energia: portugal pode atingir meta de 31% de renováveis
portugal poderá facilmente atingir, em 2020, a meta dos 31% de energia renovável no consumo global de energia do país, defende o presidente da associação portuguesa de energia renovável (apren), antónio sá da costa.
a comissão europeia definiu para os 27 estados-membros, no âmbito do pacote energético-ambiental de combate às alterações climáticas, novas metas para o peso das energias renováveis no consumo global energético em 2020.
portugal viu a sua quota passar de 20,4 por cento, em 2005, para 31 por cento em 2020, a quinta mais elevada no âmbito da união europeia, só suplantada pela suécia (49 por cento), letónia (42 por cento), finlândia (38 por cento) e áustria (34 por cento).
«julgo que é um valor que será facilmente atingível», afirmou sá da costa, em entrevista à agência lusa.
para alcançar essa meta, portugal deverá não só aumentar a contribuição das energias renováveis no consumo final bruto de energia, mas também intervir no sector dos transportes, através do aumento da incorporação dos biocombustíveis, e na eficiência energética.
«o consumo de electricidade no total do consumo de energia primária, ronda os 30 por cento, portanto, faltam os outros 70 por cento e aqui a grande fatia são os transportes e depois a energia utilizada no aquecimento e arrefecimento de edifícios», explicou.
para alcançar o objectivo de 31 por cento, o governo terá de fixar uma meta de 60 por cento para a produção de electricidade com origem em fontes renováveis, 15 por cento acima do objectivo de 45 por cento fixado pelo executivo de josé sócrates para 2010.
para alcançar os 60 por cento, sá da costa afirma que vão existir dois grandes contributos: as grandes centrais hídricas e a energia eólica.
o presidente da apren afirma que as actuais centrais hídricas contribuem com cerca de 22 por cento para esse objectivo, esperando-se que as novas dez barragens a lançar a concurso pelo governo acrescentem mais 3 a 4 por cento.
aos 25 por cento da hídrica, junta-se uma importante fatia de 20 por cento de energia eólica.
os restantes 15 por cento ficarão divididos pelas restantes energias com origem renovável: pequenas centrais hídricas (pch), biomassa, fotovoltaica e ondas.
«se eu disser que 60 por cento da electricidade será de origem renovável em 2020 e se a electricidade contribuiu na ordem dos 30 por cento para o consumo de energia primária, isso quer dizer que do objectivo de 31 por cento, já temos uma fatia de 18 por cento preenchida», afirmou.
«só ficam a faltar 13 por cento e, desses, a parte principal vão ser os biocombustíveis», acrescentou.
antónio sá da costa espera que o objectivo de incorporar 10 por cento de biocombustíveis nos combustíveis rodoviários, em 2010, possa corresponder a uma contribuição entre 6 e 9 por cento para o objectivo dos 31 por cento, já que os combustíveis são responsáveis por entre 50 a 60 por cento do consumo primário de energia no país.
«a juntar aos 18 por cento, dá 27 por cento. para 31 por cento, ficam a faltar 4 por cento», explicou.
o responsável defende que esses restantes 4 por cento terão de ser preenchidos através de medidas de eficiência e de utilização racional de energia, nomeadamente, através da utilização de painéis solares para aquecimento de água.
«julgo que o valor dos 31 por cento é atingível e até poderemos ir um bocadinho mais além», defendeu.
«se conseguirmos isso, vamos passar de uma dependência energética de 85 por cento para 69 por cento e isso é um passo muito importante pois vai garantir uma maior independência das fontes energéticas», acrescentou.
segundo antónio sá da costa, baixar a dependência energética através das renováveis vai permitir ter energia a preços inferiores aos do petróleo e evitar a emissão de gases poluentes com a consequente ausência de pagamento de taxas de emissão de c02.
o presidente da apren alerta, no entanto, que cabe também aos consumidores serem pró-activos na utilização racional de energia para diminuir o consumo global de energia.
«os consumidores têm de interiorizar que devem poupar energia», concluiu.
diário digital / lusa
14-02-2008 10:00:00
Energia: Portugal pode atingir meta de 31% de renováveis
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Re: Energia: Portugal pode atingir meta de 31% de renováveis
oi to miguel.
grande parte dos biocombustiveis em portugal sao importados, nao? da onde vem a grande parte?
gostaria de saber se portugal possui usinas nucleares e se economicamente isso nao uma fonte de energia interessante para o pais.
sds,
murilo.
grande parte dos biocombustiveis em portugal sao importados, nao? da onde vem a grande parte?
gostaria de saber se portugal possui usinas nucleares e se economicamente isso nao uma fonte de energia interessante para o pais.
sds,
murilo.
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Re: Energia: Portugal pode atingir meta de 31% de renováveis
pois em portugal não há usinas nucleares e acho que os biocombustiveis, que são cá utilizados são da nossa produçãomurilo oliveira Escreveu:oi to miguel.
grande parte dos biocombustiveis em portugal sao importados, nao? da onde vem a grande parte?
gostaria de saber se portugal possui usinas nucleares e se economicamente isso nao uma fonte de energia interessante para o pais.
sds,
murilo.
quanto ás usinas nucleares economicamente penso que são uma alternativa além disso portugal é possuidor de volframio, na questão ambiental isso já é outro assunto, penso que por aí o bicho fica com o rabo preso
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