As cidades vão ter de resolver os seus problemas energéticos

Projecção e construção e edifícios amigos do ambiente
Responder

Autor do tópico
Tó Miguel
Membro Platinium
Membro Platinium
Mensagens: 3727
Registado: terça mai 30, 2006 8:19 pm
Localização: Montijo/PORTUGAL

As cidades vão ter de resolver os seus problemas energéticos

Mensagem por Tó Miguel »

carlos borrego: «as cidades vão ter de resolver os seus problemas energéticos»
2008-02-01



para carlos borrego, professor do departamento de ambiente e ordenamento da universidade de aveiro, as cidades têm de deixar de estar dependentes da construção e encontrar respostas para os novos desafios ambientais que se avizinham, no plano energético e do abastecimento de água. «temos cidades que se consideram ambientalmente adequadas, mas que não o são, porque se preocupam com os jardins e outras coisas do género, que não são componentes determinantes. por outro lado, há cidades que têm feito investimentos significativos naquilo que é o puro e duro da sustentabilidade urbana, que são as estruturas de transportes, a componente energética, associada também aos edifícios, e o saneamento, na sua lógica mais genérica, desde os lixos até ao tratamento de esgotos e da água. lisboa, porto e setúbal são cidades que têm tido uma preocupação a esse nível. depois vamos encontrar cidades como castelo branco ou évora onde a grande preocupação são as outras vertentes», adverte carlos borrego, em entrevista, ao jornal arquitecturas.

há uma ideia errada do que é a sustentabilidade, constata o especialista, referindo que «os pelouros do ambiente estão sempre ligados aos de espaços verdes, na generalidade das câmaras».

numa altura em que o espaço é cada vez mais utilizado, é importante que a sua utilização se torne adequada e eficiente, mas, em vez disso, «vamos encontrar uma utilização de espaço, em que cada metro quadrado é usado para colocar uma infra-estrutura útil para o ser humano», continua carlos borrego. o planeamento da cidade tem sido sempre feito em benefício da urbanização, apesar de o especialista considerar que «há outras formas que podem ser benéficas e trazer até benefícios financeiros para as autarquias».

a mudança de mentalidades passa por definir «determinado tipo de indicadores, como por exemplo: tem todos os seus esgotos tratados? faz tratamento do lixo a cem por cento? tem zonas de separação? haver parâmetros de sustentabilidade ambiental, porque o ambiente é que qualifica a sustentabilidade da cidade», sugere. «o governo tinha aqui uma maneira de pôr o pau e a cenoura, de distribuir dinheiro tendo em conta uma série de parâmetros que fizessem com que as autarquias fossem penalizadas ou beneficiadas em função do desempenho», remata.

http://www.ambienteonline.pt/noticias/d ... hp?id=6133
"ECOnomia também pode ser ECOlogia"
Sócio ANE Nº 16

Responder

Voltar para “Arquitectura Bioclimática e Eco-construção”