Activistas destroem um hectare de milho transgénico

Para assuntos relacionados com o meio ambiente que não tenham nenhuma relação com energias.

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luimio
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Activistas destroem um hectare de milho transgénico

Mensagem por luimio »

activistas destroem um hectare de milho transgénico em silves
Imagem
17.08.2007
lusa


cem activistas contra os organismos geneticamente modificados destruíram hoje um hectare de milho transgénico cultivado numa herdade em silves, no algarve.

o proprietário da herdade da lameira, joão menezes, 56 anos, disse à lusa sentir "revolta" ao ver o seu terreno vandalizado.

"é disto que os meus filhos e mulher vivem. é a única fonte de rendimento. se ceifarem este milho, eu morro à fome. alguém tem de pagar este prejuízo", disse o agricultor, garantindo que tudo está legal e que a propriedade foi vistoriada pelo ministério da agricultura.

luís grifo, engenheiro técnico responsável pela cultura daquele milho, afirmou-se "repugnado" com a acção dos ambientalistas e garantiu que a seara foi vistoriada pela direcção-geral da protecção das culturas.

"isto só se sabe que é milho transgénico que está aqui plantado porque foram cumpridas todas as regras de notificações e avisados os vizinhos", disse à lusa luís grifo.

o engenheiro referiu que portugal "produz milho apenas para três meses por ano", assegurando que, no resto do ano, o milho é importado e 90 por cento é transgénico.

activistas foram expulsos pela gnr
os cem activistas portugueses e estrangeiros foram expulsos do terreno pela guarda nacional republicana (gnr) e pelo proprietário, enquanto gritavam "não aos ogm!" (organismos geneticamente modificados).

durante a acção, os activistas tinham as caras tapadas com panos, para, segundo eles, apenas se protegerem do pólen transgénico.

após terem saído do terreno, pelas 13h00, marcharam em direcção à aldeia de poço barreto, numa acção de sensibilização da população contra os transgénicos, estando a ser acompanhados pela gnr.

os activistas mostraram cartazes, onde se podia ler "transgénicos, perigo, contaminação" ou "algarve sem transgénicos".

a acção foi promovida pela associação ambientalista verde eufémia, tendo contado com a adesão de alguma população local e agricultores biológicos que discordam dos ogm.

bruno martins, uma das pessoas que assistiu à acção de protesto, considerou ser "errado defender assim uma causa".

"isto não é para ser discutido na praça pública. tem de ser no ministério da agricultura e no governo. é uma acção errada. nem sabem defender uma causa porque vêm para aqui fumar e com telemóveis", disse à lusa.

"é disto que os meus filhos e mulher vivem. é a única fonte de rendimento. se ceifarem este milho, eu morro à fome", diz o proprietário


http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1302474

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hynek
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Mensagem por hynek »

é triste assistir ao vandalismo deste tipo........
Um abraço
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luimio
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Mensagem por luimio »

hynek Escreveu:é triste assistir ao vandalismo deste tipo........
eu não sou muito apologista dos transgénicos, mas nunca faria um acto destes! temos voz, autoridades e outros meis de protestar.
nunca o vandalismo


Biod
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Mensagem por Biod »

ja viste o milho original? é muito mais pequeno

o actual ja foi modificado geneticamente á varios anos.

este ate era apenas para consumo animal


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luimio
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Mensagem por luimio »

biod Escreveu:ja viste o milho original? é muito mais pequeno

o actual ja foi modificado geneticamente á varios anos.

este ate era apenas para consumo animal
modificado pela selecção artificial, não foram injectados genes provenientes de outro ser, num laboratório.
não são sementes (genes) patenteadas por uma empresa ou marca de um pais desenvolvido.
ao contrario do que muita gente pensava, não serviram para matar a fome no mundo. antes pelo contrário....
serviram para acentuar ainda mais a desigualdades entre os países desenvolvidos e o em vias de desenvolvimento. serviram ainda para criar guerras comerciais, prejudicar ao ambiente, reduzir a biodiversidade e desenvolver alimentos em que não se sabe se são ou não tóxicos..


gosto muito de biotecnologia, por isso preferi estudar bioquímica, sou a favor da manipulação genética, e até sou a favor do cultivo das sementes transgénicas, mas não acho que tenham sido bem usadas até aos dias de hoje.

