áfrica pode ser a mais penalizada por alterações climáticas
áfrica arrisca-se a ser o continente mais penalizado pelas consequências das alterações climáticas apesar de ser o menos poluidor, indica o relatório anual do programa das nações unidas para o desenvolvimento humano (pnud) hoje divulgado.
intitulado «combater as alterações climáticas: solidariedade humana num mundo dividido», o relatório sublinha que «a não ser que se verifique alterações dramáticas tanto ao nível nacional como internacional, as alterações climáticas significarão uma interrupção e um posterior retrocesso nos esforços de concretização dos objectivos de desenvolvimento do milénio em áfrica».
devido a acontecimentos relacionados com o clima, os esforços existentes serão postos em causa e «um crescente montante destinado ao desenvolvimento será desviado para fazer frente a desastres naturais, em vez de ser usado para o desenvolvimento a longo prazo», explica.
quando a temperatura sobe em áfrica, «as colheitas são más e as pessoas morrem de fome ou as mulheres e as raparigas passam horas à procura de água», enquanto «nos países ricos, a gestão das mudanças climáticas se reduz em geral à regulação do termóstato, a verões mais longos e mais quentes e a alterações de estações».
de acordo com o estudo, «em média, entre 2000 e 2004, uma em cada 19 pessoas das que vivem no mundo em vias de desenvolvimento foi afectada por um desastre natural todos os anos, ao passo que, nos países da organização para a cooperação e desenvolvimento económico (ocde, também chamada de grupo dos ricos), essa proporção é de uma pessoa em cada 1.500».
o relatório refere que aquela «desigualdade» é sofrida por todos os pobres do mundo, sendo a áfrica sub-saariana a mais vulnerável.
no entanto, indica o pnud, o estado do texas, nos estados unidos, com 23 milhões de residentes, emite mais dióxido de carbono (o principal gás com efeito de estufa) do que todos os 720 milhões de habitantes da áfrica sub-saariana.
mas, daqueles 720 milhões de habitantes «de 75 a 250 milhões podem ver até 2020 as suas condições de vida ou as suas perspectivas de desenvolvimento comprometidas» devido aos efeitos do aquecimento global.
o pnud calcula que até 2060, se a temperatura aumentar 2,9 graus e a chuva diminuir quatro por cento, o rendimento por habitante deverá baixar um quarto na áfrica sub-saariana.
neste sentido, os autores do relatório defendem que «os países mais ricos do mundo têm a responsabilidade histórica de dar os primeiros passos para o equilíbrio do orçamento de carbono, procurando reduzir as emissões em pelo menos 80 por cento até 2050 e apoiando um novo investimento global anual de 86 mil milhões de dólares (57,9 mil milhões de euros) em substanciais esforços internacionais de adaptação para proteger os mais pobres do mundo».
para promover a cooperação internacional, devem aproveitar a conferência das nações unidas, em dezembro, em bali (indonésia), para dar continuidade ao protocolo de quioto sobre os gases com efeito de estufa, cuja primeira fase termina em 2012.
os governos africanos têm também, de acordo com o estudo, um papel a desempenhar para ajudar os seus cidadãos a enfrentar os fenómenos extremos.
no domínio da prevenção, o pnud aconselha-os a desenvolver os «sistemas de alerta precoce» e «uma rede de vigilância metereológica».
recomenda também um investimento nas instalações de armazenamento ou recolha de água nas regiões que registam chuvas fortes concentradas em algumas semanas, bem como uma melhoria dos programas de seguros para os agricultores e os pobres em caso de catástrofes climáticas.
«uma das lições mais difíceis que as alterações climáticas nos ensinam é que o modelo económico subjacente ao actual crescimento e o consumo imoral nos países desenvolvidos que lhe é inerente é ecologicamente insustentável», conclui o relatório.
no entanto, os autores do estudo sustentam que «com as reformas certas, não é demasiado tarde para reduzir as emissões dos gases com efeito de estufa até níveis sustentáveis sem sacrificar o crescimento económico: a crescente prosperidade e a segurança climática não são metas em conflito».
diário digital / lusa
27-11-2007 15:04:32
África pode ser a mais penalizada por alterações climáticas
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