Vai ser possível comprar electricidade à Galp

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luimio
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Vai ser possível comprar electricidade à Galp

Mensagem por luimio »

a batalha entre a galp e a edp pela conquista de clientes no sector eléctrico será uma realidade a partir de janeiro do próximo ano. este era um dos objectivos estratégicos da política energética do governo de josé sócrates, mas que ainda não tinha saído do papel.

apesar do mercado estar totalmente liberalizado desde 4 de setembro do ano passado, a edp continua praticamente sem concorrência no segmento industrial. situação que é ainda mais gritante quando se passa para os consumidores domésticos, onde a edp aparece como a sua própria rival, uma vez que é a única empresa que tem uma proposta para o mercado liberalizado.

um cenário que o presidente da maior petrolífera nacional, ferreira de oliveira, promete agora mudar. e o primeiro passo acaba de ser dado. a sua participada galpower recebeu da direcção geral de geologia e energia uma licença para comercializar electricidade e que lhe permite a compra e venda por grosso e a venda a retalho.

a existência de margens de comercialização negativas no mercado liberalizado fez com que as tarifas fixadas pelo regulador fossem mais atractivas. mas a galp acredita que a situação se vai agora alterar. até porque a tendência é de subida dos preços da electricidade e, em novembro, o regulador português deverá fixar o novo quadro regulatório das tarifas para o próximo ano.

a galp tem, porém, contra si um constrangimento que ferreira de oliveira pretende contornar no curto/médio prazo: a falta de produção própria de electricidade.

apesar da galpower estar focada na comercialização e geração de electricidade, a partir de centrais de cogeração, energias renováveis, sobretudo eólica e de centrais de ciclo combinado a gás natural, a empresa ainda não tem activos operacionais. nem tal deverá acontecer nos próximos tempos. só na semana passada é que o ministério da economia adjudicou ao consórcio ventinveste, onde a galp detém uma participação de 34%, a atribuição de 400 mw de potência eólica. por outro lado, a central de ciclo combinado a gás que tem programada para sines sofreu vários atrasos, tendo comprometido a data de arranque inicialmente programada para 2009. restam as centrais de cogeração que pretende instalar nas refinarias de sines e porto, com 160 mw de potência e uma eventual participação na gestão da barragem do alqueva. outra aposta serão os concursos para centrais hidroeléctricas que o governo vai lançar e que a galp promete estar presente em todos.

ferreira de oliveira deixa, porém, em aberto outras alternativas mais imediatas, como o aluguer a terceiros de centrais eléctricas e a compra de electricidade na bolsa espanhola para satisfazer os seus futuros clientes.

à decisão de avançar para o negócio da electricidade não é alheio o arranque da liberalização do sector do gás natural a partir de 1 janeiro de 2008. cenário que irá conduzir à perda de quota num mercado onde também é quase monopolista. e a edp também já fez saber que não dará tréguas nesta área. para compensar a erosão que vai sofrer a nível interno, ferreira de oliveira revelou que a galp vai, já a partir de setembro, iniciar a venda de gás natural em espanha.

confronto com a ren
o negócio da venda dos activos regulados do gás natural da galp à ren, uma imposição do governo de josé sócrates, poderá vir a acabar na barra dos tribunais. a petrolífera não aceita os 23,3 milhões de euros relativo ao acerto de contas que está a ser proposto pelos bancos e admite recorrer à arbitagem. a ren pagou à galp, em setembro de 2006, 526,3 milhões de euros. valor que resulta dos 995,9 milhões referentes ao valor dos activos, deduzidos de 469,6 milhões de dívida assumida. o acerto final de contas ficou então dependente da definição do quadro regulatório do gás por parte da erse, que só em maio fixou as condições e tarifas de acesso de terceiros a estas infra-estruturas, permitindo assim a privatização da ren. os 23,3 milhões de euros resultaram da média aritmética das três avaliações realizadas por bancos de investimentos. a ren e a transgás encontram-se, porém, a analisar as respectivas avaliações, bem como questões fiscais e de aplicação das tarifas de gás transitórias que a ren já admitiu poder vir a resultar num saldo credor a seu favor, de valor ainda por determinar. facto que a galp contesta.

desafios estratégicos
a galp vai definir, até ao final do ano, os novos desafios estratégicos da empresa para o horizonte de 2015-2020. o seu presidente, ferreira de oliveira, diz que os actuais objectivos, programados para o período de 2007-2010 e que envolvem um investimento global de 3.5 mil milhões de euros, já estão todos transformados em programas operacionais. resta assim, assegurou este mesmo responsável, apresentar uma nova ambição para a empresa que permita criar valor para os seus accionistas.

impostos polémicos
a galp está a perder entre 100 a 150 milhões de litros de venda de combustíveis por ano devido à diferença de impostos verificada entre portugal e espanha. o presidente da galp, ferreira de oliveira defende que portugal deve ter um imposto sobre produtos petrolíferos (isp) ao mesmo nível do que o país vizinho. a gasolina é, por cá, mais cara 26 cêntimos e o gasóleo, 22 cêntimos do que em espanha. este imposto e o iva pesam actualmente 14% na receita fiscal do estado.

ana maria gonçalves
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retirei esta info do:
http://www.forumenergia.eu


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luimio
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Galp Power ganha licença para comercialização electricidade

Mensagem por luimio »

mais uma noticia:
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galp power ganha licença para comercialização electricidade

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a galp power, empresa do universo galp energia, viu ser-lhe concedida pela direcção geral de energia e geologia uma licença de actividades de comercialização de electricidade, anunciou esta terça-feira a empresa.

em comunicado enviado à comissão do mercado de valores mobiliários (cmvm), a galp power refere que a licença prevê que a empresa possa desenvolver actividades de compra e venda de electricidade por grosso e a venda a retalho.

a galp power é a empresa do grupo galp energia vocacionada para a comercialização e produção de electricidade a partir de centrais de cogeração, de energias renováveis, nomeadamente a eólica, e de centrais de ciclo combinado a gás natural.

07-08-2007 20:29:52
diário digital

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orbis
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Mensagem por orbis »

porque é que cada um não faz apenas aquilo que é suposto saber fazer? embarcam em aventuras que depois correm mal e quem paga é o consumidor.


BigBenBiker
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Mensagem por BigBenBiker »

só acredito na concorrência à edp quando vir - já desde há uns anos que ela existe, mas só para clientes industriais

cumps,
bbb

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