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hynek
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Mensagem por hynek »

luimio Escreveu:
não são sementes (genes) patenteadas por uma empresa ou marca de um pais desenvolvido.
ao contrario do que muita gente pensava, não serviram para matar a fome no mundo. antes pelo contrário....
serviram para acentuar ainda mais a desigualdades entre os países desenvolvidos e o em vias de desenvolvimento. serviram ainda para criar guerras comerciais, prejudicar ao ambiente, reduzir a biodiversidade e desenvolver alimentos em que não se sabe se são ou não tóxicos..
o maior problema dos países em desenvolvimento é ganância e incompetência dos seus governantes. se um país não se desenvolve isso não significa que outros tem de ficar parados à espera destes.....
o tomate já está geneticamente modificado uns 20 anos, alguém deu por isso?.....
os que mais pregam liberté, egalité, fraternité são os que mais protegem os seus agricultores, mais subsidiam agricultura e opõem-se à importação dos produtos de outros países. esta é uma das razões porque alguns países tem dificuldade de se desenvolver. não conseguem escoar os seus produtos.
etc........
Um abraço
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preis205
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Vandalismo

Mensagem por preis205 »

exmos colegas,

o assunto abordado refere-se a actos de vandalismo puro, que nada tem a ver (em minha opinião) com discussões biológicas, políticas, económicas ou sociais.

ora ao vandalismo aplica-se a justiça (mesmo que em portugal esta seja muito discutível).

se eu fosse o dono do terreno, provavelmente teria-lhes mandado uns balázios durante o acto ...

cumps

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hynek
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Re: Vandalismo

Mensagem por hynek »

preis205 Escreveu:exmos colegas,

o assunto abordado refere-se a actos de vandalismo puro, que nada tem a ver (em minha opinião) com discussões biológicas, políticas, económicas ou sociais.

ora ao vandalismo aplica-se a justiça (mesmo que em portugal esta seja muito discutível).

se eu fosse o dono do terreno, provavelmente teria-lhes mandado uns balázios durante o acto ...

cumps

preis
concordo plenamente......

só não percebo porque a gnr só conseguiu identificar 6 destes assaltantes....
Um abraço
Hynek
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orbis
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Mensagem por orbis »

por aquilo que vi na tv, parece-me que esses gajos eram em grande parte putos irresponsáveis que descobriram há pouco tempo que as vacas não dão o leite empacotado. se eu fosse o dono do terreno podem crer que tinham levado chumbo. os fins não justificam os meios.


Fry
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Mensagem por Fry »

a questão dos organismos geneticamente modificados


a vida e saúde da nossa espécie e de todas as outras com quem partilhamos o planeta dependem de uma complexa rede de inter-relações ecológicas em grande medida desconhecidas. qualquer intervenção que possa pôr em causa esse equilíbrio dinâmico, como a libertação no ambiente de organismos geneticamente modificados (ogm), deve pois ser objecto de análise prévia detalhada e sujeita às regras da democracia participativa. a comunidade científica neste momento está longe de ter demonstrado a segurança ou sequer a necessidade dos ogm, verificando-se grande controvérsia entre pares até na definição dos limites do risco envolvido. os transgenes não podem ser retomados uma vez libertos na natureza, mesmo se algo correr mal, pelo que todos os cuidados pecarão sempre por defeito.


assim, entendemos que:

- a preservação da diversidade planetária, tanto biológica como genética, é um direito inalienável das gerações futuras;
- o princípio da precaução tem de informar todas as decisões políticas;
- as autorizações já atribuídas pela união europeia para circulação e cultivo comercial de ogm devem ser suspensas e posteriormente reavaliadas;
- todas as libertações experimentais devem ser adiadas até à realização de ensaios de longo prazo em laboratório, em estufa e em 'ar livre simulado' que estabeleçam o impacto ecológico potencial de cada ogm para cada tipologia edafoclimática;
- nenhuma autorização futura deverá ser atribuída a ogm que, através de polinização cruzada com variedades convencionais ou outras formas de poluição genética, ponham em risco as opções agrícolas daqueles que não pretendem cultivar ogm ou as opções alimentares dos que não pretendam consumi-los;
- deve ser financiada a investigação em termos dos eventuais impactos dos ogm na saúde, no ambiente, na economia, na sociedade, na agricultura e no terceiro mundo de modo a garantir a idoneidade dos resultados, e tal deve preceder qualquer autorização;
- tem de ser estudado o papel hegemónico que as empresas de biotecnologia estão a assumir no sistema agro-alimentar, particularmente no que concerne o direito do agricultor a guardar semente, preservação e disponibilização de sementes de variedades convencionais e tradicionais, e auto-suficiência local;
- tem de ser claramente atribuída a responsabilidade legal de risco no caso de um desastre ecológico causado por ogm;
- os genes e outros blocos da vida celular não foram inventados pelos investigadores e como tal não devem poder ser objecto de patente;
- os princípios do comércio livre devem subordinar-se aos princípios de segurança em matéria de ambiente e de saúde e não devem constituir pretexto para os desrespeitar.


