
a a4f – algafuel já tem adjudicado o primeiro projecto para desenvolvimento de tecnologia de produção industrial de microalgas para sequestração de co2. «as indicações que temos apontam para que depois deste primeiro projecto, em breve, outros se seguirão, quer com este objectivo, quer em termos de produção de óleo vegetal para fabrico de biodiesel», adianta ao ambienteonline nuno coelho, presidente executivo da algafuel.
escusando-se a divulgar o nome dos seus clientes devido a acordos de confidencialidade, o responsável espera que, antes do final do ano, «haja várias empresas portuguesas, nomeadamente grandes empresas industriais emissoras de co2, que tenham iniciado projectos de adaptação da tecnologia de produção de microalgas da algafuel às suas necessidades específicas».
as microalgas são a menina dos olhos desta spin out da necton, que foi formalmente constituída em setembro. o facto de serem uma fonte praticamente inesgotável, de apresentarem uma produtividade superior à das plantas terrestres e de se alimentarem de dióxido de carbono fazem das microalgas uma matéria-prima interessante tanto em termos energéticos como no auxílio às indústrias poluentes. contudo, só o factor escala poderá torná-las num sucesso. «acreditamos que as microalgas são a mais promissora fonte de matéria-prima para o biodiesel, não competindo por terra cultivável e tendo taxas de crescimento mais satisfatórias do que as plantas terrestres, já que atingem a sua maturação entre três e cinco dias», destaca o gestor.
a greencyber, de pedro sampaio nunes, pode tornar-se num dos primeiros clientes da algafuel. a empresa tem um projecto de construção de uma refinaria de biodiesel, em sines. já classificado como projecto de interesse nacional, tem capacidade para 250 mil toneladas por ano e envolve um investimento de 80 milhões de euros. para já a algafuel está a negociar apenas com empresas nacionais, apesar de estar a estudar a possibilidade de localizar também operações noutros países como espanha.
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