ue/clima: energia e clima no centro da política comunitária
a união europeia quer iniciar em bali um «roteiro para o clima» que permita garantir que daqui a dois anos é assinado um novo acordo global para reduzir as emissões poluentes.
em declarações à agência lusa, o principal representante da união europeia na conferência das nações unidas sobre alterações climáticas referiu que este encontro «não é o fim de alguma coisa, é o princípio de um caminho».
o principal objectivo da ue é começar em bali a definição de um «roteiro para o clima» que permita, nos próximos dois anos, garantir a assinatura em 2009, na dinamarca, de um novo «acordo global e abrangente» sobre emissões de gases depois de 2012 - um acordo que substitua o protocolo de quioto.
nuno lacasta, que lidera a delegação interministerial portuguesa como coordenador do comité executivo da comissão de alteração climática, é o principal interlocutor das posições da ue na conferência de bali, uma vez que portugal ocupa actualmente a presidência da união.
para este responsável, o binómio energia-clima é «o centro da nova política comunitária».
«a energia e as alterações climáticas constituem uma emergente política comunitária», declarou à lusa o chefe da delegação portuguesa à 13ª conferência quadro das nações unidas sobre alterações climáticas (unfccc).
para bruxelas, é essencial conseguir que o aquecimento global não ultrapasse os dois graus centígrados acima da temperatura da era pré-industrial.
para que isso seja realidade, a ue insiste que as emissões de gases com efeito de estufa devem atingir um pico nos próximos 10 a 15 anos e baixar depois disso, até 2050, para, pelo menos, metade dos valores de 1990.
para nuno lacasta, a opção europeia é claramente atingir «uma economia global pobre em emissões» de dióxido de carbono, o gás que mais contribui para o efeito de estufa e o aquecimento global.
delegados e organizações de 180 países discutem em nusa dua, bali, desde segunda-feira e até dia 14 de dezembro, mecanismos para reduzir a emissão de gases após 2012, quando deixar de vigorar o protocolo de quioto.
a ue arrancou para a ronda da unfccc em bali com um compromisso unilateral de redução de emissões em 20 por cento até 2020, em relação aos valores de 1990.
«este objectivo pode ascender a 30 por cento de redução se houver um acordo internacional envolvendo outras partes», adiantou nuno lacasta à lusa.
«as alterações climáticas vão obrigar, em última análise, a uma mudança de paradigma para atingirmos uma economia de baixo carbono», sublinhou o representante da ue.
«para a ue, significa que este tema global é tanto um assunto de política interna como de política externa», acrescentou nuno lacasta.
para bruxelas, a base de um futuro acordo deve continuar a ser o protocolo de quioto, a plataforma «central» de objectivos e mecanismos de combate ao aquecimento global.
«o desafio é global e exige uma resposta global», frisou nuno lacasta na entrevista à lusa.
«podemos estar a adiar a factura se não fizermos nada agora e quanto mais esperarmos mais caro pagaremos», salientou nuno lacasta, que lê um bom sinal para a unfccc com o anúncio da ratificação de quioto pela austrália.
«o facto de a austrália se juntar à família de quioto vem provar que é possível crescer economicamente e abordar a questão das emissões».
é também uma convicção da ue que qualquer mecanismo posterior a 2012 «implica liderança dos países desenvolvidos, com esforços comparáveis de redução de emissões».
constatando que «a ue gostaria que os estados unidos da américa se juntassem ao compromisso de quioto», nuno lacasta salientou os «sinais positivos» vindos da última grande economia que insiste em estar fora do protocolo.
nuno lacasta apontou o processo das grandes economias que, sob iniciativa americana, reuniu pela primeira vez em setembro de 2007 representantes de 17 dos países mais industrializados e das nações unidas, num encontro sobre segurança energética e alteração climática.
os eua são responsáveis por cerca de 25 por cento do total de emissões de gases com efeito de estufa, à frente da rússia, china e europa.
sobre o tom de urgência em que abriu conferência de bali, nuno lacasta comentou que «a expectativa é proporcional à escala do desafio».
nuno lacasta sublinhou também que a conferência de bali, inserida numa «dinâmica política pura», acontece num ano feliz para o combate às alterações climáticas, com diferentes contribuições para o debate e novas exigências para um novo compromisso global.
diário digital / lusa
04-12-2007 9:10:00
UE/Clima: Energia e clima no centro da política comunitária
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