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pretenderpt
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Mensagem por pretenderpt »

independentemente da questão dos ogm convem lembrar que ele ja se descaiu que aqela produção e paga pelo governo portugues ha varios anos! dai a ida apressada do sr ministro...
isto e que eu acho uma palhaçada!!
que plantem os ogm para fazer raçoes ou biodiesel ou afins tudo bem mas ao menos que façam as coisas pelas claras e com o conhecimento de toda a gente!
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luimio
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Verde Eufémia diz que ceifa de milho OGM quis “evitar um mal

Mensagem por luimio »

verde eufémia diz que ceifa de milho ogm quis “evitar um mal maior”
20.08.2007
helena geraldes


a destruição de cerca de um hectare de milho transgénico sexta-feira na herdade da lameira, silves, teve o objectivo de “evitar um mal maior”, comentou hoje o porta-voz do verde eufémia, que se assume como um movimento de cidadãos e lamenta a supremacia dada ao aspecto criminal da acção, em detrimento de um “verdadeiro debate” sobre ogm.

gualter baptista, porta-voz indicado mas que não faz parte do movimento nem participou na acção, explicou ao publico.pt que no protesto participaram entre 130 e 140 cidadãos que se mobilizaram contra o cultivo de organismos geneticamente modificados (ogm), numa estratégia de acção directa e desobediência civil.

“a acção consistiu na ceifa de menos de um hectare de milho, num total de 51 hectares, e numa parada desde poço barreto até ao campo de milho”. além disso, o movimento ofereceu ao agricultor em causa milho biológico suficiente para reconverter os 51 hectares em agricultura biológica. “a proposta continua em cima da mesa”, disse.

o porta-voz garantiu que “o protesto não foi contra o agricultor em particular”.

o movimento nega, em comunicado enviado ao publico.pt, “categoricamente que qualquer violência física tenha sido aplicada por qualquer dos activistas” e elogia a “forma adequada como a autoridade actuou à chegada ao local depois da ceifa e de se deparar com os activistas saindo do campo por sua própria iniciativa, embora atacados fisicamente pelos agricultores”.

“no nosso entender, foram esgotadas todas as medidas políticas e judiciais na tentativa de defender os direitos de bem-estar, sociais e ambientais dos cidadãos, o que levou a considerarmos como única restante opção a aplicação de estratégias que vão para além das fronteiras legais. estratégias de desobediência civil tornaram-se uma ferramenta necessária para produzir mudanças adequadas”.

em 2004, a junta metropolitana declarou o algarve a primeira zona livre de transgénicos em portugal. “mesmo assim, foram introduzidos na região cultivos transgénicos por iniciativa privada de um agricultor”, escreve o movimento no comunicado.


movimento lança críticas à legislação sobre transgénicos

o verde eufémia – que, nas palavras de gualter baptista, é um “movimento de cidadãos que não tem uma estrutura” – justificou a acção com a necessidade de se “evitar um mal maior”. “as legislações nacional e comunitária não foram feitas para salvaguardar interesses fundamentais dos cidadãos”, considerou, lembrando que no espaço europeu serão 70 por cento os consumidores que disseram “não” aos transgénicos.

o porta-voz do movimento criticou o papel da comissão europeia na defesa dos interesses da indústria agro-biotecnológica e lembrou que, recentemente, bruxelas rejeitou uma petição de um milhão de cidadãos que pedia a rotulagem nos animais e produtos derivados alimentados com ração ogm.

gualter baptista lamentou ainda que a comissão tenha feito aprovar, com o voto contra do parlamento europeu, a directiva comunitária sobre a certificação de agricultura biológica, em que os produtos podem conter até 0,9 por cento de transgénicos, quando o defendido seria 0,1 por cento.

no rescaldo do protesto e perante as reacções políticas, incluindo do presidente da república, o movimento lamenta que a tónica seja colocada no “aspecto criminal” em vez de num “verdadeiro debate” sobre transgénicos.

gualter baptista sublinhou que o ministério da agricultura está em falta ao não divulgar a informação completa sobre os campos transgénicos, conforme está previsto na legislação, e ao não fazer a avaliação da contaminação dos transgénicos. segundo o porta-voz, já estão plantados em portugal quatro mil hectares de transgénicos.

“o movimento verde eufémia não é um movimento que se esconde, mas que está aberto à participação da sociedade”, garantiu gualter baptista.

in: http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1302713

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orbis
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Mensagem por orbis »

cheio de boas intenções está o inferno cheio. destruiram a plantação ao homem e depois dizem que não foi contra ele em particular...deve ter sido contra mim, querem ver.
acho que com a atitude que tiveram perderam toda a razão...e tiveram sorte. se fosse com outro, alguns teriam saído na horizontal. e a gnr sempre tão pronta a autuar, a fiscalizar e até a reprimir os cidadãos cumpridores, que fez àqueles caramelos? nada que se visse. aposto que se fosse eu que lá andasse a destruir o milho, tinha levado umas bordoadas.


