04/04/2008
nanobateria só gera energia quando necessário
depois de vários anos de promessas e muito marketing, a empresa mphase finalmente apresentou sua nanobateria, que promete revolucionar a forma de armazenamento de energia. mais importante, a empresa deu alguns detalhes sobre o seu funcionamento.
controle eletrônico de líquidos
a nanobateria explora o fenômeno conhecido como electrowetting, ou eletroumectação - a capacidade de controlar eletronicamente como os líquidos interagem com superfícies sólidas e porosas.
normalmente a água ou outro líquido orgânico irá formar uma gota quando for depositada sobre uma superfície porosa hidrofóbica. por meio da eletroumectação, é possível fazê-lo "desmanchar-se" sobre a superfície, ocupando seus minúsculos poros, tudo com o simples envio de um comando eletrônico.
outros pesquisadores estão explorando o mesmo fenômeno para a criação de transistores de estado líquido e papéis eletrônicos capazes de mostrar filmes.
energia sob demanda
utilizando o fenômeno da eletroumectação, torna-se possível controlar quando o eletrólito começará a reagir - isso significa baterias que poderão ficar estocadas por anos, sem se descarregar. quando elas forem necessárias, um comando elétrico faz com que o eletrólito passe pela membrana porosa de silício e só então comece a gerar energia.
por ser minúscula e poder ser fabricada em quantas células forem necessárias, a nanobateria pode ser integrada diretamente aos chips e pode gerar a energia na quantidade que for necessária no momento, bastando que apenas algumas células sejam ativadas. ela também pode ser fabricada em qualquer formato e é recarregável.
nanobateria de lítio
o modelo da nanobateria que deverá chegar agora ao mercado é baseado na química tradicional das baterias alcalinas, que funciona à base de zinco e manganês.
segundo a mphase, a utilização dos compostos de lítio está em desenvolvimento, sendo totalmente compatíveis com sua arquitetura.