o ambiente é limitada, afastando-se dos obstáculos ou, nalguns casos, procurando o lugar onde existe maior incidência luminosa. os robots de maior dimensão são fixos ao solo ou à parte superior da estrutura, recebendo aí a corrente eléctrica que necessitam para a sua acção. embora estas espécies tenham uma mobilidade limitada têm no entanto uma maior e, acima de tudo, uma permanente capacidade de interacção com os visitantes do robotarium. quando detectam movimento no exterior realizam a sua 'performance', uns abrindo-se de forma vistosa, outros seguindo a deslocação dos visitantes ou ainda, no caso dos suspensos, descendo e subindo conforme o seu comportamento mais tímido ou agressivo.
a estrutura do robotarium tem uma forma bastante peculiar baseada num dos chamados 'sólidos de johnson' e que dá pelo bonito nome de 'bilunabirotunda'. foi construída em aço e vidro, sendo este à prova de vandalismo dada a curiosidade e vontade de posse que os robots possam suscitar.
o robotarium constitui um novo tipo de obra de arte, em que a colaboração entre homem e máquinas produz uma situação criativa totalmente original. serve ainda de estímulo positivo para os mais jovens que através desta obra poderão ser motivados para o fascinante mundo da arte, da ciência e da tecnologia. no fundo trata-se de uma espécie de 'zoo' onde a vida natural é substituida por formas de vida artificial dotadas de uma, ainda que muito diminuta inteligência e variedade comportamental. ao invés da tristeza que é o enclausuramento de animais, o robotarium cria um espaço que satisfaz tanto os robots, que de outra forma não teriam existência real, quanto os visitantes pelo seu aspecto lúdico e de estímulo ao conhecimento.
o robotarium é um projecto de arte e ciência do artista plástico leonel moura, com implementação de robótica da idmind e apoio da câmara municipal de vila franca de xira. pode ser visitado em qualquer momento mas aconselha-se naturalmente os dias com bastante sol e em que a agitação destas pequenas criaturas é mais acentuada.




os robots
acrorhinomorpho


dupla de robots que perseguem a luz solar e são dotados de uma espécie de quilha com exuberantes pelos. detectam e afastam-se de obstáculos.
araneax

o maior dos robots do robotarium exibidos em dois exemplares. preto com um conjunto de sete pernas peludas tem uma forma que simula uma aranha de modo a assustar quem dele se aproxima. bastante agressivo e muito cioso do seu território vive pendurado na estrutura e baixa rapidamente assim que detecta o menor movimento.
bilurosequor


casal de robots que se move serpenteando. cegos mudam de trajectória quando encontram um obstáculo mas exceptuando esse facto não interagem com o ambiente. são providos de cornos decorativos e sem qualquer função para além disso.
bucinaderm


espécie pesada e lenta tem o corpo em forma de concha e uma penugem que varia em cada indivíduo.
cerahetero


outro casal de robots providos de vários cornos assimétricos e cuja utilidade é meramente exibicionista. com uma vida muito monótona prestam pouca atenção ao que os rodeia.
cursovigilo

grupo de sete robots vigilantes e muito curiosos a tudo o que se passa à sua volta. seguem o movimento de qualquer pessoa que se aproxime do vidro.
pendeopseudosaurus


espécie com grandes diferenças morfológicas entre os indivíduos. muito preguiçosos necessitam de muita energia para se moverem. evitam obstáculos.
procedofrons


única espécie com um corpo articulado suportado numa carapaça peluda e uma cabeça que avança e se retrai quando caminha.
protopedis


robots com seis pés deslocam-se de forma caricata. possuem sensores para detectar a origem da luz e procuram caminhar nessa direcção. contudo o seu modo de deslocação dificulta bastante a tarefa e por vezes ficam encalhados no menor obstáculo.
reptumpacatus


dupla com baixa capacidade de acumulação de energia e por isso lentos e pacatos. bastante primitivos e sem grandes atractivos morfológicos, de cores preta e cinzenta, são apesar disso sensíveis a obstáculos e ao contacto com os outros robots que evitam. deslocam-se de forma algo desajeitada.
robotapondera


dotados de olhos procuram o sol de forma a acumularem o máximo de energia. evitam obstáculos e afastam-se rapidamente dos outros robots.
superinflatus


exemplar único de média dimensão tem um comportamento muito peculiar. só abre as pétalas quando no exterior se concentra um número elevado de visitantes. é por isso um exibicionista que precisa de muito público.
techmuris


com aspecto de um rato têm a única capacidade de se afastarem de obstáculos. movem-se de forma bastante deselegante.
zoid


os mais pequenos dos habitantes do robotarium. extremamente primitivos precisam de luz directa solar para ganharem vida. então abanam a pequena cauda e deslocam-se aleatoriamente. na sombra ficam impossibilitados de qualquer reacção até que outro robô maior
mais informações em http://www.lxxl.pt/index_pt.html
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