Junglas
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Mensagem por Junglas »

eh pah são tão bons tão bons, mas retiraram o alimento da mesa de uma família.

se são contra os transgénicos, simples..

não comprem.

cometer actos de vandalismo é crime e quem cometeu esse crime deverá responder na barra de um tribunal, sob a mão pesada da justiça, que espero que seja bem pesada.

aqui são todos contra as lâmpadas tadicionais e não vejo ninguém a desatar a partir os blisters de lâmpadas tradicionais no meio de um hipermercado.

este tipo de atitudes enojam-me e só mostram o quão pequeninas são as mentalidades e as atitudes da grande maioria da população portuguesa. a cada dia que passa tenho mais vergonha de ser português...

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orbis
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Mensagem por orbis »

também não é preciso tomar a parte pelo todo. portugal tem imensas coisas boas que o tuga típico nem quer ouvir falar quanto mais conhecer.


Junglas
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Mensagem por Junglas »

orbis Escreveu:também não é preciso tomar a parte pelo todo. portugal tem imensas coisas boas que o tuga típico nem quer ouvir falar quanto mais conhecer.
é isto que me desagrada... é uma mentalidade com a qual não me compatibilizo. não tenho vergonha do país. tenho vergonha destas mentalidades.


preis205
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Destruiçaõ colheita

Mensagem por preis205 »

caros colegas,

o que vou vendo na imprensa e blogs é que afinal:

- a veufémia não é movimento registado
- tem um porta-voz designado pelo movimento mas ao qual não pertence (?????)
- ninguém sabe quem é a eufémia e qual a sua côr

resumindo estes gajos são daqueles que se juntam, atiram pedras às vidraças e ficam a assobiar para o ar como se nada fosse com eles.
faz-me lembrar há poucos anos um suposto arrastão sucedido na praia de carcavelos-cascais que afinal ninguém sabe se existiu... mas o magote de gajos vadios esteve lá.

no entanto toda a imprensa tratou de promover indirectamente um movimento que (supostamente) não existe, não tem dirigentes, não tem sede,...

cumps a todos

p reis


Fry
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Mensagem por Fry »

a veufémia não é movimento registado
confirma-se http://www.dgrn.mj.pt/rnpc/pesquisa/frame_pesq_rnpc.htm

não existe nenhum registo.

que palhaçada
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luimio
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Mensagem por luimio »

mais umas noticias do caso:
________________________________________________________________
apresentada prova científica definitiva
milho transgénico (ogm) em circulação causa danos à saúde

Imagem

2007/03/14 - foi apresentada pela primeira vez prova científica irrefutável do impacto na saúde de milho transgénico. trata-se da variedade mon 863(1), produzida pela monsanto (a maior multinacional de sementes transgénicas do mundo) e que foi objecto de estudo toxicológico pela própria empresa. num artigo(2) publicado ontem numa revista científica prestigiada são apresentados os resultados, dramáticos, da análise detalhada desse estudo: há alterações de crescimento e grave prejuízo para a função hepática e renal (fígado e rim) dos animais de laboratório que consumiram tal milho(3).

ainda mais grave é o facto de que o milho mon 863 está actualmente em circulação na união europeia(4), e que o estudo original da monsanto (com mais de mil páginas) foi divulgado antes da aprovação europeia ter sido atribuída. mas a autoridade europeia de segurança alimentar (aesa) não fez uma avaliação detalhada do trabalho, assumindo que as conclusões apresentadas pela empresa (de que o milho era inócuo) eram coerentes com os dados obtidos.

face aos resultados agora publicados o governo português, através da autoridade competente sediada no ministério do ambiente, tem obrigatoriamente de assumir as suas responsabilidades na área da protecção da saúde pública e tomar as seguintes medidas:

- proibir desde já a circulação de milho mon 863 em todo o território nacional, mesmo aquele que já esteja processado, embalado ou pronto a vender;
- notificar a comissão europeia para que estas medidas de emergência sejam tomadas a nível de toda a união europeia;
- solicitar com carácter de urgência a reavaliação imediata das restantes variedades de transgénicos já autorizadas para a união europeia.

a plataforma transgénicos fora do prato, lembra: "isto é o golpe final na credibilidade do sistema europeu de autorizações. se uma empresa pode dizer que está tudo bem com o seu transgénico e ninguém na aesa se dá ao trabalho de ir verificar, que outras variedades já aprovadas não terão idênticos impactos na saúde ou no ambiente? agora todos os transgénicos têm de ser considerados culpados até haver provas independentes de que são realmente inocentes."

