
o presidente da galp energia, ferreira de oliveira, afirmou hoje que o governo deve canalizar para os agricultores o apoio dado à produção de biocombustíveis.
"se o governo quer apoiar, que apoie a agricultura portuguesa, porque a indústria o que necessita é de comprar o produto e o custo do processamento é igual aqui ou noutros países europeus", afirmou no parlamento na comissão eventual para as questões energéticas.
ferreira de oliveira disse ainda que portugal não vai conseguir cumprir a meta de incorporação de dez por cento de biocombustíveis no combustível convencional sem recurso à importação.
"para isso seria necessário entre 700 e um milhão de hectares e isso não vai ser possível com a agricultura portuguesa", afirmou.
"o que existe é um apoio no processamento de óleos vegetais, através da isenção parcial ou total de isp no pressuposto de que isso vai ser canalizado para a agricultura", acrescentou.
sobre a política da galp energia em relação aos biocombustíveis, ferreira de oliveira afirmou que a preocupação da empresa é "assegurar a sustentabilidade social e ambiental dos projectos em que estamos envolvidos".
ferreira de oliveira defendeu também que a produção dos biocombustíveis não deve concorrer com a produção agrícola para fins alimentares e revelou que nesse sentido propôs à comissão europeia a certificação dos biocombustíveis.
o responsável relembrou que existem produtos que não pertencem à cadeia alimentar e que podem ser utilizados na produção de biocombustíveis.
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