Valorsul: Governo nega existir qualquer problema ambiental

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Tó Miguel
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Valorsul: Governo nega existir qualquer problema ambiental

Mensagem por Tó Miguel »

valorsul: governo nega existir qualquer problema ambiental

o secretário de estado do ambiente negou hoje existir algum «problema ambiental» provocado pela greve na valorsul, que trata o lixo de cinco municípios lisboetas, e condenou as «ilegalidades» dos grevistas para impedirem as descargas em aterro.
os trabalhadores da valorsul, empresa que trata por ano as 750 mil toneladas de lixo produzido nos municípios da amadora, lisboa, loures, odivelas e vila franca de xira, estão em greve há quase uma semana.

«os grevistas querem converter um problema laboral num problema ambiental. mas não há nenhum problema ambiental. a incineradora funciona adequadamente e o aterro também. os resíduos que, por causa da greve, não podem ir para a incineradora e vão para aterro, não representam qualquer problema. o aterro é o destino normal dos resíduos quando a incineradora pára para manutenção», afirmou hoje à agência lusa o secretário de estado humberto rosa.

segundo o governante, é «muito grande» a capacidade do aterro para receber os resíduos, não existindo qualquer problema ambiental se continuar a receber lixo que, normalmente, é queimado na incineradora.

«na incineradora, onde os salários dos trabalhadores são elevados, a adesão à greve é de 50 a 60 por cento. mas no aterro, onde os salários são bem mais baixos, a adesão ronda os 10 por cento. é ilegal que os trabalhadores da incineradora bloqueiem o aterro a quem quer trabalhar», afirmou humberto rosa.

o governante referia-se a incidentes ocorridos na madrugada de hoje, entre a gnr e cerca de 100 elementos do piquete de greve, que tentavam impedir a descarga do lixo dos camiões no aterro sanitário mato da cruz, em bucelas.

os trabalhadores querem a retirada da polícia do aterro de mato da cruz e esperam discutir, hoje à tarde, essa exigência com o ministério da administração interna.

«vamos deslocar-nos hoje de manhã ao ministério da administração interna [mai] para exigir a retirada das forças policiais do aterro porque o que está em causa não são questões de ordem pública, mas sim laborais», disse à lusa delfim mendes, dirigente do sindicato dos trabalhadores da química, farmacêutica, petróleo e gás do centro, sul e ilhas (sinquifa).

os trabalhadores da valorsul estão em greve desde 00:00 de terça-feira e por tempo indeterminado, reivindicando um aumento salarial de 3,7 por cento (a empresa oferece entre 2 a 3,3 por cento, em benefício dos trabalhadores com remunerações mais baixas) e protestando contra a intenção da administração de reduzir o tempo de descanso entre turnos de 12 para oito horas.

uma delegação do sindicato estava a ser recebida hoje de manhã pelo gabinete do primeiro-ministro e uma segunda delegação desloca-se ao ministério do ambiente para, segundo delfim mendes, sensibilizar os responsáveis para a «gravidade da situação no aterro».

um grupo de trabalhadores da valorsul pretende deslocar-se também hoje ao ministério da administração interna, em lisboa, para exigir a retirada da polícia do aterro de mato da cruz, onde de madrugada incidentes impediram que o lixo fosse descarregado.

diário digital / lusa

19-11-2007 13:44:00
"ECOnomia também pode ser ECOlogia"
Sócio ANE Nº 16

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