---
(1) o milho mon 863 produz um insecticida nos seus tecidos (o cry3bb1 modificado) que mata insectos coleópteros. nos estados unidos este milho transgénico está classificado como planta pesticida visto que todas as suas células são tóxicas para os insectos - um hectare deste milho contém cerca de um quilo de substâncias venenosas.
(2) o artigo intitula-se "new analysis of a rat feeding study with a genetically modified corn reveals signs of hepatorenal toxicity", é da autoria dos cientistas franceses séralini, cellier e vendemois e está publicado na revista científica americana archives of environmental contamination and toxicology. o professor séralini, da universidade francesa de caen, pertence ao comité de biossegurança do governo francês.
(3) a análise dos dados da monsanto apresentada neste estudo revela um aumento de até 40% dos triglicerídeos do sangue em ratos fêmea e uma redução de até 30% do fósforo e sódio na urina de ratos macho. também se detectaram alterações no peso dos animais: os machos cresceram menos que os animais de controle, e as fêmeas cresceram mais. estes valores são estatisticamente significativos e estão directamente relacionados com o consumo do milho transgénico. o estudo durou apenas 90 dias - não existem dados sobre efeitos de longo prazo - e não permite saber porque é que o facto de o milho ser transgénico induziu estes danos nos animais de laboratório.
(4) o milho mon 863 foi aprovado (para toda a união europeia) a 8 de agosto de 2005 e ao abrigo da directiva 2001/18 para importação e utilização em rações, e a 13 de janeiro de 2006 e ao abrigo do regulamento 1829/2003 para alimentação humana.


almargem denuncia ameaça de milho transgénico no algarve


Imagem
a associação ambientalista almargem denunciou, em comunicado, a alegada ameaça que representam os 51 hectares de milho transgénico semeados em maio numa herdade perto de silves. os ambientalistas algarvios anunciam mesmo que vão pedir ao governo a aplicação de medidas de emergência, nomeadamente a destruição adequada do milho semeado.

segundo a almargem, a «luz verde» dada pelo ministério da agricultura aos 51 hectares de milho transgénico pr32r43 na herdade da lameira, é «uma atitude irresponsável e mesmo insultuosa para os algarvios», tanto mais que a associação de municípios já tinha declarado o algarve como uma região livre de transgénicos, decisão reforçada por algumas câmaras municipais, nomeadamente a de silves, onde se situa a sementeira em causa.

o milho, segundo a almargem, é um derivado da variedade mon810, produtor de toxinas capazes de combater a praga da broca do milho. por isso, alerta a associação, «o principal perigo advém da disseminação de pólen pelo vento na altura da floração das espigas. este pólen irá certamente contaminar os campos de milho vizinhos». a almargem considera ainda que poderá causar «graves problemas para a saúde das populações vizinhas», sublinhando que «a dispersão e inalação de pólen deste milho pode ser considerada uma potencial ameaça à sobrevivência das espécies naturais e do próprio homem».

por tudo isso, a associação ambientalista anunciou que vai requerer ao governo a «aplicação imediata das medidas de emergência consignadas no artº 25º do decreto-lei nº 72/2003, de 10 de abril, nomeadamente através da destruição adequada do foco de milho» na herdade da lameira. o objectivo é «garantir o princípio da precaução previsto no mesmo diploma e a segurança e a saúde públicas das populações de poço barreto e localidades vizinhas, bem como a preservação do equilíbrio ambiental e da imagem da região».

além dos eventuais danos ambientais e de saúde pública, «a presença de organismos geneticamente modificados no algarve pode ter um impacto catastrófico sobre a principal actividade económica do algarve, o turismo, com consequências sociais imprevisíveis», alerta a finalizar a almargem. o caso do milho transgénico da herdade da lameira já tinha motivado protestos por parte da frente do algarve livre de transgénicos, em junho passado. foi, aliás, o agricultor biológico jacinto vieira, dirigente desse movimento, quem denunciou a sementeira.

«o holocausto transgénico não poupou o algarve e instalou-se ao lado de uma zona turística, agrícola e residencial, ficando estas actividades e os seus residentes sujeitos a contaminação», disse então, à agência lusa, jacinto vieira. na mesma ocasião, o director regional de agricultura do algarve tinha garantido que não há perigo de contaminação de outras culturas porque as distâncias de segurança estão todas salvaguardadas. «as pessoas podem estar descansadas, os técnicos já foram ao local fazer a primeira inspecção e não se detectou nenhuma irregularidade», afirmou castelão rodrigues, acrescentando que a fiscalização vai manter-se até à fase final do ciclo, em setembro.

a lei que regula o cultivo de ogm em portugal (17 variedades de milho) estabelece que os agricultores, entre outras obrigações, devem notificar a respectiva direcção regional de agricultura (dra), informando sobre a espécie que pretendem cultivar, a área e local de cultivo e as medidas de coexistência para evitar contaminações. estas medidas incluem distâncias mínimas de isolamento que variam entre os 200 e os 300 metros ou, em alternativa, bordaduras com 24 a 28 linhas de milho não transgénico ou sementeiras escalonadas para impedir a polinização de outras culturas adjacentes.

