Greenpeace alerta para danos da aquacultura insustentável

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Tó Miguel
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Greenpeace alerta para danos da aquacultura insustentável

Mensagem por Tó Miguel »

greenpeace alerta para danos da aquacultura insustentável

a organização ambientalista greenpeace alertou que a aquacultura insustentável está a provocar a sobreexploração piscatória, abuso dos direitos dos trabalhadores e problemas graves no meio ambiente.
com base no documento «a indústria aquícola e de engorda: um desafio de sustentabilidade», divulgado hoje em barcelona, o organismo exige que se elimine todos os produtos orginiários desta prática das lojas espanholas, devido à contaminação química.

«é importantíssimo que tanto os consumidores como os distribuidores destes produtos conheçam os impactos reais da aquacultura e escolham o que comem e vendem sem necessidade de esgotar ou destruir os recursos do planeta», disse a responsável da campanha oceanos da greenpeace, paloma colmenarejo.

no documento de 24 páginas, realizado pelos laboratórios de investigação de greenpeace na universidade de exeter, no reino unido, destaca-se a necessidade da aquacultura abandonar as suas actuais práticas «destrutivas» e caminhe para a «sustentabilidade».

no entender desta ong, a sobreexploração da pesca encontra-se entre os principais impactos da aquacultura, já que a utilização dos peixes para a elaboração de farinha e azeite para espécies criadas em viveiros não diminui a pressão sobre as empresas piscícolas, antes pelo contrário.

a título de exemplo, a organização refere que a quantidade de peixes necessária para que um salmão engorde um quilo é de entre quatro a cinco quilos. no caso do atum vermelho, esta quantidade pode atingir os 20 quilos por cada quilo de peixe produzido.

a greenpeace mostra-se preocupada com a contaminação química.

na sua opinião, «está a pôr-se em risco a biodiversidade próxima», se se tiver em conta a «grande quantidade» de produtos químicos e de fármacos utilizados para controlar os vírus, as bactérias e os fungos.

outra das preocupações desta organização é a destruição de espaços costeiros para construção de viveiros.

nos últimos anos, a percentagem do peixe e marisco procedentes da aquacultura aumentou dos 33 para os 43 por cento, o que demonstra que «é o sector da alimentação que mais cresce no mundo».

na tentativa de elucidar sobre a violação dos direitos humanos, explicaram o caso de bangladesh, onde mais de 150 assassinatos estão alegadamente relacionados com a implantação da aquacultura.

diário digital / lusa

29-01-2008 10:22:27

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=315945
"ECOnomia também pode ser ECOlogia"
Sócio ANE Nº 16

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