
Continuando a viagem... Depois de passarmos a zona do Caldeirão, coloquei a viagem no GPS para calmamente perceber as necessidades de carga. Estava já a 31 km de Aljustrel, 110 de Alcácer e 161 de casa. Ora, ao sair de Loulé pouco depois das 19 horas, esperava chegar a casa perto das 22:30. São cerca de 250 km que se fazem normalmente a 120 kph, logo, pouco mais de duas horas de viagem, às quais adicionaria 40 a 50 minutos de tempo de carga e mais um tanto para me despedir do seal e do aljesus que terminavam a boleia quando chegássemos a Aljustrel. Demorei um pouco mais, cheguei às 23 horas. Já explico o porquê.


Chegado a Aljustrel, coloquei o carro a carregar o suficiente de forma a chegar a Alcácer do Sal puramente eléctrico. Não queria mais usar o gerador, visto que já podíamos usar os PCR em pleno e sem fila. Um dos meus objectivos era chegar a casa com o depósito de gasolina vazio, tal como já estava.

Entretanto, o seal foi buscar a Enérgica ao estacionamento e o aljesus fez o mesmo com o Leaf. Quando estava a terminar o carregamento, tudo estava normal até o i3 resolver não soltar o cabo CCS! Tive de o retirar manualmente usando a corda de emergência do i3. No entanto, apesar de já haver fila para carregar, visto que à Enérgica e ao meu Leaf ainda juntou-se o KIA Soul trazido pelo hsanchez, estivemos a fazer experiências para perceber se o i3 carregava, quer com CCS, quer com AC. Nenhum funcionou e, no último caso, com o AC, o cabo voltou a ficar preso. Estranho... Ligámos a Enérgica quer ao AC, quer ao CCS e funcionou bem. Voltei a ligar o i3 e voltou a não funcionar. Desisti. Claramente era um problema apenas com o meu i3. Pensei que podia ser algo muito mau e já não iria conseguir carregar mais electrões no i3. E será que dava para carregar a gasolina? Pelo menos se o gerador funcionasse, dava para chegar a casa. Para não fazer mais fila, pus-me a caminho da AS seguinte, pois estava com mais de 75% de carga eléctrica e o gerador não liga antes de baixar este valor. Seria em Grândola, a vila morena, o local onde poderia testar.








Chegado a Grândola, meti gasolina. Com o gerador o carro já carregava a bateria. Primeiro alívio.




Chegado à AS de Alcácer do Sal, fui recebido com grande simpatia pelas empregadas da GALP e lá estive a responder às perguntas da praxe. Isto enquanto testava o AC, que funcionou perfeitamente (segundo alívio), e o DC (terceiro e último alívio), que deixei a carregar o suficiente para chegar a casa sem gastar nenhuma outra gota de líquido do demo.
Não sei o que se passou em Aljustrel. Temos de descobrir o que possa ter acontecido. Vou ver se falo com quem percebe do assunto (sim, Paulo, é contigo).

Enquanto isto, chegou o seal com a Enérgica e uma enchente de melgas sedentas de sangue doce como o meu... Enfim, uns têm modelos todas jeitosas atrás deles, eu tenho melgas... Que sorte desgraçada. Tive de fugir para a gasolineira enquanto observávamos de longe o i3 e a Enérgica junto ao PCR (e às melgas).
Pouco depois (9 minutos) desliguei o i3 pois já tinha 61% de carga (mais que suficiente para ir até casa a acelerar). Voltei a despedir-me do seal e aí vou eu.

Errado! Estava mesmo a sair quando ouvi o seal a ter dificuldades a ligar o CCS à Enérgica. Estava a ter o mesmo problema que eu tive em Aljustrel! Felizmente, ao fim de 4 ou 5 tentativas, funcionou! Era muito pior para o seal (que não tem gerador como eu tenho no i3). Ainda bem que isto passou. Paulo, temos de falar...

Cheguei a casa com 12% de carga eléctrica e um depósito cheio de 9 litros de gasolina que, com normalidade, deverá ser gasto algures para o ano...

Já prestes a descansar, enquanto fazia tempo e via TV, apesar de ter estado sempre afastado das câmaras, ainda deu para ver num dos telejornais o seal a ser entrevistado e eu em background a explicar ao aljesus (no meu Leaf acabadinho de chegar) onde deveria estacionar...








PS: Obrigado a todos os que têm ajudado a ME. Primeiro através deste fórum, depois também através do outro fórum (nissanleafpt.com), depois com as "comissões de organização" dos ENVE, e agora através da UVE. Têm sido incansáveis. O hsanchez a dar a cara, o pafi a trabalhar nos bastidores, o galt, t3lmo, Pedro Faria (entre outros) a alimentar com dados as várias plataformas. Praticamente todos os fundadores vão contribuindo nos vários momentos conforme as suas possibilidades. O serges, mumia, mjr... O Celestino que oferece o seu tempo e conhecimento sem pensar duas vezes. O mesmo faz o João Gonçalves. O mesmo com o ruimegas, grande Megas. O Essieme está quase sempre disponível e cheio de vontade, mesmo tendo o mais degradado e "quilometrado" dos nossos VE... Enfim. Assim sim, acho que há futuro para a ME. Refraseando: Há presente para a ME. E que belo presente! Comprei o meu primeiro VE em 2008. No ano seguinte demorei um dia inteiro para chegar ao Algarve (à concentração de Faro). Passaram 8 anos e pouco mudou. Até hoje! Este fim-de-semana, que se iniciará amanhã, vou voltar ao Algarve. Espero poder fazer esta viagem e levar o meu filho a visitar o avô sem gastar uma gota de parvoíce. Dar, já dá.