o presidente da grande área metropolitana do algarve (amal), por seu lado, manifestou-se «preocupado» com o cultivo de ogm, sublinhando, contudo, que não é possível uma região ou autarquia opor-se a legislação europeia. «em 2004, tomámos uma posição moral que não pode ser proibitiva porque há normas que defendem quem quer cultivar ogm», afirmou macário correia, acrescentando ser ainda necessário que a comunidade científica «clarifique algumas dúvidas».
15 de agosto de 2007 | 10:00
barlavento - http://www.barlavento.online.pt/index.p ... a?id=17397





transgénicos: quercus denuncia «falhas graves»


Imagem
a quercus acusou hoje o ministério da agricultura de «falhas graves» em matéria de organismos geneticamente modificados (ogm) e questiona se a visita desta tarde a uma herdade parcialmente destruída em silves não servirá para «branquear erros», noticia a lusa. em comunicado, a associação, fundamentada em dados de uma sondagem do observatório do ambiente, diz que o governo não está a levar em conta que a maioria dos portugueses considera prematura a introdução de ogm no cultivo e alimentação.

a quercus aproveitou também para se demarcar do movimento «verde eufémia», que sexta-feira destruiu cerca de um hectare de milho transgénico, na herdade da lameira, em silves, afirmando que a acção não é demonstrativa do movimento ambientalista português. a associação diz ainda que a coexistência de ogm com outros tipos de cultura é «impossível» e «inevitável», já que a contaminação se instala devido à polinização cruzada, que, dizem, pode atingir um quilómetro de distância.

«a legislação não consegue evitar a contaminação, na medida em que admite limiares de contaminação aceitável, o que não é no fundo uma coexistência», resumem os ambientalistas, acusando o ministério da agricultura de não aplicar a lei relativa à coexistência. como exemplo, refere um caso em rio maior, onde um agricultor não avisou os vizinhos dentro do prazo legal de que tinha cultivado milho transgénico, mas cujo processo acabou arquivado, o que, dizem, demonstra a «incapacidade» dos serviços neste domínio.

de acordo com a quercus, a lei é também pouco clara sobre a informação que tem que ser facultada ao público e aos agricultores sobre os terrenos onde está a ser cultivado o milho transgénico. acrescenta que a única informação que está disponível é a de existência de cultivo de ogm em determinada região administrativa, falha que, dizem, já se materializou numa acção em tribunal para obrigar o ministério da agricultura a disponibilizar essa informação. a agência lusa tentou contactar o ministério da agricultura, para o confrontar com estas acusações da quercus, mas não conseguiu obter nenhuma resposta em tempo útil.

entretanto, a frente do algarve livre de transgénicos também se pronunciou acerca do incidente em silves, dizendo que o governo proclama o cultivo na herdade parcialmente destruída como legal, mas que essa legalidade é «completamente vazia e indecente». segundo aquela organização, o diploma do qual os representantes do governo se servem para «badalar» que o cultivo de silves é legal contém o que classifica como «precaução zero», resultante de um estudo mais destinado a «contaminar» do que a precaver com rigor.
in:
http://www.portugaldiario.iol.pt/notici ... div_id=291
[color=red]gaia apoia acção do movimento verde eufémia e responde a acusações da imprensa[/color]

o gaia apoia a acção do movimento verde eufemia, por considerar o uso de desobediência civil e acção directa não violenta uma estratégia válida na luta pelos direitos sociais e ambientais da população. é com agrado que o gaia vê outros grupos preocupados com os riscos provocados pelo cultivo de ogm.

o gaia mantém continuamente uma campanha de consciencialização sobre os riscos dos ogm. enquanto as nossas actividades se centram em distribuir programas educacionais, recolhendo informação, espalhando actividades e promovendo acções criativas, o gaia espera que esta actividade específica sirva para provocar o debate social sobre os ogm de forma a que as ameaças inerentes à utilização de ogm recebam a atenção devida. o gaia está convencido que diferentes abordagens e estratégias relativas aos problemas dos ogm caracterizam uma sociedade civil verdadeiramente activa.

por outro lado, o gaia pretende clarificar algumas acusações que recentemente surgiram na comunicação social, ligando o movimento verde eufémia ao evento ecotopia, que por sua vez foi promovido pelo gaia. quanto a isto, o gaia manifesta que:

- o ecotopia é um encontro internacional de activistas que decorre anualmente e que na sua 19ª edição decorreu pela primeira vez em portugal, coordenado pelo gaia. - o encontro foi um grande sucesso, tendo sido um dos mais participados do último ano, com mais de 500 pessoas a passarem por aljezur, de vários países da europa, mas com uma maioria de participantes portugueses. no ecotopia foram discutidos e debatidas temáticas sociais e ambientais e partilhadas experiências no sentido de construir uma sociedade mais justa e sustentável.

é natural que alguns participantes na acção e no movimento verde eufémia tenham participado no ecotopia. no entanto, não é razoável, como veio referido nalguma comunicação social, constituir uma ligação entre ambas a iniciativa ecotopia e a acção do movimento verde eufémia. são completamente desprovidas de sentido as tentativas de questionar e acusar de cumplicidade com a acção as entidades públicas que apoiam uma associação que tem vindo a desenvolver iniciativas de cariz ambiental e social, pelo bem público, há mais de 11 anos

este ano o ipj não forneceu qualquer apoio ao gaia, ou a qualquer outra associação juvenil, apesar de ter vindo a fazê-lo em anos anteriores e com resultados que o gaia considera muito positivos. isso prende-se com o facto de os prazos de candidaturas se terem atrasado de forma absolutamente inadmissível, o que é revelador da falta de atenção dada às iniciativas e à participação activa dos jovens por parte das entidades competentes.
Imagem

http://gaia.org.pt/?q=node/2253

ogms - movimento ambientalista ceifa num acto simbólico

ambientalistas e agricultores ceifam, num acto simbólico em defesa da ecologia, um terreno de cultivo de milho transgénico, em silves. «o objectivo é restabelecer a ordem ecológica, moral e democrática que tem sido constantemente deteriorada pelas políticas de união europeia e pelo governo português», lê-se num comunicado, referindo que se trata de uma «acção de desobediência civil contra o primeiro campo transgénico do algarve». os organizadores esperam a adesão de cerca de 100 pessoas na iniciativa.

em 2004, o algarve foi a primeira região do país a declarar-se livre de culturas com organismos geneticamente modificados (ogm), declaração feita pela junta metropolintana do algarve, que congrega 16 municípios. «estamos a exercer o direito à resistência segundo o artigo 21º da constituição da república portuguesa», explica um elemento do movimento verde eufémia. o movimento ambientalista foi recentemente formado e foi baptizado com o nome próprio «eufémia» em honra da luta dos camponeses no alentejo.

reacções alérgicas ou cancro e os efeitos irreversíveis na agricultura e ambiente através da contaminação pelo pólen que vai afectar também a agricultura biológica são alguns dos malefícios que os ecologistas alegam para desenvolver esta acção em silves. além do corte de plantação num terreno privado, um outro grupo de pessoas vai marchar na aldeia de poço barreto, em silves, para acções de sensibilização sobre os malefícios dos produtos transgénicos, adiantou o movimento. música, teatro e banda desenhada são algumas das iniciativas que vão decorrer durante a marcha de sensibilização.

há cerca de um mês, a herdade da lameira, em silves, situada junto a uma zona onde estão a ser construídos dois campos de golfe e um empreendimento, iniciou o cultivo de 50 hectares de milho transgénico, tornando-se na primeira no algarve a dedicar-se à produção daquele cereal com genes modificados. a associação ambientalista algarvia almargem afirma em comunicado que o milho transgénico foi semeado em maio deste ano. a lei que regula o cultivo de ogm em portugal, 17 variedades de milho, estabelece que os agricultores, entre outras obrigações, devem notificar a respectiva direcção regional de agricultura (dra), informando sobre a espécie que pretendem cultivar, a área e local de cultivo e as medidas de coexistência para evitar contaminações.

estas medidas incluem distâncias mínimas de isolamento que variam entre os 200 e os 300 metros ou, em alternativa, bordaduras com 24 a 28 linhas de milho não transgénico ou sementeiras escalonadas para impedir a polinização de outras culturas adjacentes. o presidente da grande área metropolitana do algarve (amal), macário correia, manifestou-se «preocupado» com o cultivo de ogm, mas sublinhou que não é possível uma região ou autarquia opor-se a legislação europeia. «em 2004 tomámos uma posição moral que não pode ser proibitiva porque há normas que defendem quem quer cultivar ogm», afirmou macário correia, acrescentando, porém, ser necessário que a comunidade científica «clarifique algumas dúvidas».

lusa / sol
http://sol.sapo.pt/paginainicial/vida/i ... t_id=50872
ogms - 'às três, será de vez?
[2007-03-20] - diz-se que há uma primeira vez para tudo. no caso dos organismos geneticamente modificados (ogm) a inocência terminou a 16 de outubro de 1999 com a publicação, na prestigiada revista científica lancet, do artigo de ewen e pusztai intitulado «effect of diets containing genetically modified potatoes expressing galanthus nivalis lectin on rat small intestine». nele se relata a forma brilhante como se detectaram efeitos - inesperados e negativos - que as batatas transgénicas acarretaram aos animais que as comeram... mas não por causa da proteína transgénica presente no tubérculo. ou seja, o processo de transgénese (independentemente da proteína a introduzir) pode acarretar alterações metabólicas específicas na planta, com consequências visíveis para a saúde, para além do que a proteína transgénica também possa induzir.

este trabalho deveria ter levado, de imediato, a uma reavalição de todos os ogm em circulação. isto porque, com base num dogma que só a fé pode explicar, os estudos de segurança alimentar assumem a seguinte equação como inquestionável: ogm = planta original + proteína transgénica. por isso os ensaios de toxicidade de ogm são feitos, não com o ogm, não com a proteína extraída do ogm, mas sim com a proteína isolada de um microrganismo onde foi clonada. mas, como ewen e pusztai mostraram, tal equação não podia estar mais longe da verdade. o todo é maior que a soma das partes e o produto a estudar tem de ser visto como alterado para além da mera adição proteica.

mas não houve qualquer reavaliação - nem sequer um sobressalto por parte das autoridades competentes. falta de tempo? de atenção? de cientistas para explicar?

também se diz que à segunda só cai quem quer. para os ogm a segunda veio pela mão de manuela malatesta. esta cientista e a sua equipa da universidade de urbino publicaram em 2002 na revista cell structure and function o artigo «ultrastructural morphometrical and immunocytochemical analyses of hepatocyte nuclei from mice fed on genetically modified soybean» onde se demonstrava que o ogm mais cultivado do mundo - a soja transgénica 40-30-2 da monsanto, que ocupa 58,6 milhões de hectares (57% da área global dedicada a transgénicos) - tinha um impacto profundo (embora reversível) no núcleo de hepatócitos. as mudanças incluiam alteração da forma do núcleo e dos nucléolos, maior número de poros na membrana nuclear e concentrações alteradas de numerosas proteínas, num quadro sugestivo de aceleração metabólica.

o fígado é um dos principais orgãos de depuração do organismo, e qualquer alteração metabólica representa motivo de preocupação a vários níveis. este artigo, além disso, utilizou um transgénico relevante do ponto de vista da saúde pública. tanto a monsanto como os estados-membros da união europeia, no âmbito do artigo 20º da directiva 2001/18, têm a obrigação de ter em conta novas informações relativas a riscos para a saúde humana por forma a que sejam tomadas medidas comunitárias adequadas, que podem chegar à proibição do ogm...

... mas não foram por aí. ninguém foi. falta de quê, desta vez? de vontade? de força?

às três, como todos sabem, é de regra ser de vez. e ei-la que chegou agora mesmo: o artigo acabou de ser publicado online na revista archives of environmental contamination and toxicology e tem por título «new analysis of a rat feeding study with a genetically modified maize reveals signs of hepatorenal toxicity». os estragos, neste caso, referem-se ao milho mon 863, aprovado para consumo na união europeia desde janeiro de 2006. e os dados foram obtidos... pela própria monsanto. neste artigo é feito o tratamento estatístico dos números que a empresa se viu obrigada, após tribunal, a disponibilizar.

os resultados? toxicidade hepatorrenal, com aumento de até 40% dos triglicerídeos do sangue em ratos fêmea e uma redução de até 35% do fósforo e sódio na urina de ratos macho. também se detectaram alterações no peso dos animais: os machos aumentaram um pouco menos de peso que os animais de controle, e as fêmeas aumentaram um pouco mais. estes valores são estatisticamente significativos e estão directamente relacionados com o consumo do milho transgénico. o estudo durou apenas 90 dias e não existem dados sobre efeitos de longo prazo.

a questão agora é: vai acontecer alguma coisa ou a ciência afinal não serve para nada? os estados-membros tencionarão cumprir finalmente o seu papel? ainda é cedo para dizer, e a esperança só morre no fim. mas a minha perspectiva muito pessoal é de que a saúde das pessoas não é a primeira prioridade, para o nosso e restantes governos. talvez precisem de um empurrão.

margarida silva - bióloga
vice-presidente da quercus
coordenadora da plataforma transgénicos fora


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Sa
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Mensagem por Sa »

boas

sou contra os autocarros que os gajos utilizaram, fumarentos e velhos, por isso vou partilos aos bocados como forma de protesto contra á poluiçao ambiental e danificação da camda de ozono.
meus amigos sempre que virem um carro fumarento seja ele a gasoleo ou a gasolina, madem-no parar e partam-no todo de maneira a não mais circular, vamos assim acabar com a poluiçao atmosferica e teremos um obrigado da camada de ozono.
que palhaçada; filhos da p..... que nao têm mais nda que fazer.

desculpem lá a linguagem, mas nao consigo expressar a minha revolta perante um acto tao repuganvel como este.
O que eu detesto mesmo sao B.........as

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